Com nove empreendimentos em operação no país, os Hotéis Deville fazem um balanço positivo de 2017. Enquanto a receita teve crescimento nominal (sem descontar inflação) de 7% frente ao ano anterior, outros importantes indicadores registraram expansão. Segundo Cicero Vilela, diretor Comercial e de Marketing da empresa, as propriedades da marca Prime foram os principais destaques do ano.

“São hotéis com moderna e boa estrutura de eventos, segmento que apresentou crescimento de 28% em relação a 2016”, informa o executivo. “Foi um ano de ajustes, mas positivo. Quando olhamos para os números gerais da economia, como o PIB, concluímos que temos motivos para celebrar”, completa.

Indicadores importantes do setor tiveram desempenho positivo. Enquanto a ocupação cresceu 4%, fechando em 57%, a diária média subiu 1,8% e o RevPar (receita por quarto disponível) avançou 3%. “O crescimento do RevPar refletiu uma retomada das viagens corporativas a partir do segundo semestre. Ainda assim, há um longo caminho de recuperação para atingirmos o que observamos em 2013 e 2014”, explica Vilela.

Hotéis Deville: projeções

Ainda assim, o executivo alerta que a lucratividade ficou estagnada, sobretudo pela alta verificada nas despesas. “Para nós, o resultado foi bom do ponto de vista da receita, mas ainda lutamos para elevar a lucratividade. Gastos com pessoal subiram 8%, energia mais de 7,5% e custos de distribuição avançaram 9%. Ou seja, bem acima da inflação e do crescimento da nossa diária média”, acrescenta.

Em termos de distribuição, de acordo com o diretor dos Hotéis Deville, a central de reservas representa a maior parte das vendas: 35%. “Depois temos as agências, com 23%, e as OTAs (Oline Travel Agencies), com 13%. Há ainda outros canais com percentuais menores”, destaca Vilela. O executivo acrescenta que a rede descontinuou o Deville StarClub Voilà, mas que já negocia para desenvolver um novo programa de fidelidade.

“Em agosto do ano passado encerramos o contrato com a empresa parceira do projeto. Desde então, não estamos mais pontuando e filiando novos membros. O novo programa, a partir da plataforma de outro parceiro, ainda está embrionário”, comenta Vilela. "Ainda não há prazo para lançá-lo. Sem dúvida, trata-se de uma ferramenta muito eficaz para diminuir o impacto do aumento dos custos de distribuição”, completa. 

Para 2018, com a perspectiva de retomada da economia, Vilela conta que a rede projeta uma elevação de 11% na receita total. Já a projeção para o RevPar é de crescimento de 6,5%. A empresa também acerta ajustes finais para iniciar a construção de um empreendimento na região da Berrini, em São Paulo.

(*) Crédito da capa: Peter Kutuchian/Hotelier News