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Inaugurado em novembro de 2001, o Nannai Beach Resort está localizado na praia de Muro Alto, no litoral sul de Pernambuco. Atualmente, o resort é considerado como uma das referências no mercado dos resorts de praia. A cidade de Porto de Galinhas é sua vizinha e para se deslocar até lá, bastam dez minutos de buggy. No entanto, as qualidades do Nannai fazem seus sentidos se atentar para os mínimos detalhes de tanto sol e beleza.

 

O empreendimento foi projetado para ser um resort de 270 apartamentos a fim de tornar-se mais um empreendimento de alguma rede hoteleira internacional. Porém, a conclusão foi diferente. Hoje, a propriedade disponibiliza 53 bangalôs com piscinas privativas, trabalhando sobre o conceito de paz e tranqüilidade, criando assim um novo produto no mercado.

 

Para saber da retrospectiva de 2007 e os projetos para este ano, o Hôtelier News conversou com dois executivos do empreendimento. John Davies, gerente geral, e Rodrigo Lins, gerente comercial, somam esforços para expandir o mercado e fortalecer a imagem de excelência da propriedade praiana. Entre um gole e outro de café, os gerentes se revezavam nas respostas. Confira abaixo como foi esta entrevista.

 
Por Gabriel Guirão e Peter Kutuchuan
 

Rodrigo Lins, gerente comercial, e John Davies, gerente geral
(fotos: Peter Kutuchian)
 

Hôtelier News: Como podemos classificar o Nannai Beach Resort?

John Davies: Não somos um resort de luxo com granito no chão e torneiras de ouro no banheiro, mas somos o mais competente no que diz respeito ao luxo no atendimento e serviços. Nosso potencial realmente é este. Nós iniciamos a experiência do hóspede recebendo e saudando pelo nome, assim que abrimos a porta do carro. Nós conversamos e, principalmente, ouvimos os clientes para saber quais são suas expectativas e depois torná-las realidade. Com base somente neste fato, já posso classificá-lo como um resort de luxo.

 

HN: Qual foi o balanço do Nannai em 2007?

Rodrigo Lins: Dos últimos três anos, 2007 foi o pior. Com os problemas da malha aérea e a desvalorização do dólar nós fomos abalados demais. Não só o Nannai, mas todo o Nordeste. Contudo, no segundo semestre do ano passado, principalmente setembro e outubro, conseguimos recuperar alguns déficits do semestre anterior. Quando chegou dezembro a situação já estava estabilizada, o que podemos comprovar no sucesso da ocupação entre as festas de final de ano até o carnaval.

 

O resort, assim como toda região, foi muito beneficiada pelo desempenho do projeto do Recife Convention & Visitors Bureau, O Recife é aqui. Parte dos resultados positivos, em alguns meses, se deve ao workshop intinerante.

 

HN: Quais serão os investimentos deste ano?

Lins: Este ano construiremos um spa. Nós já estamos em negociação com uma rede de spas que atua no Brasil, mas ainda não podemos revelar seu nome. O que podemos adiantar é que o conceito da empresa é o mesmo do empreendimento, o relaxamento. Podemos adiantar que não será um spa médico, e sim um para relaxamento que completará nossos serviços em lazer.

 

Como todo ano realizamos reformas, este ano não poderia ser diferente. Em 2007 nós revitalizamos o fitness center e criamos um lounge, no qual o hóspede tem uma visão do campo de golfe. Ele assiste de cima tudo o que acontece nos 18 buracos que contemplam o espaço.

 
Além disso, pretendemos construir 38 novas UHs, totalizando 91 até dezembro.
 

“Mesmo com a localização muito próxima a outras
propriedades, nosso conceito é diferente”

 

HN: Qual o público alvo do hotel?

Davies: Atendemos a todo tipo de hóspede, mas o nosso perfil é para casais jovens. Esta pergunta é curiosa, porque criou-se um mito, não sei como, que o Nannai não recebia crianças. Um tremendo mal-entendido! Tanto que no ano passado nós reformamos e inserimos novos brinquedos no nosso kid’s club. Elas são benvindas sim!

 

Dentro deste público a demanda principal é de São Paulo e Rio de Janeiro. Já entre o publico estrangeiro a predominância é de portugueses e argentinos. Nós perdemos muitos clientes que vinham de fora do país devido ao caos aéreo, principalmente da Europa, mas nós ganhamos hóspedes americanos.

 

HN: Como é a venda para o Nordeste?

Davies: É difícil, porque o nordestino vivencia o clima da região a todo minuto. Eles estão próximos das praias, por isso este mercado não os encanta. Claro que existem exceções, mas a venda para essa região não é significativa.

 

HN: Como é a relação com a concorrência?

Lins: Não temos medo. Mesmo com a localização muito próxima a outras propriedades, nosso conceito é diferente. Não somos um resort que preza pelo barulho e atividades agitadas que, às vezes, são inoportunas. Nós interagimos com o cliente sempre que há necessidade. Enquanto isso não acontece, nós os deixamos relaxar.

 

HN: Muitos hotéis começaram a investir em organização de eventos corporativos para suprir as necessidades da unidade em relação à baixa ocupação. O Nannai também tem esta intenção?

Davies: Não, mesmo porque este não é um mercado promissor para nós. Se trabalhássemos com isto, deixaríamos de lado nosso conceito de relaxamento. No entanto, nós contamos com uma sala que abriga cerca de 50 pessoas em auditório. Para algumas reuniões de pequeno porte nós abrimos as portas.


