Plataforma Airbnb propõe experiência de morador em destino visitado
(foto: Pixabay/Unsplash)

No início desta semana Airbnb e Embratur (Instituto Brasileiro de Turismo) sentaram à mesa e, juntos, selaram um acordo de colaboração em prol da divulgação do Brasil em outros países. Propagada como ação que visa o benefício do cenário turístico nacional, a aproximação não foi vista com bom olhos, pelo menos para representantes da hotelaria baiana. Em comunicado, Glicério Lemos, presidente da ABIH-BA (Associação Brasileira da Indústria de Hotéis da Bahia), pichou o aperto de mãos entre a instituto governamental e a plataforma de aluguel de propriedades por temporada. "Absurda e um atentado contra a hotelaria, que paga impostos e gera empregos", disse. 

A crítica, justifica Lemos, é totalmente baseada no cenário de "concorrência desleal" que o Aibnb ocasiona. O presidente da ABIH argumenta que os imóveis listados na plataforma de aluguel não pagam os mesmos impostos e tributações aos quais os hotéis precisam prestar contas e aí reside a deslealdade de disputa.

"Não somos contra a existência de sites de aluguel online temporário, mas queremos que eles sejam regulamentados. Como está é que não dá para continuar. É uma concorrência predatória", frisa o representante da associação hoteleira. 

No Brasil, o serviço online existe desde 2012, quando reunia três mil anúncios no site. Mas, ainda em 2015 o número já havia ultrapassado os 50 mil e este ano aumentou com o ensejo da Olimpíada no País. 

Tomando por exemplo casos de contestação vistos em Nova York e em outras cidades pelo mundo, Lemos garante que em breve deve reunir-se com Antônio Carlos Magalhães Neto, prefeito de Salvador, para reivindicar que a cidade fiscalize o sistema e adote a cobrança dos mesmos tributos aplicados à hotelaria.

Serviço
abihbahia.org.br
airbnb.com.br
embratur.gov.br