Marcos Monteiro, vice-presidente do Chapada Convention,
ao lado de Dionízio Martins, presidente da entidade 
(foto: Adriana Tourinho)

 
Criado há dois anos, o Chapada Convention & Visitors Bureau tem cerca de 30 mantenedores, entre meios de hospedagem, empresas de serviço e operadoras. O objetivo da entidade é promover o destino baiano, que compreende as cidades de Lençóis, Andaraí, Mucugê, Igatu e Palmeiras (Vale do Capão), sob a bandeira do desenvolvimento sustentável.
“Firmamos uma parceria com o Ministério do Turismo que nos permitiu viabilizar uma série de ações como a participação em feiras nacionais, a instalação de um backlight de divulgação do destino no aeroporto de Salvador durante o verão, a criação do portal e a realização de um famtour para jornalistas baianos”, declara Marcos Monteiro, vice-presidente do Convention e proprietário da pousada Villa Lagoa das Cores, principal meio de hospedagem do Capão (BA).
 
Representado pela superintendente Michele Nonato, o Convention participou de rodadas de negócios em eventos como BNTM, Braztoa e Salão do Turismo, ao longo de 2009 e 2010. “Estivemos presentes com um estande próprio ou associado ao estande da Bahia”, declara Monteiro, salientando que um dos desafios é estreitar o contato com as operadoras do Sudeste.
 
“O principal trabalho do Convention nesses eventos é mostrar que a Chapada oferece atrativos para um novo perfil de público, a família. Quem descobriu o destino foi o jovem adepto do turismo de aventura, que é o nosso ponto forte, mas há cerca de cinco anos passamos a receber muitos casais e famílias atraídos pela diversidade de atrações que a Chapada passou a oferecer”, explica.
O ano de 2010 também teve como marco a implementação da cobrança de room tax. Os hóspedes dos mantenedores do Convention têm como opção o pagamento da taxa de R$ 2 por diária, valor que se reverte para a promoção das ações da entidade.
Poucos voos
A carência de voos é ainda um entrave para o turismo da Chapada Diamantina, região que oferece trilhas reconhecidas internacionalmente, como o trekking do Vale do Pati, escolhido como o mais importante do Brasil pelo MTur. Atualmente, o aeroporto de Lençóis recebe apenas um único voo semanal da Trip, sempre aos sábados, com destino à capital baiana. Sazonalmente, o aeroporto recebe charteres de operadoras.
 
Sobre as dificuldades, aos poucos os resultados do trabalho do Convention começam a gerar frutos aos associados. “A Villa Lagoa das Cores, por exemplo, trabalhava basicamente com turistas de Salvador. Depois da participação nas feiras começamos a trabalhar com algumas operadoras de São Paulo”, diz. 
 
Chapada Diamantina
Lençóis
Verdadeiro coração da Chapada Diamantina, Lençóis é a porta de entrada para a maioria dos passeios da região. É também a cidade com maior infraestrutura turística e hoteleira com cerca de dois mil leitos, distribuídos entre hotéis e pousadas. Dentre eles destacam-se os hotéis Canto das Águas, Hotel de Lençóis e Hotel Portal de Lençóis.
À sua volta a cidade oferece mais de 20 atrativos naturais de fácil acesso. São rios, cachoeiras, grutas, belos casarios do século XIX. Variedade gastronômica é também outro ponto alto da cidade histórica que já foi cenário de filmes e novelas. Lençóis foi tombada pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan).
Mucugê
Também tombada pelo Iphan, Mucugê reserva boas surpresas aos seus visitantes. Lá foi dado o início do Ciclo do Diamante com a descoberta dos primeiros diamantes da Chapada Diamantina, em 1844. Com temperatura média de 19 graus, Mucugê tem como atrativos, além das cachoeiras e trilhas, o Cemitério Bizantino, o Museu do Garimpo e o Projeto Sempre-Viva. Este último tem o papel de preservar a flor sempre-viva, ameaçada de extinção.

Vale do Capão

Um dos mais selvagens e esotéricos destinos da região, o Vale do Capão vem despontando para o turismo há cerca de cinco anos graças à Villa Lagoa das Cores, investimento dos empresários Vânia Meireles e Marcos Monteiro. A pousada de charme acumula diferenciais e atrativos voltados para um público mais velho e exigente, que busca, primordialmente, relaxamento e sossego.
O local, que integra o município de Palmeiras, é ponto de partida para trekkings famosos como o Vale do Pati, a Cachoeira da Fumaça e o Morrão. Em visita à pequena vila é quase obrigatório degustar a ‘ecopizza’ e o ‘pastel de palmito de jaca’. O restaurante Casa das Fadas também vale uma visita.
 