Um evento de grande porte nos traria problemas, já que o fluxo de homens em uma conferência é bastante grande. Complicaria ainda mais se a maioria estivesse desacompanhada, já que depois do trabalho, os hóspedes querem se divertir. Quando recebemos evento pequenos, os participantes trazem a família e enquanto trabalham os acompanhantes desfrutam das belezas do hotel e da região.
 

“O sul de Pernambuco até o norte de Maceió é uma região
com forte potencial de desenvolvimento”

 

HN: Como será a atuação de marketing do Nannai em 2008?

Lins: Participaremos das principais feiras e eventos do calendário turístico, sempre pensando no nosso público. Além disso buscaremos novas parcerias e iniciaremos este mês o treinamento de agentes de viagens nas principais capitais do país, assim como algumas cidades do interior.

Porém, uma das nossas ferramentas mais eficientes é o boca-boca. Muitos hóspedes habitués indicam o o Nannai para os amigos. Nós temos clientes deste perfil que visitam o resort cerca de seis vezes durante o ano. Sem contar aqueles que vão uma única vez, mas para passar mais de 20 dias.

 

HN: Como acontece a fidelização? Ela existe?

Lins: Nós não temos um programa de fidelização que devolve pontos ou qualquer outra coisa deste tipo com o acúmulo de hospedagem. Como atendemos cada hóspede como único, os habitués têm mais atenção ainda. Nós proporcionamos alguns mimos durante a estada sem que ele perceba. A qualidade no serviço é o que fideliza nossos clientes.

 

HN: Vocês disponibilizam reservas online pelo site do resort?

Lins: Em breve anunciaremos a contratação de uma empresa do setor. Estamos estudando muito bem qual ferramenta implantar para contar com um serviço completo. Com isto, podemos atender agências de viagens, empresas e o público final. Queremos um serviço em que o cliente possa optar por diversas funções, uma delas seria o pagamento com cartão de crédito via internet.

 

HN: Que tipo de atividade vocês realizam em relação à capacitação?

Davies: Trabalhamos o ano todo conversando com os colaboradores e repassamos para nosso departamento de RH. Nós avaliamos a necessidade dos requerimentos e assim que possível implantamos, ministramos cursos, entre outras atividades.

 

Muitas destas pesquisas são feitas com os hóspedes. O que eles pedem nós implantamos. A opinião deles funciona como um termômetro dos serviços oferecidos. Boas idéias sempre são benvindas.
 

“A qualidade no serviço é o que fideliza nossos clientes”

 

HN: Com quantos colaboradores o resort conta?

Davies: Nós não fornecemos números deste tipo, assim como a ocupação, mas o que eu posso revelar é que calculamos a necessidade do empreendimento como 1,2 à 2,2 colaboradores por apartamento. Acreditamos que este é o número ideal para o resort.

 

HN: Quais são as ações ambientais e sociais que o Nannai realiza?

Lins: Desde nossa inauguração estamos engajados na preocupação com o meio ambiente e com a comunidade de Porto de Galinhas. Entre tantas que participamos, podemos citar a doação de roupas e enxoval para asilos e creches. Além disso reciclamos os materiais utilizados no resort, tratamos e reaproveitamos a água e o consumo de energia é reduzido. Uma das ações mais gratificantes foi participar da reforma do hospital Carosita. Investimos a fim de  melhorar a infra-estrutura da região e consequentemente a também do resort.

 

HN: Como vocês avaliam a chegada de tantos resorts no Nordeste?

Davies: O Nordeste tem sol, praia e uma mão-de-obra carente de oportunidade, aprendizado, entre outros fatores. Se os novos empreendimentos potencializarem isto, o mercado será muito positivo para a região.

 

Do sul de Pernambuco até o norte de Maceió, a região possui forte potencial de desenvolvimento, sendo muito agradável e com a água do mar quente. Há alguns anos, o Rio de Janeiro era o principal atrativo turísitico do país, porém o destino é uma grande cidade. Depois surgiu Angra dos Reis, que só é proveitoso para quem tem barco. Esta região do Nordeste que comentei pode comportar toda estrutura necessária para um turismo diversificado. A Europa e a América Central já contam com estes diferenciais. Agora, cabe ao Brasil se atentar a este padrão.

 

Atualmente, as entidades turísticas estão muito presentes na nossa região. Com uma nova malha aérea, mais estrutura para as vilas, boas parcerias e investimentos, o turismo local será impulsionado.

 

“Até mesmo durante a Formula 1 nosso empreendimento é atrativo”

 

HN: De qual forma o turismo de Porto de Galinhas pode incrementar o seu número de turistas?

Davies: A venda de pacotes conjugados é uma boa saída. Nós contamos com um serviço em que o cliente se hospeda no hotel, depois vai para Fernando de Noronha e retorna ao resort. A procura ainda não é muito grande e não passa de 1% do total de nossas vendas. O hoteleiro não deve se preocupar em trazer hóspedes somente para o empreendimento dele. A experiência deve ser completa. A qualidade no atendimento e nos serviços é obrigatória, com isso o hóspede já estará contagiado.

 

HN: Você acreditam que o Nannai será beneficiado com a Copa do Mundo?

Davies: Indiretamente, sim! Não receberemos as delegações, mas os reflexos do fluxo de turistas no país serão positivos para a região. Até mesmo durante a Fórmula 1, em São Paulo, nosso empreendimento é atrativo. Depois das competições, muitas pessoas se interessam pelo país e decidem voltar após estudarem sobre o que é mais belo no Brasil. O turismo de toda região será beneficiado. Este é um grande evento para os brasileiros. 
 

HN: Existe a possibilidade de um novo Nannai ser construído?

Lins: No momento, essa não é nossa intenção, mas quem sabe?!

 

Serviço

www.nannai.com.br

John Davies: [email protected]

Rodrigo Lins: [email protected]