Saúde Não Tira Férias
Por Adriana Gomes*

O ritmo alucinante da vida nas grandes cidades faz com que algumas pessoas não se preocupem com detalhes que podem causar mal à saúde. A alimentação é um exemplo. Para muitos, não importa se comer determinada comida é saudável ou não, desde que seja servida de forma rápida. Isso leva muitos consumidores a buscarem os populares restaurantes self service, que oferecem comida pronta para consumo imediato, em diversas opções.

Se quando estão na correria algumas pessoas não pensam na qualidade da alimentação, durante as férias, quando querem relaxar, este assunto chama ainda menos atenção. Isto porque em muitos hotéis e pousadas ? destino de muitos turistas – o sistema self service é utilizado.

O longo tempo de exposição dos alimentos, somado à conservação em temperatura inadequada, podem ser fatais. Duas das principais bactérias que causam intoxicações alimentares, a Salmonella ssp e a Escherichia coli, podem se desenvolver nessas condições. Os sintomas mais comuns, causados pela infecção por essas bactérias são diarréia e vômito. Porém, em casos mais graves, as reações podem levar à morte.
 
Além disso, muitas vezes já ocorre a contaminação durante o preparo dos alimentos na cozinha. A ausência de toucas e a falta de higiene dos manipuladores durante esta etapa ? como, por exemplo, a constante higienização das mãos ? também podem trazer problemas à saúde.

É sempre bom se antecipar aos anseios do consumidor. Antes que ele aponte os possíveis erros, é necessário investir na capacitação dos profissionais ? treinamentos que conscientizem os funcionários e a gerência quanto às boas práticas de higiene, garantindo assim a segurança alimentar do local e deixando os clientes cada vez mais seguros e confiantes para saborearem os pratos. Por isso também é importante o estabelecimento estar de olho nas normas da Vigilância Sanitária.

Existem empresas de assessoria que orientam, treinam, auditam e conscientizam os colaboradores da importância de seguir as normas da Vigilância e da legislação vigente. Os gastos com estes itens são, na verdade, investimentos.  O cuidado com a preparação e a disposição dos alimentos, além de ser uma exigência dos órgãos públicos, é necessário com os consumidores e também um ótimo apelo de vendas.

* Adriana Gomes é formada em Nutrição pela Universidade Anhembi Morumbi e atua como consultora da Alef Assessoria Nutricional.