Gualberto e a esposa Mariana, que vivem na Nova Zelândia desde dezembro de 2004:
ele faz importantes análises do país em relação à hotelaria e dá dicas
(fotos divulgação)

Paulistano, casado, 25 anos de idade ? sendo oito de hotelaria, Renato Heneine Gualberto mora na Nova Zelândia desde dezembro de 2004. Ele foi em busca de novas oportunidades profissionais e para fazer o Master of International Hospitality Management, pela Auckland University of Technology (AUT). E deve ficar por lá com a esposa Mariana Botelho Bittencourt Gualberto até o final de 2006, quando termina o curso da faculdade e os vistos de trabalho do casal.
Leitor assíduo do Hôtelier News, Gualberto tem uma visão larga e profunda da Nova Zelândia em relação à hotelaria, à economia e ao trabalho. Caso você, caro leitor, for estudante ou profissional de hotelaria e pensa em viver e trabalhar por lá, nosso entrevistado dá dicas importantes.
Ele fala sobre suas atividades no Brasil, onde já trabalhou no flat Parthenon Contemporâneo, no então Sheraton Mofarrej Hotel e nas redes Bourbon e InterContinental Hotels Group ? nas cidades de São Paulo, São José dos Pinhais e Curitiba. É bacharel em administração hoteleira pela Unibero, na capital paulista, domina o inglês, fala o espanhol intermediário e o francês básico.
Gualberto trabalha na recepção do Crowne Plaza Auckland Hotel e foi dessa cidade neo-zelandesa que ele respondeu às perguntas do Hôtelier News via e-mail. Confira a entrevista completa abaixo.
(Claudio Schapochnik)


Vista de Auckland Harbour, uma das maiores cidades neo-zelandesas

HN: Onde você comecou a trabalhar na hotelaria ? estágio e o primeiro profissionalmente? Como foram esses trabalhos, cargos e essas experiências?
Renato H. Gualberto: Afinal de contas, por que a hotelaria? A resposta veio simples e direta: gosto e tenho facilidade de me relacionar com as pessoas, aprecio o trabalho em equipe (principalmente quando na posição de líder), tenho grande interesse em conhecer lugares novos, além de estar sempre buscando o dinamismo e a flexibilidade nas minhas atividades. Porém, acima de tudo, confesso que tenho uma paixão incontrolável em me dar ao máximo para alcançar os objetivos que me são propostos. Principalmente quando estes desafios são cada vez mais audaciosos!
No segundo semestre do primeiro ano de faculdade (1997), eu conseguia minha primeira experiência na hotelaria: recepcionista bilíngüe no Parthenon Contemporâneo (SP). Foram nove meses de muito aprendizado e lições que carrego até hoje com muita alegria. Realmente, para quem está começando na área, a recepção pode ser considerada como uma das mais completas “salas de aula” que existe.
Passado esse período, eu estava fazendo o processo de seleção para uma vaga de trainee no Sheraton Mofarrej Hotel, em São Paulo, para atuar nas áreas de recepção e Vendas e Eventos. Seis meses depois eu fui contratado e promovido à posição de supervisor de Business Center do hotel, onde atuei por um ano e meio.
Como faltava apenas mais um semestre para a conclusão do curso da faculdade, e ainda com planos para aprofundar meus conhecimentos das áreas de Vendas e Marketing junto a uma das mais bem-sucedidas redes hoteleiras globais, eu decidi tentar uma vaga de trainee no hotel InterContinental São Paulo. Felizmente eu consegui a posição, sendo que hoje sou muito grato por esta experiência ter me aberto diversas portas na minha carreira profissional.


A Auckland Tower, um dos cartões-postais da cidade

Terminei a faculdade ao final de 2000 e embarquei para os Estados Unidos por seis meses para fazer o programa Work Experience, na Califórnia. Smplesmente alucinante!
Retornei ao Brasil e resolvi mudar-me para Curitiba. Os motivos principais foram: 1. havia conseguido uma posição de assistente comercial para o recém-inaugurado Holiday Inn Express São José dos Pinhais e 2. voltar a morar com meus pais e meu irmão mais novo, que haviam se mudado para a capital paranaense já havia alguns anos.
Após sete meses de muito trabalho, dedicação e aprendizado, eu fui promovido para assumir a gerência comercial do empreendimento. Não somente a grande responsabilidade que o cargo envolve, mas também pelo fato de ser a minha primeira posição como gerente de departamento, esta promoção realmente marcou minha carreira hoteleira.
Contudo, passadas algumas semanas, eu fui convidado pela rede Bourbon Hotéis & Resorts para assumir a posição de gerente de Contas na unidade de Curitiba. O fato mais interessante foi que a minha permanência na vaga durou menos de 15 dias, pois com a abertura do primeiro empreendimento hoteleiro na linha econômica da rede paranaense prestes a acontecer, eu fui convidado pela direção da empresa a liderar a equipe do novo Bourbon Express Batel como supervisor de Hospitalidade e Relacionamento. Foram inúmeros os ensinamentos que tive por lá, graças ao apoio e a confiança contínuos da minha direção.


