Móris Litvak
(foto: arquivo pessoal)

Mal o ano se inicia – na verdade até antes disso – e já somos informados que os impostos subirão, a conta de luz vai ficar até 40% mais cara, uma série de benefícios sociais já vão sendo cortados, assim como muitos empregos. Você já ouviu essa “música” antes?  E é só o começo. Ah, vai faltar água também, só que não é culpa do governo, nem dos que começam nem dos que acabaram há pouco, é de São Pedro, mesmo, que não está aí para se defender.  O que quer dizer que a água também vai ficar mais cara, quando houver água, é claro, inclusive a dos carros-pipa.

E tudo isso vai impactar o bolso – caixa, melhor dizendo no caso do seu hotel – ou o bolso mesmo, no caso do seu hóspede, o que é ruim em ambos os casos, porque as coisas vão se somar, como sempre acontece nessas horas.  

Li certa vez que Eike Batista demitia quem lhe trazia más notícias. Não precisava sequer ser pessimista. Bastava ser realista e…  rua! Esta característica da personalidade dele não é tão incomum como pode parecer. Ninguém gosta de ser portador de más notícias. E ninguém, menos ainda, gosta de receber as más notícias.  Agora, quem quer viver na ilha da fantasia, que viva, porque a realidade acaba se impondo. Eike que o diga.  

Por isso, meus amigos hoteleiros, vamos nos preparar para este velho problema da queda de demanda – que, somada ao constante aumento da oferta, agrava ainda mais esse quadro – tomando medidas diferentes daquelas que se tomava antigamente, que iam do corte do cafezinho à dispensa de funcionários treinados e eficientes. Não adianta trocar o guardanapo por uma marca barata, ou suprimir itens do café da manhã e desagradar os hóspedes. Você pode, sim, evitar desperdícios, o que é muito diferente.

Que tal buscar uma nova demanda para seu hotel ou pousada? Enfrentar o desafio de localizar onde você pode estar perdendo dinheiro dentro de sua operação (por menor que seja)? Cortar custos onde o hóspede não perceba e não fique privado de serviços ou produtos?  Dá até um pouco de preguiça pensar nisso tudo, concordo. Mas ocorre que existem ferramentas para isso, que não existiam até alguns anos atrás e que hoje são acessíveis a qualquer nível de empreendimento hoteleiro. 

Hoje o hoteleiro dispõe de PMS e reserva online a preços bastante acessíveis. Até pouco tempo, não havia redes sociais (Facebook, Twitter e LinkedIn) para você divulgar sem custo suas promoções, novidades, melhorias feitas em seu empreendimento, etc. E ainda linkar tudo isso com o TripAdvisor.

Com o PMS você controla tudo o que ocorre no seu hotel ou pousada, cada item utilizado, o estoque, a hora de comprar, faz cotações, grava tudo isso para futuras consultas, cadastra e fideliza os hóspedes, etc. e evita as perdas. Já ouvi de muitos hoteleiros que eles nem sabem se ganham ou perdem dinheiro com seu hotel ou pousada, pois muitos misturam as contas bancárias da pessoa física e jurídica.  O bom uso do PMS evita isso e lhe permite fazer a conciliação das contas.  Com a reserva online integrada, você nem sequer precisa controlar o que está à venda via internet, pois a integração faz isso por você.

Enfim, eu poderia ficar horas discorrendo sobre as novidades (ou nem tanto…) que existem hoje que estão aí, basta utilizá-las.  Alguns, ao lerem este post dirão que parece matéria velha, mas o que poucos sabem é que dentro do universo da hotelaria brasileira a grande maioria dos hotéis pequenos e médios ainda não utiliza essas ferramentas às quais me referi, ou as utiliza de forma apenas parcial.

Altos e baixos na economia irão se suceder de forma cíclica, queiramos ou não.  Mas depende de nós mesmos antevermos esses movimentos e nos prepararmos. E você, o que vai fazer? Vai ficar sentado à beira do caminho vendo a fila andar? 

* Formado em engenharia pela USP, Móris Litvak trabalhou na indústria de computadores quando esta surgiu no Brasil e, mais tarde, em assistência técnica. Fundou a WebBusiness em 1996, que iniciou fazendo sites, tendo concentrado-se em sites para hotéis e logo focado em reservas online. Em 2013, a WebBusiness foi vendida a um grupo europeu e atualmente ele comada a easyHotel, voltada ao fornecimento de tecnologia para pequenos meios de hospedagem.

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