O mercado de turismo online atingiu R$ 30 bilhões em 2016, alta de 73% desde 2012, crescimento médio de 15% ao ano. Esses são os dados apontados pelo relatório Webshoppers 36, divulgado na última semana pela Ebit, empresa especializada em informações sobre o comércio eletrônico brasileiro. A pesquisa contou com a colaboração do Expedia.com.br, que entrevistou 5.535 pessoas por um formulário online entre os dias 1 e 28 de junho deste ano. O levantamento foi feito querendo traçar o perfil do consumo de turismo online no Brasil.

Para a mensuração desse mercado e a realização da pesquisa, Ebit e Expedia consideraram experiência em compras de passagens aéreas, reservas de hotéis, pacotes turísticos e outros serviços relacionados à OTA.

A pesquisa aponta que, dentre os principais motivos de viagens 51,7% são para férias, 19,5% para sair da rotina e 13,4% em viagens a trabalho. Ao total, 51,3% dos entrevistados utilizaram avião e mais de 86% declararam não ter viajado a trabalho. As porcentagens continuam sobre a ordem do processo online para reservar uma viagem, sendo que 17% dos consumidores definem primeiro o destino, seguido por 13,8% pesquisam voos, 13,3% pesquisam hotéis e 12% comparam preços de voos e hotéis.

Um dado interessante que chamou atenção entre os dados diz que é que o mobile não é preferência em planejamento de viagens, uma vez que 60% dos consumidores utilizam desktop frente a apenas 15% que utilizam smartphones. As tarefas mais realizadas via celular ou tablet são 24% para pesquisas de hotéis e definição de roteiro e 23% para definir o destino. Esse comportamento, porém, tende a mudar, segundo os pesquisadores.

"O relatório nos traz a perspectiva que os consumidores estão usando diferentes plataformas, como smartphones e tablets, para planejar suas viagens – desde comparação de preços a fechar reservas. Esta é uma tendência que se espera evoluir com o avanço da tecnologia e com a disseminação do uso de dispositivos móveis, que ganham cada vez mais status de principal computador pessoal", afirmou Pedro Guasti, CEO da Ebit.

Segundo os entrevistados, os fatores apontados como mais relevantes para a escolha de um hotel foram nessa ordem: segurança, fácil acesso a transporte, preço da estadia e localização – com mais de 20% da preferência em todos os quesitos. Além disso, os viajantes asseguram que costumam economizar em entretenimento, troca de carro e troca de celular para viabilizar suas viagens.

* Foto de capa: Pixabay/Firmbee