Segundo pesquisa realizada pela Colliers International e Hotelschool The Hague, o número de noites reservadas pelo Airbnb em Londres aumentou 130% de 2015 para 2016, alcançando a marca de 4,62 milhões de reservas no ano passado. Além disso, nos primeiros quatro meses de 2017, houve um adicional de 55% no número de reservas pela plataforma se comparado com o mesmo período em 2016.

Os bairros de Westminster; Tower Hamlets; Camden; Kensington; Chelsea e Hackney correspondem a 50% do total de dormidas levantadas pela pesquisa.

"Nossa pesquisa mostra que o Airbnb representa um tipo significativo e crescente de oferta de alojamento na capital. Com o crescimento, a falta de regulamentação se torna uma das maiores preocupações para muitos, e com razão. O interessante é que, mesmo com o aumento, não existe um impacto negativo sobre o setor hoteleiro. De muitas maneiras, o Airbnb é uma oferta diferente, que se beneficia no momento pela visibilidade", explica Marc Finney, especialista da Hotels & Resorts Consulting.

No final de 2016, o número de propriedades listadas pelo Airbnb em Londres registrou crescimento de 57%, pulando de 88.162 unidades em 2015, para mais de 138 mil unidades em 2016. 

"A falta de regulamentação é uma preocupação, não apenas para os players tradicionais, mas especialmente para as regiões e seus residentes. Além disso, os direitos e a segurança dos consumidores devem ser observadas por meio de leis. Hoje, se os clientes do Airbnb se deparam com um problema, eles têm de contar com medidas improvisadas pela plataforma para a sua resolução", observou Jeroen Oskam, diretor da Hotelschool The Hague.

"O Airbnb já não é apenas um local de acomodação para viajantes. Existem pessoas que estão comprando imóveis residenciais especificamente para anunciar na plataforma, diluindo bairros e criando um problema social para as áreas residenciais que se tornam zonas transitórias. Isto já é evidente em Amsterdam e Barcelona, por exemplo, e é preciso uma atenção especial no sentido de como lidar com essas transformações", opinou Dirk Bakker, da Colliers International.

* Crédito da foto: Pixabay/fotofan1