Club MedBandeira da rede é marca registrada em todos seus hotéis do País
(fotos: Dênis Matos)

O coroamento de um meio de hospedagem pode nascer de itens distintos. Há os que apontem a hospitalidade como premissa primeira, necessidade indissociável e indiscutível para que qualquer hotel opere nos moldes esperados, estando a hospedagem muitas vezes ligadas a pontos abstratos e particulares, moldados sempre pela percepção do cliente.

Outros, menos ligados ao atendimento, encontram na estrutura – quando esta é bem preparada, obviamente – o fragmento primitivo que faz um meio de hospedagem ser bem avaliado, ou não.
Completam o time os ligados à boa gastronomia, que veem no setor de Alimentos & Bebidas o grande trunfo.

No Club Med Rio das Pedras, localizado em Mangaratiba, coisa de 85 quilômetros da capital fluminense, o casamento desses itens parece ter sido celebrado com juras honestas e que seguem uma sintonia – no mesmo tom sacerdotal imposto aos casais quando do matrimônio.

As coisas por lá funcionam. No serviço, os GOs (gentis operadores, conceito da marca Club Med para designar os funcionários de seus hotéis) estão à frente, tratando desde detalhes básicos, como te trazer uma toalha na piscina, até pormenores mais capciosos, como papear com hóspede como se este fosse um velho amigo. É algo bem particular na hotelaria – e que foge às regras mais conservadoras do setor – e que funciona bem, fruto talvez de uma noção mais despojada da hospitalidade.

Cercado por uma reserva ecológica no coração da mata atlântica do Rio de Janeiro, pé na areia, o resort tem estrutura inquestionável, com muitas áreas comuns, natureza aos montes e uma alegria comum de quem se vê diante de uma praia logo ao acordar. Daí, por si só, uma boa estada é garantida.

Completa o rol a questão do A&B. A gastronomia é boa e pode-se provar do simples ao sofisticado, sempre, nos dois restaurantes da casa. Ah, o serviço é all inclusive e, por isso, comer vira quase um problema patológico.

De qualquer forma, não é apenas isso que faz a coisa funcionar, mas sim o fato de a experiência gastronômica estar muito mais atrelada ao conceito. Nos restaurantes, as mesas estão sempre com oito lugares – para promover melhor convivência entre os turistas -, o que muda a dinâmica do espaço. É possível, claro, usufruir de mesas para duas ou quatro pessoas, basta solicitar, porém, neste caso, o papel da interação fica meio de lado.

São esses adjetivos que formam o Club Med Rio das Pedras. As imagens, mesmo que não representem a experiência, dão conta melhor do que estas palavras tentam explicar.

Por Dênis Matos*

Lazer
Para imperativos e neuróticos que não conseguem passar por um hotel sem provar tudo o que ele oferece, o Village Rio das Pedras, como costumam chamar, é uma boa pedida. Esqui aquático, caiaque, piscina, arco e flecha, tênis, futebol e mil outras atividades podem animar tais entusiastas.

Club MedVaguear é o esporte mais indicado quando
se está no Club Med Rio das Pedras

Já para os afeitos ao ócio – a exemplo deste que você agora lê -, a experiência pode ser ainda melhor, uma vez que espaços para relaxamento e observação não faltam. Dá para passar algumas horas sentado nos muitos banquinhos espalhados pelo resort ou à beira-mar, simplesmente vendo a vida acontecer em câmera lenta e bebericando algo. Tal vivência, sou tentado a dizer, é mais do que necessária em tempos de falta de tempo e pode ser muito bem aproveitada no resort, obrigado.

Áreas comuns
Por estar num terreno de proporções colossais, o Club Med Rio das Pedras dispõe de muitas áreas comuns. Elas funcionam principalmente como ponto de encontro entre os hóspedes e têm decoração díspar, que ora apresenta tons de casas de veraneio, ora, relembra espaços mais corporativos de hotéis.

UHs
Os quartos no meio de hospedagem, sou tentado a dizer, não representam o melhor dos mundos. A estrutura é boa, eles são espaçosos, bem equipados e conservados de forma impecável. O mau gosto nas cores, no entanto, sopra como uma corrente de ar. A disparidade de tons dos ambientes e alguns adereços um tanto quanto atípicos corroboram com a tese.

Janick Daudet, CEO do Club Med para a América Latina, disse certa vez ao Hôtelier News que os apartamentos da rede são desenhados para que o hóspede não fique neles. A ideia é que o cliente aproveite a estrutura dos resorts, divirta-se sem estar enfurnado numa UH. É uma tese válida, enfim.

Saúde
Como manda a premissa estrutural dos grandes resorts, o Village Rio das Pedras conta com áreas ligadas ao bem-estar: o espaço Biotherm e o fitness center. Diferentes programas de relaxamento são oferecidos – com custo à parte.

Neste sentido, há também atividades como alongamento, body combat, body pump, caminhada energética, ginástica localizada, hidroginástica, jogos de piscina e step – que podem ser praticadas pelos afeitos à boa forma.

A&B
Um dos principais pontos do setor de A&B da unidade hoteleira é que as refeições se estendem por praticamente todo o dia. No restaurante principal da casa os cafés da manhã, por exemplo, são servidos das 7h30 às 10h. Se o hóspede passar do horário, no entanto, ele pode dar uma passada no Jangada e desfrutar de um matinal das 10h às 11h45. A métrica vale para outras refeições.

No restaurante principal as opções são no modelo bufê. O mesmo ocorre no Jangada durante o dia – porém à noite o menu é à la carte.

Três espaços completam as opções: o Bar da Piscina / Night Club – que é modificado à noite e abriga uma pista de dança; o Bar Jangada, que costuma receber hóspedes pouco antes das refeições; e o Snack Bar Saveiro, situado próximo à piscina, com um cardápio de lanches rápidos e bebidas.

Serviço
www.clubmed.com.br

* O jornalista do Hôtelier News viajou a Mangaratiba a convite da rede Club Med.