Alessandra Ribeiro

Por Alessandra Ribeiro

Inevitável associar réveillon a Rio de Janeiro pela tradicional festa com queima de fogos assistida por milhões de brasileiros e estrangeiros. De acordo com a Folha Online do dia primeiro deste mês, cerca de 1,2 milhão de pessoas comemoraram a chegada do Ano Novo em Copacabana, número bem abaixo da expectativa – que era de reunir 2 milhões. Certamente a chuva e a onda de violência que atingiram o Rio contribuíram de forma negativa, porém há outro fator inegável: o caos do setor aéreo.

Ainda que a situação dos aeroportos tenha sido aparentemente calma nos dias que antecederam ao final de ano, é fato que muitos turistas que iriam para o Rio e outros pontos turísticos mudaram de programação, optando por viagens mais curtas, utilizando-se de ônibus ou carro.

Conforme notícia publicada no Hôtelier News na semana passada, o vice-presidente da ABIH-RJ afirmou que a crise aérea está ocasionando um prejuízo diário estimado em R$ 800 mil para a hotelaria carioca.

Seria lugar-comum ressaltar a importância do setor aéreo para o turismo e a hotelaria e como a crise desse setor provoca reflexos indigestos para essas atividades econômicas, prejudicando o enorme potencial de atração de divisas do setor e desacreditando o País.

Não se deve mais aceitar a desculpa do “eu não sabia”, por vezes adotada pelo Governo Federal. Chega! Dessa forma, entendo que as entidades do setor hoteleiro devem reunir elementos (cancelamentos de reservas individuais e de grupos, etc) que comprovem efetivamente os prejuízos sofridos, visando obter dos responsáveis a devida reparação.

Se não há respeito ao exercício da atividade econômica dos hotéis e dos operadores turísticos, que ele seja exigido via Poder Judiciário, fazendo com que os responsáveis arquem com os prejuízos e comecem a pensar antes de alegar ignorância para tudo!

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