Fachada da Auckland University of Technology (AUT), onde Gualberto estuda

Passado o primeiro ano de operações e já apresentando resultados positivos e consistentes de crescimento, eu fui convidado a assumir a gerência interina do hotel Bourbon São Paulo. Nesse momento, eu me via dividido entre a estabilidade e o conforto em residir em Curitiba e ao mesmo tempo, por outro lado, sendo essa a grande oportunidade de gerenciar um hotel completo, de literalmente decolar a minha carreira aos 22 anos de idade.
Confesso que o “susto” foi grande naquela hora, mas com bastante conversa e entendimentos (tanto em família quanto com a diretoria da rede), todas as previsões apontavam para um futuro próspero e frutífero na nova empreitada. Contudo, passados os primeiros meses de (muito) trabalho, por motivos de força maior, infelizmente o endereço da Praça da República colocou uma barreira no meu caminho que eu me via incapaz de transpo-la. No entanto, foi com esta experiência que aprendi que na vida nem sempre avancar significa vencer.
E foi no final daquele ano (2003) que decidi em viajar ao Exterior em busca de novas experiências, tanto no campo pessoal, quanto profissional e acadêmico. A Nova Zelândia se mostrou um destino diferente, com excelente qualidade e estilo de vida, além de um mercado turístico e hoteleiro em forte crescimento.


Entrada do Auckland Museum, uma das várias opções culturais da cidade

HN: Quando surgiu a oportunidade de trabalhar no Exterior? Você já foi direto para a Nova Zelândia ou não?
Gualberto: Vir para a Nova Zelândia tem como objetivo principal – estender tanto os meus conhecimentos teóricos quanto práticos na área de gestão estratégica hoteleira. Para isso, vim para cursar o Master of International Hospitality Management ofertado pela Auckland University of Technology (AUT), como forma de me proporcionar esse diferencial na minha carreira.
Neste sentido, venho desenvolvendo um projeto de pesquisa que busca 1. identificar e avaliar as diversas relações que há entre as áreas de Gerenciamento de Receitas (Revenue Management) e Programa de Fidelidade (Loyalty Program) para um hotel de bandeira internacional, com o objetivo de 2. alcancar um profundo entendimento em como as grandes redes mundiais têm explorado (e vigorado) esse relacionamento no sentido de maximizar a rentablidade das suas operações.
Paralelamente a esse projeto na faculdade, tenho trabalhado na recepção do Crowne Plaza Auckland Hotel como forma de me proporcionar os conhecimentos práticos que são fundamentais para o sucesso da minha pesquisa. O apoio do pessoal do hotel – do gerente geral à equipe da Recepção – tem sido essencial para o sucesso desse trabalho. Estou muito feliz e confiante com o que venho fazendo e tenho plena convicção de que essa minha experiência internacional será um grande diferencial quando decidirmos retornar ao Brasil e buscar uma posição ao mercado.
Sim, vim direto para a Nova Zelândia em janeiro de 2004 e agora com minha esposa morando comigo (desde dezembro 2004), devemos ficar até pelo menos o final de 2006 – quando termino o curso da faculdade e nosso visto de trabalho irá se expirar.


Prédio onde fica o Crowne Plaza Auckland Hotel

HN: Em qual cidade e qual hotel você trabalha atualmente? Onde você atua? Situe o hotel no mercado da cidade.
Gualberto: Atualmente estamos residindo em Auckland, que fica localizada na Ilha Norte e e considerada a maior cidade do país, tem perto de 1,5 milhão de habitantes num total de aproximadamente 4,5 milhões em todo o território.
No momento, estou trabalhando na recepção do Crowne Plaza Auckland Hotel já faz nove meses. É um hotel com 352 apartamentos, dez salas de eventos, sala de ginástica, business center e um restaurante e bar (www.crowneplaza.co.nz). Além disso, o hotel fica dentro de um complexo composto de um shopping centre (Atrium on Elliott) e um estacionamento com mais de 700 vagas.
O empreendimento está na região central da cidade, a poucos metros do principal centro financeiro do país (Queen Street). Próximo ao hotel também estão as principais salas de teatro e cinemas, museus, parques, universidades, restaurantes e bares, e a famosa área Viaduct Harbour, onde aconteceu em 2003 uma das etapas da America’s Cup.


