Vista de Madri
Até meados de 2019, espera-se a abertura de 1.050 quartos em Madri

A capital espanhola vem aumentando, na avaliação de especialistas, sua reputação como destino de lazer e negócios na Europa. Muito dessa percepção está ligada à crescente movimentação de redes hoteleiras na cidade. Além disso, as esperadas chegadas de Four Seasons e Mandarin Oriental deverão acrescentar ainda mais ao município, mesmo que Madrid sempre tenha atraído grandes marcas globais. 

Só nos primeiros três meses de 2017, os negócios envolvendo empreendimentos hoteleiros somaram € 703 milhões (R$ 2,8 bilhões). Esse volume é mais do que o dobro do total movimentado em 2016, de € 310 milhões (R$ 1,2 bilhão). Uma das empresas mais ativas no mercado foi o Baraka Group, de origem egípcia. A companhia comprou e revendeu a propriedade do futuro RIU Palace Plaza de España, anunciado em janeiro. Outro importante player na temporada foi o grupo francês Foncière des Murs. O grupo e adquiriu sete hotéis que faziam parte do portfólio da Metrovacesa na cidade.

Segundo a Horwath HTL, mais de 77% dos quartos da cidade foram administrados por redes, com os demais 23% por marcas independentes. Com 28 hotéis, NH Hotel Group lidera o mercado local em número de empreendimentos. A seguir vem a Marriott International, com 19 propriedades.

Pipeline de Madri

A previsão é que, até meados de 2019, a cidade receba a adição de mais 1.050 quartos. Mesmo com esse intenso crescimento, a demanda não parece ser afetada. Empreendimentos cinco estrelas inaugurados em 2015, por exemplo, mantêm boas ocupações. Em paralelo, hotéis quatro estrelas parecem estar próximo do seu ápice de atendimento. Segundo o estudo da Horwath HTL, as propriedades três estrelas têm enfrentado um pouco mais de dificuldades.

De janeiro a outubro de 2017, a Horwath HTL informa que o fluxo de turistas cresceu 3% (para 9,3 milhões) frente a igual período de 2016. A consultoria de hospitalidade revela ainda que o mercado internacional representou 53,5% do total de viajantes em Madrid no período. Por fim, as despesas dos visitantes avançaram 16% na mesma base de comparação, para € 8,2 bilhões (R$ 32 bilhões).

(*) Créditos da Foto: Pixabay/Jammer