(imagem: pixabay/geralt) 

O caminho sinuoso pelo qual o mercado hoteleiro brasileiro acelera nos últimos anos parece perto de uma trégua, ao menos de acordo com o que prevê o mais recente levantamento Prévia do Panorama da Hotelaria Sul-Americana, organizado pela HVS/HotelInvest numa parceria com a STR. De acordo com os dados do levantamento, que diz respeito à primeira metade deste ano, a equação envolvendo mudanças políticas e ajustes econômicos, já realidades na administração atual do País, colocam sob novos trilhos a trajetória da hotelaria no Brasil. Em números específicos para cada grande mercado brasileiro, o estudo detalha os resultados que geram tal otimismo.

O Rio de Janeiro, casa dos Jogos Olímpicos, a partir de hoje (5), encabeça a lista de esperanças no que diz respeito a bons resultados e potencial para melhora. Durante o primeiro semestre, mesmo em queda, a capital fluminense teve a melhor performance em RevPar – receita por apartamento disponível – na nação. Contudo, a demanda na cidade ainda não recuperou-se dos efeitos da queda dos preços internacionais de óleo e gás. 

Por conta da Olimpíada, houve expansão de 14,4% na oferta em 2016. Apesar da queda na taxa de ocupação (-9,7%), a diária média da amostra aumentou 1,2%, valor que não foi suficiente para manter o RevPar, que, por sua vez, caiu 8,6%. Os autores do estudo estimam que a receita gerada pelo evento esportivo ajude pontualmente o desempenho dos hotéis cariocas. No pós-evento um período de turbulência deve acometer os meios de hospedagem.

Com oferta estável, a capital paulista apresentou queda de demanda (-3,2%), o que levou à retração nos demais indicadores: a taxa de ocupação caiu 3,7%; a diária média, 2,4% e o RevPar 6,0%. A cidade ainda se mantém como o maior parque hoteleiro do Brasil e, também por isso, a previsão é de restituição de demanda perdida nos últimos anos.

Curitiba tem como particularidade o aumento de 1,2% em sua demanda mas a taxa de ocupação e o RevPar não acompanharam caindo 9% e 7,8%, respectivamente. Apesar disso, a cidade do Paraná foi uma das poucas capazes de aumentar sua diária média. O índice cresceu 1,2%.

Com o fechamento de alguns hotéis, Salvador viu diminuir a sua oferta de meios de hospedagem ao mesmo tempo que caiu também a procura por eles. Os índices da capital baiana seguem ruins ao passo que crescem os rumores de que outros 700 quartos hoteleiros deixarão de existir. No Rio Grande do Sul a sina não é boa. Porto Alegre apresentou a maior queda no cálculo receita por habitação (-12,1%), motivado pela diminuição na ocupação e diária média (-6,0% e -6,4%, respectivamente).

Em Minas Gerais a melhor das notícias é que a oferta parou de crescer expressivamente – no semestre a evolução foi de apenas 1,7%. Aliado à estabilidade da demanda, os índices de desempenho foram pouco afetados quando comparados ao último ano. A taxa de ocupação caiu 2,5%, a diária média 9,1% e o RevPar 11,4%.

Serviço
hotelinvest.com.br