O parque hoteleiro de Salvador apresentou em agosto taxa de ocupação de 59,33% e diária média de R$ 205,43, resultando em um RevPar (receita por quarto disponível) de 121,88. A melhora na ocupação foi gerada pela forte diminuição da diária média, que atingiu o ponto mais baixo dos últimos dois anos.

Se comparada com o mesmo período do ano anterior, verifica-se que houve aumento da taxa de ocupação, que passou de 46,64% em agosto de 2016 para 59,33% em agosto de 2017; e piora na diária média que teve queda de 14,2% (passando de R$ 219,61 em agosto de 2016 para R$ 205,43 em agosto de 2017). Mesmo assim, o RevPar apresentou aumento nesse mês de agosto, se comparado com o mesmo período do mês anterior, em função do aumento de ocupação.

Dos quatro polos hoteleiros da cidade coube aos que abrigam os hotéis voltados ao turismo de lazer e praia os melhores desempenhos ( Itapuã – Stella Maris), com diárias superiores à média e ocupação inferior à média; seguido pelos polos do centro – Pelourinho, Barra – Rio Vermelho e Stiep – Pituba.

Segundo dados da Infraero, no primeiro semestre de 2017 o número de passageiros no Brasil aumentou 0,2% em relação ao mesmo período do ano anterior, enquanto em Salvador o número de passageiros caiu 4,5% e em Recife aumentou 3,7%.

“Os resultados obtidos até agosto indicam que a hotelaria fechará o ano de 2017 com uma ocupação média de 54%, resultado melhor do que o de 2016 – considerado o pior da história da hotelaria – mas ainda abaixo de sua média histórica de 60%. Salvador continua sofrendo com o excesso de hotéis em relação a demanda e ainda estamos assistindo ao fechamento de estabelecimentos que não conseguem sobreviver nesta longa crise. É preciso retomar no curto prazo o número de visitantes para recuperar o equilíbrio”, pondera Glicério Lemos, presidente da ABIH-BA.

* Crédito da foto: Pixabay/soel84