Kenoa Beach Spa faz parte da coleção da Arteh
(foto: divulgação)
“Queremos ser um farol no Brasil para todos os hotéis que querem investir neste país. Temos as bases de dados, o know-how e a mesma língua. A vontade de trabalhar e de fazer coisas diferentes é enorme, então só falta arregaçar as mangas e batalhar duro. Temos consciência da enorme dimensão e diversidade do mercado brasileiro, mas acreditamos na nossa marca, no nosso conceito e sobretudo na nossa coleção de hotéis”. A declaração de Sofia Almeida, diretora de Marketing da Arteh Hotels e Resorts, deixa claro que a rede de luxo está com fortes olhos para a hotelaria brasileira.
 
O grupo é uma cadeia soft brand de hotéis, dedicado ao marketing, promoção e e-distribuição, com uma coleção exclusiva de hotéis e resorts de luxo e charme. Nasceu em Portugal, em 2003, e possui mais de 130 unidades distribuídas em seu país de origem, Espanha, França, Itália, Países Baixos, Reino Unido, Brasil, Marrocos, Índia e África do Sul.
 
“Nosso trabalho é ajudar os pequenos hotéis de charme e hotéis boutique a vingar, a criar e aumentar visibilidade com os menores recursos disponíveis”, explica. Entre as ações de marketing estão o website da marca; o guia The Must Hotels, que pode ser encontrado nos hotéis e nas principais feiras de Turismo Mundial, bem como comprado em algumas livrarias; presença em feiras; disparo de newsletter; e encontros com agentes.
 
Na área de vendas, está a plataforma CRS no website, reservas on request, vendas por meio das redes sociais – a título de exemplo, o Facebook tem um motor de reservas; fornecimento de códigos GDS aos hotéis.
 
“Hoje lidamos com um cliente informado que tem acesso a tudo por meio da internet e das redes sociais, pode interferir no processo de venda. Contudo, mesmo com o avanço das redes sociais, creio que o turismo de luxo continuará sempre no registro low profile que lhe é característico, na medida em que os anunciantes têm que se diferenciar e comunicar com o potencial cliente, mas nunca pelo preço ou pela oportunidade. O turismo de luxo é antimassivo, prima pela sobriedade, pela qualidade e pela descrição dos envolvidos”, complementa.
 
Ela cita ainda que o luxo vai além do cuidado no serviço prestado ao hóspede. “Importante é nunca esquecer que o cliente de luxo, que fica na dúvida entre a Cartier e a Tiffany, não decide pelo preço ou pela comodidade (ambas as marcas estão dispostas a quase tudo pelo cliente). Então a resposta está em algo imaterial, como a responsabilidade social, a diminuição do impacto no planeta, preocupações ambientais. Quem no futuro quiser captar a atenção deste segmento tem que abraçar este tipo de causa. Esta será uma preocupação futura nossa: o planeta Terra e o conforto dos nossos clientes”.
 
Na carteira da rede, há empreendimentos brasileiros como o Brava Hotel, em Armação de Búzios (RJ); o Toca da Coruja, Praia de Pipa (RN); o Tivoli Ecoresort Praia do Forte, Praia do Forte (BA); a Pousada Rancho do Peixe, Praia do Preá (CE); a Pousada Vila Kalango, Jerioacoara (CE); e o Kenoa Exclusive Beach SPA & Resort, Barra de São Miguel (AL). “Queremos apostar numa estratégia lusófona, unida pela língua e valores semelhantes. Queremos continuar a apostar no mercado brasileiro, quer a nível da oferta hoteleira no Brasil, quer a nível da procura do mercado brasileiro para a Europa e para África”, adianta Sofia.
 
Entre os hotéis que entraram recentemente na coleção estão Onyria Marinha Edition Hotel & Thalasso, Cascais, Portugal;
The Mirror Hotel, Barcelona, Espanha; Hotel Majestic Roma, Roma, Itália; Villa & Palazo Aminta, Piemonte Itália e Le Sutra, Mombai, India.
(Aline Costa)