Após as primeiras listagens de hotéis na França, o Guia Michelin expande sua entrega de chaves para empreendimentos nas Américas. Segundo divulgado pelo Skift, a publicação reconheceu suas primeiras propriedades nos EUA esta semana, utilizando seu novo sistema de classificação. No total, sete cidades norte-americanas entraram para o ranking.

Hotéis em Atlanta, Chicago, Miami, Nova York, Orlando, Tampa e Washington DC, eram elegíveis, juntamente com outros na Califórnia e no Colorado. Os 124 primeiros empreendimentos receberam as chaves do guia, sistema semelhante ao reconhecimento de estrelas dos restaurantes.

Segundo o Guia Michelin, os melhores hotéis de luxo da Espanha serão revelados na próxima segunda-feira, dia 29 de abril, enquanto os empreendimentos da Itália serão anunciados no início de maio. Japão e Coreia do Sul conhecerão as propriedades listadas em julho. De acordo com a publicação, os principais centros turísticos mundiais serão prioridade neste momento.

Os hotéis em Nova York e na Califórnia varreram a cobiçada categoria de “três chaves”. Já na listagem de “duas chaves”, alguns exemplos são o Four Seasons Hotel São Francisco e o Rosewood Washington DC. Para as propriedades de “uma chave”, o Riggs Washington DC comenta a importância do reconhecimento.

“O reconhecimento Michelin tem muita influência nas escolhas dos hóspedes e ajudará a colocar Riggs no mapa de uma perspectiva internacional para pessoas não familiarizadas com o mercado”, disse Dewayne Wright, gerente geral da propriedade.

Avaliações

O Guia Michelin afirma que todos os seus inspetores são funcionários, não autônomos, e pagam integralmente as refeições e estadas nos hotéis.

O Skift informou na terça-feira que os profissionais de marketing de turismo de Atlanta pagaram US$ 1 milhão ao longo de três anos para incentivar a Michelin a avaliar seus restaurantes e ajudar a promover os estabelecimentos selecionados.

O portal relatou que, internacionalmente, a Michelin celebra alguns acordos financeiros com conselhos de turismo para iniciar a entrada no mercado. Para dissipar qualquer confusão, o guia afirmou que as suas parcerias com sete grupos de turismo, incluindo Visit California e Visit Florida, estão centradas em ajudar os destinos a promoverem-se como centros gastronômicos de excelência e que não afetam suas seleções.

“A Michelin não tem um modelo de negócios pay-for-play”, disse Gwendal Poullennec , diretor Internacional do Guia Michelin. “As parcerias com conselhos de turismo não afetam as avaliações de restaurantes ou hotéis. Você não paga nada para ser reconhecido pela Michelin e não participa de nenhum tipo de esquema.”

(*) Crédito da foto: reprodução/Skift