O staff da recepção do Crowne Plaza Auckland Hotel, com Gualberto (à esq.)

Nos (poucos) tempos livres que tenho, me dedico à pesquisa e aos estudos da faculdade. Além do que, agora na posição de casado desde dezembro último, ainda curto as novas facetas que uma vida a dois nos traz.
Ao que se refere viajar pelo país e desbravar suas belezas naturais, infelizmente ainda não conseguimos ir muito além da região norte da Ilha Norte
– algumas praias e cidades mais próximas. Contudo, certamente, faremos um giro completo pelos quatro cantos de ambas as ilhas. Dizem que é na porção sul onde ficam as paisagens mais alucinantes, a terra dos esportes radicais.


Gualberto com Michael Borostyan, gerente geral do hotel

HN: Há mais brasileiros aí? Como o brasileiro é visto na indústria da hospitalidade da Nova Zelândia?
Gualberto: Até o momento, vejo e me encontro com bastante brasileiros por aqui. Se bem que diria que a grande maioria dos que conheci são de uma faixa etária mais jovem (18 a 22 anos), que vem para estudar inglês em alguma das várias escolas de idiomas. Por sinal, esse é um mercado muito forte por aqui, onde estudantes de várias partes do mundo (com ênfase para a “explosão asiática”) vêm estudar e aprimorar seus conhecimentos da língua inglesa num país “tranqüilo”, longe de ameaças de terroristas, com ótimo estilo e ótima qualidade de vida.
Percebi também que na maioria dos casos, o povo brasileiro vem para a Nova Zelândia primeiramente para fazer um curso de inglês (uma média de seis meses de aula) e depois formam uma turma e resolvem sair para conhecer e explorar as outras partes do país. Para bancar essa jornada toda, eles acabam trabalhando em colheitas de uvas, macas, laranjas etc – ilegalmente, na maioria dos casos – que têm espalhadas por aí.
Já na industria da hospitalidade, conheço apenas três outros brasileiros: minha esposa, uma colega curitibana que trabalha no RH de uma das maiores empresas hoteleiras regionais e uma paulistana que atua no mesmo hotel que eu, porém na área de Governança.
De uma forma geral, vejo que o brasileiro é um povo bem visto por esses lados daqui. Gente batalhadora, dedicada e que está com vontade de melhorar o seu padrão de vida. Nesse contexto, a idéia de ser um país naturalmente encantador, cheio de cores e sabores, de um imenso potencial econômico e dono absoluto do título de “terra do futebol-arte” são as imagens mais marcantes por aqui. Porém, infelizmente, o lado “negro” do Brasil – corrupção, violência, desigualdade social – tambem tem seu espaço nos jornais.
Ao que se refere em conseguir uma posição na hotelaria neo-zelandesa, não acredito que exista uma distinção que seja marcante entre o povo brasileiro e as demais etnias. Pela minha experiência e vivência até o momento, sinto que o “kiwi” basicamente divide o estrangeiro entre dois grupos principais: o que fala inglês como primeira língua (Estados Unidos, Reino Unido, Austrália, ou no caso dos países da Europa Ocidental), e aqueles que ou vêm de países em desenvolvimento ou que precisam fazer curso separado.
Nessa divisão, percebo que há uma considerável preferência em oferecer melhores oportunidades de trabalho (cargos de maior responsabilidade) para o pessoal do primeiro grupo. Mas nada que com dedicação, honestidade e tolerância você aos poucos vai mostrando o seu valor e de tempos em tempos galgando o seu espaço também.


