Karina Miotto


Roland de Bonadona
(foto: Peter Kutuchian)

Recentemente, durante um encontro no Sofitel Ibirapuera, em São Paulo, a Accor Hotels anunciou os números de 2005, falou sobre o mercado hoteleiro e ainda arriscou previsões para o que pode acontecer em 2006.

De acordo com a rede, o setor começou a se recuperar no ano passado da crise que teve início no final dos anos 90 e que se complicou ainda mais depois dos ataques de 11 de setembro.

Roland de Bonadona, diretor-geral da rede na América do Sul, afirmou que apesar do aumento de 6,7% na demanda da diária e de 8,4% da tarifa média, o mercado permanece em um cenário de vulnerabilidade. Ainda assim, as previsões são positivas – o volume de diárias deve passar de 6%. Pelo visto, 2006 vai seguir no ritmo de 2005.

O mercado evoluiu, a Accor Hotels também. Dona das marcas Formule 1, Ibis, Parthenon, Mercure, Novotel e Sofitel, fechou o ano passado com volume de negócios na ordem de R$ 638,5 milhões, 16,5% a mais em relação a 2004. Isso significa 4 milhões de room nights – ¼ vindos apenas dos hotéis Ibis e Formule 1.

De acordo com Bonadona, outra grande novidade do ano passado fica por conta do contrato fechado com o Grupo Silvio Santos, que prevê investimentos de R$ 150 milhões na construção do Sofitel Jequitimar Guarujá, cuja operação começa em 2006.

A consolidação da empresa em novos mercados e a abertura de novos empreendimentos no decorrer do ano são três fatores que ajudam a explicar os resultados de 2005. “Temos categorias diferentes de hotéis e todas as marcas são importantes para nossos clientes”, afirma Bonadona.

Em 2006, as estratégias não serão diferentes – a Accor continua a investir em expansão das redes, renovação das marcas, formação de talentos e implantação de novas ferramentas de marketing. No momento, tem 38 propostas de franquia em negociação. Pelo visto, este ano promete.

Mais números da Accor no Brasil
– A previsão é de que 11 novos hotéis da rede sejam inaugurados esse ano. Juntos, somam R$ 280,7 milhões e 2,2 mil apartamentos
– Em 2005, 215 mil diárias foram confirmadas pela internet, 96 mil a mais que 2004
– A hotelaria econômica representa 35% do volume de negócios da Accor. Há cinco anos, esse valor não chegava a 10%
– Em 2005, foram investidos R$ 3 milhões nos colaboradores. Este valor representa 4,8% da massa salarial
– A taxa de ocupação entre janeiro e fevereiro foi de 63%, 8% a mais do que o mesmo período no ano passado
– 400 toneladas de lixo foram reciclados em 2005
– A Accor tem 7 mil colaboradores. Até o final do ano, deve gerar 600 novos empregos