Igatu
A pequena Vila de Igatu é parte do município de Andaraí. Toda construída em pedra, a cidade é apelidada de ‘Machu Picchu baiana’ e de ‘Cidade Fantasma’, devido à quantidade de ruínas de casas abandonadas. Essas ruínas contam a história do apogeu e do declínio da atividade do garimpo na região. Para entender esse importante período da história econômica brasileira é só visitar a Galeria Arte & Memória, um museu a céu aberto com exposições sobre o garimpo e de artistas plásticos modernos.
 
Chapada Diamantina – onde ficar:
Lençóis
Hotel de Lençóis – www.hoteldelencois.com
Hotel Canto das Águas – www.lencois.com.br
Hotel Portal de Lençóis – www.portalhoteis.tur.br
Pousada Corona de Pedra – www.pousadacoronadepedra.com
Pousada Vila Serrano – www.vilaserrano.com.br
Pousada das Árvores – www.pousadadasarvores.com

 
Vale do Capão
Pousada Villa Lagoa das Cores – www.lagoadascores.com.br
Pousada Lendas do Capão – www.valedocapao.com.br

 
Mucugê
Hotel Alpina – www.alpinamucuge.com.br
Pousada Mucugê – www.pousadamucuge.com.br

 
Andaraí/Vila de Igatu:
Pousada Pedras de Igatu – (75) 3335-2528
Pousada Sincorá – www.sincora.com.br
 
Abaixo algumas imagens que mostram um pouco da diversidade turística da Chapada Diamantina: natureza, história, gastronomia, lazer.
(Délia Coutinho)
 
Serviço

 
Apelidada de ‘Machu Picchu baiana’ e também de
‘Cidade Fantasma’, Igatu é uma vila cheia de ruínas
 em pedra. O local viveu o apogeu e a decadência da
era do garimpo na Chapada

 
Uma das inúmeras opções de banho ‘in natura’:
Cachoeira do Riachinho, no Vale do Capão
 
A rica flora da Chapada tem sua maior expressão na sempre-viva, espécie ameaçada de extinção que é protegida pelo Projeto Sempre Viva, em Mucugê. Infelizmente não conseguimos encontrar a sempre-viva em meio a vegetação para fotografá-la. Na foto
temos um exemplar da ‘barba-de-velho’

 
Construído no século XIX, o Cemitério Bizantino fica em Mucugê.
Os jazigos das famílias têm formas de igrejas góticas. 
 
Deliciosos crepes servidos na Galeria Arte & Memória, em Mucugê
 
 Gastronomia variada no restaurante do
hotel Canto das Águas, em Lençóis

 
Visto pelo espelho o leito da suíte Encanto, do hotel Canto das Águas. Com 80 metros quadrados, a mais luxuosa UH do hotel tem como destaque a hidromassagem com vista para o rio

 
Mirante na pousada Villa Lagoa das Cores com vista para o vale…

 
…e a fachada de uma das unidades. Todas levam nome
de ervas, esta é a Capim Santo. O quarto também é
aromatizado com a respectiva erva
 
Detalhe da placa que dá boas-vindas aos hóspedes da Villa Lagoa das Cores, famosa pela decoração sincrética rica em detalhes

 
Mesa do café da manhã na Villa Lagoa das Cores: variedade de produtos orgânicos
 
 Que tal uma sessão de ofurô ao ar livre no Capão?
 
Vista para a piscina do Hotel de Lençóis, um
dos pioneiros da hotelaria na
Chapada.
Em primeiro plano na foto, a roda d’água
dá nome ao restaurante
 
Um dos quartos do Hotel de Lençóis que
tem 50 UHs divididas em cinco
categorias
 
Cardápio do restaurante do Hotel de Lençóis
tem página de pratos vegetarianos
 
Cartão-postal clássico da Chapada:
 a vista de cima do Morro Pai Inácio
 
O aeroporto fica a uns 20 minutos do centro de Lençóis
 
Em uma lojinha de souvenires na estrada a frase
pendurada resume bem o espírito da Chapada