Gualberto e a esposa Mariana: casal do bom humor

HN: Há espaço para mais hoteleiros brasileiros trabalharem aí no país? Além do inglês fluente, o que mais os empregadores valorizam?
Gualberto: Olha Schapo, no meu ponto de vista (e de toda a mídia) a Nova Zelândia infelizmente tem passado por uma fase meio que complicada ultimamente ao que se refere ao tema empregabilidade. Muitas discussões têm rolado desde a revisão das normas de imigração e visto para trabalho/residência no país até estudos de quantos “kiwis” têm saído do país em busca de melhores oportunidades (principalmente no item salário) mundo afora – com especial atenção à Austrália e ao Reino Unido.
A taxa de desemprego caiu muito nos ultimos anos e estacionou na faixa dos 3%, e com tanto desenvolvimento dos diversos setores da economia local (principalmente a da hospitalidade), tem sido cada vez maior a carência e procura por mão-de-obra especializada. Não tenho visto ou sabido da abertura de novos empreendimentos, ou da chegada de uma nova bandeira internacional. Porém, o carma de ter uma taxa de rotatividade altíssima que reina na hotelaria mundial, aqui também não é diferente.
A imigração, em particular, é um tanto que complicada em aprovar pedidos de visto para trabalho. São inúmeros documentos e prazos que acaba te desanimando um pouco. Por exemplo, você primeiramente precisa ter uma carta do seu futuro empregador, dizendo que você foi selecionado num rígido processo de recrutamento, de forma que acima de tudo comprove que para esta vaga em específico não foi encontrado nenhum “kiwi” que seja apto para desenvolvê-la. Uma vez que isso seja satisfatório, a segunda etapa vem então a ressaltar as suas qualidades, atribuições e experiências que comprovem que você é o “cara” para aquela determinada função. Daí começam os documentos, as cartas, os comprovantes, os anúncios no jornal… ou seja, uma verdadeira maratona. Nisso tudo, você já pode imaginar o quão bom você tem de se sair numa entrevista de emprego, a ponto do seu futuro empregador sentir-se disposto a entrar nessa batalha junto contigo. Sem falar que na grande maioria dos casos, quando as empresas anunciam uma vaga em aberto, eles já dizem que somente estão pegando candidatos que já possuem um visto de trabalho.


Um dos raros momentos de lazer: a visita de Gualberto a uma praia com um casal de amigos

Ou seja, respondendo então à sua pergunta, o brasileiro (assim como muitos outros) precisa ser além de um cara bom e cheio de experiências e potencial de desenvolvimento, uma pessoa de sorte em encontrar uma empresa que esteja disposta a encarar essa jornada com ele junto a imigração. E necessário ter o perfil certo, estar no lugar certo, na hora certa, e ser entrevistado pela pessoa certa.
O empregador “kiwi” tem uma preferência por candidatos que acima de tudo comprovem um vasta experiência na área, que demonstrem forte habilidade em lidar com várias tarefas ao mesmo tempo e que tenha espírito inovador e de liderança. Itens como “possuir um segundo/terceiro idioma” e “formação acadêmica” são, na minha opinião, pouco valorizados por aqui.
Por fim, gostaria de ressaltar que, independente do motivo da viagem e do destino desejado, é sempre aconselhável investigar e estudar previamente o regulamento da imigração do país antes de embarcar em qualquer viagem. Se algum colega hoteleiro estiver pensando em vir tentar fazer carreira do lado de cá, diria que as palavras de ordem seriam: planejamento, dedicação e paciência.

HN: E a qualidade e o custo de vida aí, conte-me sobrte essas dois aspectos?
Gualberto: O nível de qualidade de vida aqui na Nova Zelândia é um dos maiores em todo o mundo. Diversos europeus – e mais recentemente asiáticos e indianos – têm imigrado para a “Aotearoa” (significa Nova Zelândia em maori, a língua dos nativos daqui) muito devido ao excelente estilo de vida que se tem.
Nos últimos anos, com o crescimento da cultura de se trabalhar “part-time” (entre 20h e 30h por semana) adicionado com as maravilhosas atrações naturais do país juntamente com a ótima estrutura turística (transporte e acomodação), realmente a Nova Zelândia é considerado como um país de grande destaque mundial. Além do mais, o nível salarial por aqui é relativamente alto (um recepcionista de hotel 4 estrelas tira numa média de NZ$ 12 por hora, cerca de R$ 18) em comparação a muitos países de ponta.


