* Do Rio de Janeiro

Promovido pela ABG (Associação Brasileira de Governança), acontece hoje (7) o 3º Encontro Nacional de Gestão e Hospitalidade. O evento acontece no Copacabana Palace, no Rio de Janeiro e é intercalado por palestras durante todo o dia. Marco Túlio Quina, gestor hoteleiro e diretor da Real Hotéis, foi responsável por parte das atividades do dia e falou sobre os principais desafios da estrutura, do mercado e qualificações da hotelaria.

Durante sua fala, o palestrante nomeou alguns pontos que precisam ser melhorados pelo mercado em geral. Entre esses pontos apareceram a estrutura dos hotéis, incluindo o excesso de marcas e bandeira de hotéis, que tem deixado pouco perceptível os seus principais diferenciais. Além disso, alertou sobre as falhas de gestão que resulta em baixa motivação. "Infelizmente grande parte dos hotéis estão focadas só no lucro. Isso é errado. A geração nova que chega ao mercado não é estimulado, com profissionais chegando e não se tornando aptos para o trabalho”, pontua.

Outras temáticas levantadas por Marco Túlio foi a comercialização, dando destaque ao excesso de negócios em OTA’s com comissões de taxas mais elevadas, e o atual mercado, com sua retração e ainda a diminuição de eventos, como reuniões empresariais, que tem sido facilitada por vídeo conferências.

Marco Túlio apontou as tecnologias como principal fator deste aumento de empreendimento e serviços onlines, como OTA'SMarco Túlio apontou as tecnologias como principal fator deste aumento de empreendimento e serviços onlines, como OTA'S

Barateamento de hospedagem
De acordo com Quina, as estruturas hoteleiras têm estado bem parecidas, com poucos diferenciais, deixando como principal fator para os hóspedes, o preço como determinante. “Os hotéis mais nobres, com serviços mais diferenciados, com maiores custos, abaixam a sua tarifa, para conseguir entrar nessa marcha, que é a marcha exigida pelo mercado”.

Por isso, inclui mais uma vez a necessidade de humanizar e preparar os profissionais para melhor receber os hóspedes e garantir uma boa estadia. “Precisamos treinar as pessoas para passar de maneira rápida as informações que os hóspedes precisam. Ele quer harmonia entre as áreas. Assim também deve ser o serviço de atendimento, como o café da manhã que tem que ser rápido, a entrega de toalhas que falta no quarto, ou até mesmo o ‘bom dia’ que deve ser dado quando ele chega. Isso faz muita diferença. Então é um trabalho coletivo, que inclui o jardineiro, o garçom, a governanta, a camareira. Nós. Um grupo­­”.

A aposta nas gerações
Ainda durante a palestra, o especialista deixou claro as principais gerações – Baby Boomers, Geração X e Geração Y – que o mercado deve olhar e focar para atender aos seus requisitos. "O mesmo hotel baby boomer não é o mesmo para um de geração Y. Um baby boomer não se importa com um chuveiro todo tecnológico. Ele quer algo mais simples. Diferente de um jovem da geração Y que quando chega ao quarto, logo se preocupa com internet, se tem cinco tomadas para ligar seu celular, seu notebook, seu tablet".

** Foto de capa: Felipe Lima

*** Reportagem viaja ao Rio de Janeiro a convite da ABG