Giuliana Laganá retornou à Atlantica Hotels em 2016
(foto: arquivo HN/Peter Kutuchian)

Formada pelo Senac São Paulo em Tecnologia em Hotelaria e pós-graduada em Administração Hoteleira pelo Senac Campos do Jordão com MBA em Gestão de Luxo pela FAAP de São Paulo, além de dominar os idiomas inglês e espanhol, Giuliana Laganá, hoje gerente geral do Radisson Vila Olímpia, empreendimento administrado pela Atlantica Hotels em São Paulo, fala de sua trajetória na hotelaria, dos desafios enfrentados no período de crise, da importância do mapeamento de hóspedes e dos próximos investimentos da unidade.

Hôtelier News: Giuliana, como começou a sua paixão pela hotelaria?
Giuliana Laganá: Minha paixão pela hotelaria despontou enquanto cursava o primeiro ano da faculdade e trabalhava como recepcionista. Hoje, são 20 anos de experiência – nove deles, entre 2001 e 2010, na Atlantica Hotels – casa para qual retornei em 2016 para assumir a gerência geral do Radisson Vila Olímpia.
Depois de participar da implantação do então Radisson Faria Lima (hoje Radisson BLU São Paulo) e de liderar a conversão do Clarion Alphaville em Radisson Alphaville, sai da Atlantica para me dedicar a novos projetos profissionais. Ingressei no Grupo Fleury, onde atuei por quatro anos, participando da implantação de novas unidades, gestão do atendimento e da definição de novo branding da marca.

HN: Qual foi o desafio que lhe deu maior realização profissional?
Giuliana: Certamente, foi liderar a conversão do Clarion Alphaville em Radisson Alphaville em 2008. Realizar esta ação, sem parar a operação em nenhum momento, foi um dos principais desafios da minha carreira na hotelaria, afinal, além da adaptação física, que é bastante trabalhosa, foi necessário muito foco na gestão de pessoas. Nesse sentido, estive bem próxima dos colaboradores, para que fosse possível prepará-los para “abraçar” a cultura e os padrões de atendimento exigidos pela nova marca.

HN: Quando assumiu o empreendimento, quais foram as primeiras medidas que você observou serem necessárias?
Giuliana: Quando assumi o Radisson Vila Olímpia minha principal missão foi dar continuidade à reforma dos apartamentos. Mas entendo que minha meta, do ponto de vista global, é consolidar o empreendimento com uma opção de hospedagem de luxo em São Paulo, objetivo que julgo extremamente factível. Estamos em uma das regiões mais privilegiadas de São Paulo, em meio a um prestigiado circuito de compras, amplo centro comercial, bares, restaurantes e diversão noturna, além de parques como o Burle Marx e o Parque do Povo. Ainda oferecemos três piscinas diferenciadas, sendo uma coberta e aquecida com raia semiolímpica, uma externa, com uma linda cascata, e outra infantil. Já, as refeições nos restaurantes Anexo Badebec e Badebec são uma atração à parte, pois atendem os mais diversificados e sofisticados paladares.

HN: Quais as recentes melhorias que você destaca no empreendimento desde o início da sua gestão?
Giuliana: Acredito que uma das minhas principais contribuições para essa nova fase do Radisson Vila Olímpia foi a realização de um mapeamento do potencial dos nossos hóspedes. Com este trabalho, foi possível identificar necessidades e demandas que, até então, não estavam claras para a gestão anterior e para os nossos investidores. O resultado desse levantamento foi imprescindível, por exemplo, para a aprovação de novas verbas orçamentárias, que permitiram a repaginação da área Fitness do hotel (já realizada) e possibilitarão a reforma de algumas de nossas salas de eventos corporativos.

Quero ainda de destacar uma importante iniciativa implementada em 2016, que foi a categorização de apartamentos. No final de setembro, anunciamos a criação de uma nova categoria de apartamentos no hotel, a Suíte Superior. A categoria criada juntou-se às já existentes: Apartamento Superior, Apartamento Luxo e Apartamento Business.

Com investimentos aportados na aquisição de equipamentos e na disponibilização de novos serviços, as mudanças mais significativas atreladas à nova categoria são: a possibilidade de montagem de uma cama extra e a oferta de dois ambientes por unidade, assim como de duas TV’s.

HN: Como foi o ano de 2016 para o Radisson Vila Olímpia? Quais as expectativas para 2017?
Giuliana: Mesmo com a instabilidade econômica, a demanda por eventos corporativos cresceu 2% no período e a taxa de ocupação, 8%. Para 2017, o plano é investir cerca de R$ 400 mil na reforma de três das sete salas dedicadas a eventos corporativos e ainda promover melhorias na nossa rede de internet.

Tradicional no segmento business, um dos fatores que mantiveram o Radisson resiliente a crise foi a diversificação. Além dos executivos, o hotel passou a receber com mais frequência hóspedes que buscam lazer ou simplesmente quebrar a rotina. Muitos dos finais de semana de 2016 bateram a casa dos 80% de ocupação. Estes hóspedes, que são oriundos, principalmente, da própria capital paulista e cidades do entorno, como Campinas e Sorocaba, chegam atraídos, sobretudo, pela localização do hotel, que fica no coração da Vila Olímpia, um dos bairros mais nobres e badalados da cidade.

HN: Como você avalia a posição da Atlantica Hotels dentro do mercado em São Paulo?
Giuliana: Voltei à Atlantica, em 2016, depois de seis anos me dedicando a outras atividades profissionais, com a certeza do diferencial desta rede e das bandeiras hoteleiras que estão sob sua guarda e que atendem os mais diferenciados perfis de hóspedes. A capilaridade e a qualidade dos serviços da Atlantica Hotels, fazem com que a rede se sobressaia e se mantenha sempre competitiva, mesmo em tempos de crise.

Quanto ao Radisson, a marca é reconhecida e consolidada mundialmente e, certamente, tem tudo para se expandir nesta que é uma das maiores metrópoles do mundo.

Serviço
atlanticahotels.com.br