Fachada do novo hotel carioca
(fotos: Rhaiane Sodré e divulgação)
 
Edificado em 1958, o agora hotel Arena – que já esteve em funcionamento como Trocadero, na época administrado pela Othon – será inaugurado no final do mês de agosto no Rio de Janeiro, mais precisamente na orla de Copacabana. Inicialmente o empreendimento vai abrir em sistema soft opening, pelo qual vai operar por três meses.
“O edifício ficou no esqueleto com a demolição. Algumas trocas foram extremamente necessárias para entrar no mercado com uma nova oferta, de acordo com as exigências atuais tanto dos clientes quanto de segurança”, explica José Domingo Bouzon, um dos diretores do Arena, destacando a inserção de detectores de fumaça nos apartamentos e corredores, alarme de incêndio e as escadas enclausuradas, que proporcionam isolamento em caso de fogo.
 
Antiga fachada do hotel Trocadero
 
A aposta em instalar mais um hotel diante de tanta concorrência na área, inclusive de grandes redes como Accor, Golden Tulip, Othon, Marriott, dentre outras, foi feita por 14 sócios espanhóis e hoteleiros da cidade. O foco do grupo é no requintado público pertencente à classe A.
 
Para saber mais detalhes e registrar imagens exclusivas do novo empreendimento, o Hôtelier News visitou Bouzon, também diretor do hotel Mar Palace, que, apesar de avesso a aparições na mídia, conversou com nossa equipe sobre as expectativas do novo produto, além de falar do turismo do Estado.
 
Por Rhaiane Sodré
  
Estrutura  
São 135 acomodações – sendo 12 suítes com antessala -, divididas em 15 andares. Na cobertura estão a piscina, academia, sauna e um mirante. No térreo fica o restaurante Trocadero com capacidade para 130 pessoas, além de duas salas de eventos para 100 e 120 lugares cada. Todos os ambientes possuem internet wireless gratuita.
 
Elevadores e corredor do empreendimento
 
“O espaço gastronômico, aberto também para passantes, terá esse nome (Trocadero) para manter a lembrança do hotel que funcionou como uma opção ponta de linha nos anos 60. A cozinha deverá ser especializada na culinária espanhola”, conta Bouzon.
 
A ideia é vender o mar, já que o empreendimento possui 62 apartamentos de frente para o oceano, 48 com vista lateral e 22 de fundos. As janelas de vidro vão do teto até o piso e de parede à parede. “Temos um grande chamariz e iremos explorá-lo. Outra aposta foi aliar a praticidade com beleza através de uma decoração clean, no estilo contemporâneo, além da possibilidade, por exemplo, de acender e apagar as luzes do apartamento de qualquer lugar em que se esteja”, completa o empresário.
 
Janela de uma das acomodações

 
Detalhe do banheiro
 
A preocupação com o meio ambiente ganhou destaque. A água do chuveiro e pia será tratada e reutilizada, o ar-condicionado central, que refrigera as UHs, esquentará a água para o banho. Já as madeiras utilizadas na decoração são ecologicamente corretas.
 
“O nosso grande diferencial está na estrutura moderna apresentada. A proposta é oferecer um produto que a cidade ainda não possui, com novidades na arrumação dos apartamentos, escolha dos móveis e nos serviços classe A a serem oferecidos. Nossa fachada, que já está com o letreiro há quase um ano para iniciar a divulgação, será o nosso cartão de visita” conta o executivo.
 
Terraço com piscina, academia e sauna.
Os três com vista para a orla
 
Público-alvo e metas
O projeto é trabalhar em igualdade (50%) os segmentos de lazer e corporativo. Inicialmente, a meta a ser atingida é de 60% de ocupação, mas estima-se para a média anual o resultado de 75% e a diária de R$ 330.
 
O mercado a ser explorado é o que abrange empresas brasileiras, principalmente as paulistas. “Queremos atender corporações que estão refazendo a estrutura do Rio com grandes construções”, revela Bouzon. Espanha, França, Alemanha, Inglaterra e Estados Unidos também são praças de interesse.
 
A equipe será formada por 65 colaboradores, com representantes comerciais em São Paulo e Belo Horizonte. A ideia é expandir o número de empreendimentos e novos projetos hoteleiros estão sendo estudados, apenas para o Rio de Janeiro.
 
Mercado atual
Investir em um novo meio de hospedagem no atual momento da economia mundial é uma decisão incerta e arriscada. Os 14 hoteleiros acreditaram no projeto tendo em vista o potencial do destino, além das iniciativas realizadas com a união da Prefeitura e do Governo do Rio.
 
“Não pensamos na Copa do Mundo de 2014 quando demos a cartada final. O evento, assim como a Olimpíada de 2016, será positivo e trará mudanças fundamentais para a região, com melhorias em segurança pública e infraestrutura. Contudo, além disso, acreditamos no potencial da Cidade Maravilhosa, que recebendo atenção dos órgãos responsáveis é capaz de fazer com que o turista retorne sempre”, opina um dos diretores do Arena. 
 
Vista da lateral do Arena. Ao fundo, o Cristo Redentor

 
Vista da praia de dentro do empreendimento
 
Sobre a hotelaria local, Bouzon acredita que é necessário uma adaptação das redes existentes no que diz respeito a ampliação e modernização. “Hoje a capacidade está adequada para a demanda, mas temos que pensar no futuro acreditando que o destino irá continuar evoluindo e recebendo incentivos, o que demandaria mais opções de hotéis”, justifica.
 
Alguns pontos que devem receber atenção para que o turista deixe o local satisfeito foram apontados pelo profissional. São eles: “Remodelações das vias, que estão mal asfaltadas, e calçadas. Além disso, se fazem necessárias a conservação das praças, atenção para a segurança pública e projeto de garagem subterrânea em Copacabana, que facilitaria o acesso ao bairro”, recomenda.
 
Serviço