Marina Pechlivanis, da Agência Umbigo do Mundo e professora do curso Luxury & Management do IED, apresentou um dos painéis 
(fotos: Giulia Ebohon)

Há diversas maneiras de se pensar o luxo. Essas variações exigem que as marcas hoteleiras percebam a comunicação que estabelecem com seu público e calibrem o circuito de trocas com a percepção do que é esperado, detalhou Marina Pechlivanis, da Agência Umbigo do Mundo e professora do curso Luxury & Management do IED, durante um dos painéis do Turismo no Luxo – evento aconteceu hoje (23) no IED (Instituto Europeu de Design).

Ainda conforme a especialista, esse mecanismo de compreensão e comunicação é necessário para que hotéis consigam vender seus produtos correspondendo às expectativas de seus clientes. 

Na palestra Percepção do luxo na hotelaria, desafios, oportunidades e percepções, a profissional traçou algumas das mudanças que foram ocorrendo nos valores atribuídos à categoria de luxo e os questionamentos que se impuseram em consequência.

“Vivemos em uma época de escassez de tempo, de fontes renováveis, de recursos ambientais… em um contexto onde o exagero é feio. Mas antes o luxo era vinculado ao exagero. Se isso mudou, qual é o novo território discursivo desse segmento?”, apontou.

A pergunta deu lugar à outra reflexão. Como atribuir valor a coisas imateriais? De acordo com Mariana, os desejos e prazeres vinculados à ideia de luxo são voláteis e instáveis, sendo necessário portanto, reconhecer qual é a expectativa de um viajante ao se hospedar em determinado empreendimento da categoria.

Essa comunicação é essencial para traçar um território semelhante no que se refere à expectativa e a realidade. O entendimento dessas distinções ainda permite que um hotel agregue uma experiência singular à sua marca, apontou a profissional, nesse caso é preciso estratégia e planejamento.

“Não basta oferecer uma amenitie padrão, esse mimo deve trazer algo que remeta aos momentos vividos naquele empreendimento, por exemplo. O cheiro pode lembrar um momento em determinado hotel”.

Mariana explicou ainda o case do Transamérica Comandatuba, onde foi responsável por resignificar todo o conceito e direcionamento da marca.

Serviço
turismonoluxo.com.br