CENTENÁRIO: Como é a hotelaria no bairro mais japonês de SP?
4 de julho de 2008
para celebrar o centenário da imigração
Por Chris Kokubo e Fernando Chirotto
Em uma caminhada de uma hora é possível visitar os principais hotéis da Liberdade – são esses que os sites listam quando realizamos uma busca. A rua Galvão Bueno é endereço de dois dos estabelecimentos: Ginza, atualmente do grupo Liau Hotels, e Nikkey Palace, o mais japonês de todos eles.
O São Paulo Nikkey Palace Hotel é referência em hospitalidade no bairro há aproximadamente 27 anos. Gerido pelo diretor presidente Ricardo Ueno, descendente de japoneses, possui 95 UHs, 70 colaboradores – 20 descendentes -, cinco salas de eventos, que na sua maioria abrigam grupos japoneses, e dois restaurantes, um deles especializado em gastronomia nipônica.
Já seu vizinho, o Liau Hotels Ginza, do grupo fundado pelo chinês Ivan Liau, figura entre os empreendimentos do bairro há cerca de 17 anos. Possui 120 apartamentos – 80 comercializados e 40 privados, um deles para hóspedes especiais -, que contam com room service 24h e conexão à internet wireless. O hotel oferece piscina, sauna e fitness center, localizados na cobertura.
São 50 colaboradores no Ginza, entre eles oito orientais que falam japonês e chinês. Sala de eventos com capacidade para 50 pessoas e o restaurante especializado Golden China, freqüentado por hóspedes e passantes, são duas de suas facilidades.
Com a demanda proveniente da comemoração do centenário da imigração japonesa no Brasil, o hotel registra incremento de 40% na ocupação de 2008 em relação ao ano passado.
Um dos motivos para o índice é a renovação do grupo, promovida por Helen Liau, filha do fundador e atual diretora presidente. “Meus pais chegaram há 35 anos da China no Rio de Janeiro, onde abriram uma agência de turismo. Depois mudaram para São Paulo e fundaram outra agência, a Satélite Turismo. Poucos anos mais tarde entraram para a hotelaria, ramo pelo qual atuaram até pouco tempo, quando me passaram a admistração da rede. As primeiras ações foram realizadas para renovar, dar uma nova cara aos empreendimentos, um ambiente mais profissional e menos familiar. Nesta nova fase houve uma reestruturação de pessoas para firmar um novo conceito nas unidades”, conta a executiva.
Para atender os orientais, o empreendimento oferece jornais chineses, japoneses – como o Nikkei Shimbun -, e também um coreano, intitulado de Bom Dia News. Transmite também três canais asiáticos: o NHK, japonês, o CCTV, chinês, e o YTN, coreano.
Largo da Pólvora, em frente o qual ele se localiza
“A Liberdade é um dos bairros da regional central da ABIH, onde é muito forte o turismo de compras. Eventualmente executivos de empresas e órgãos do centro da cidade ou turistas em busca de atividades culturais também se hospedam na região. O Nikkey Palace é, inclusive, um dos nossos associados”, afirma Bruno Omori, diretor executivo da Associação Brasileira da Indústria de Hotéis de São Paulo (ABIH-SP).
O quinto hotel que tínhamos na lista, o Barão Lu, fica na rua Barão de Iguape, também foi comprado por um taiwanês e está atualmente fechado, aguardando uma reforma que deve começar em breve, segundo vizinhos.pedras brasileiras, um cartaz tem vagas para balconistas da segunda geração de descendentes, os nisseis
cima do arroz branco. Práticos, os bentôs são a marmita
japonesa. O bairro tem também lojas de oratórios
do país asiático, para culto dos mortos
Cosplays dos personagens Mário e Luigi, da Nintendo