Mapa do país

Contudo, por outro lado, o custo de vida daqui também é relativamente alto. Fatores como moradia (aluguel ou compra de imóveis) e curso de nível superior são consideravelmente altos em comparação aos nossos padrões no Brasil (e até mesmo a outros países desenvolvidos). Ou seja, ao mesmo tempo que ganha-se bem, gasta-se na mesma proporção.
Por exemplo, o custo semanal de acomodação pode variar entre NZ$ 150 e NZ$ 450 – respectivamente R$ 230 e R$ 700 – dependendo de fatores como: cidade (Auckland e Wellington tendem a ser mais caras), localização (centro ou bairro), tipo de moradia (sozinho num apartamento/studio ou dividindo uma casa com outras pessoas), mobiliado e pronto para morar ou somente com itens de necessidade básica (geladeira e fogão) etc.
Já no caso de um curso de especialização em uma universidade, um estudante internacional pode chegar a desembolsar até cinco vezes mais do que um “kiwi” pagaria. Dessa forma, o país desenvolveu uma cultura muito forte ao que se refere a estudantes (tanto locais quanto internacionais) abrirem uma linha de financiamento escolar (student loan) junto ao governo federal de forma que subisidie o aluno durante o periodo escolar. Pelo que sei, atualmente existem algo em torno de 450 mil pessoas pagando o tal do “empréstimo”.
Por isso eu recomendo a todos aqueles que estão pensando em viajar ao Exterior, seja a lazer, para estudar, ou em busca de novas experiências profissionais, o fator mais importante acaba sempre sendo planejamento. É necessário fazer uma pesquisa detalhada sobre o destino desejado, verificar como funciona o sistema de emisão de vistos (e possíveis alterações que possam acontecer no decorrer da viagem), saber de outros brasileiros que já foram, o que fizeram e qual a recomendação deles, elaborar um orçamento que seja flexível e ao mesmo tempo sincero com suas necessidades e vontades. Manter o objetivo da viagem sempre em primeiro plano quando tomando alguma decisão e o principal item para que a viagem seja a mais prazeirosa, proveitosa e gratificante possivel.


Bandeira da Nova Zelândia

HN: Como você vê a hotelaria brasileira aí de fora?
Gualberto: Pelo que tenho me informado (principalmente através do site Hôtelier News e de amigos da área), o mercado brasileiro de hotéis tem se mostrado mais organizado e dedicado ao desenvolvimento sustentável do setor do que há alguns anos atrás.
Vejo que a hotelaria brasileira tem conseguido melhorar consideravelmente seus desempenhos operacional e financeiro, com especial atenção ao forte crescimento tanto na taxa de ocupação quanto de diária-média. Mercados altamente competitivos como São Paulo, Rio de Janeiro e Curitiba têm repetitivamente apresentado aumento no número de hóspedes que se mostram satisfeitos pelo valor da diária que pagam em troca dos serviços que lhes são prestados.
Tenho percebido também que o interesse das redes internacionais pelo nosso lindo País continua sendo grande, como é o caso da rede InterContinental Hotels Group que planeja dobrar o número de hotéis existentes no Brasil. Essa confiança e credibilidade que são investidos na hotelaria brasileira vem a comprovar o imenso potencial que o País tem em explorar, ampliar, e diversificar seus destinos turísticos. Oportunidades como essa que o grupo InterContinental vem trazendo ao Brasil deve ser corretamente aproveitado e planejado pelos hoteleiros e investidores locais para que traga benefícios também ao longo prazo e não limitando-se somente aos lucros imediatos.
De uma forma geral vejo que o Brasil continua sendo como um forte mercado para o desenvolvimento da industria hoteleira e realmente acredito que com o potencial turístico que temos, juntamente com a habilidade e o aperfeicoamento dos profissionais do setor, a hotelaria nacional tem de tudo para ser uma das principais indústrias geradoras do desenvolvimento sustentável da economia do País.

HN: Quais são os profissionais hoteleiros que você tem um grande respeito pelas oportunidades e/ou conselhos que te deram?
Gualberto: Essa pergunta é complicada de responder, pois cada um participa de maneira diferente, de acordo com a situação e o contexto em que se esta vivendo.
Mesmo assim, tem sempre aqueles aos quais a gente se identificou mais, sempre buscou estreitar mais os relacionamentos e ficar mais próximo para poder absorver ainda melhor os seus ensinamentos e as suas experiências de vida.
Até o momento, eu diria que existem cinco pessoas as quais sempre me trouxeram uma energia muito positiva, que sempre estiveram ao meu lado, acreditando no meu potencial e me ensinando a ser um profissional competente, responsável e determinado. São eles: João Francisco Rodrigues (Bourbon de Hoteis & Resorts), Marcos Mello (InterContinental Hotels Group), Maria Angélica Vezozzo (Bourbon de Hoteis & Resorts), Gabriel Pedrosa (InterContinental São Paulo) e Michael Borostyan (Crowne Plaza Auckland Hotel).