Paulo Passos Filho estreia como articulista
(foto: divulgação/arquivo pessoal)

No final da década de 70, comecei a atuar na área de eventos. Passei meus primeiros anos trabalhando em diversos setores e tendo distintas funções técnicas e operacionais. De vendedor a segurança, de projetista a bilheteiro. A ideia era que para chegar a comandar, gerenciar eventos, seria necessário entender um pouco de tudo. O profissional de eventos era um faz tudo que aprendia literalmente na marra. A formação em eventos não existia, sendo necessário estudarmos outros temas, nem sempre condizentes com o trade.

Um exemplo? Um dos mais respeitados e brilhantes profissionais do trade, Roosevelt Hamam, então advogado e radialista, registrou a primeira empresa de eventos no Brasil, em 1967, e o primeiro curso a abordar eventos no Brasil foi o de Relações Públicas da Faculdade de Comunicação da FAAP, em 1971, tendo Roosevelt em seu quadro de professores. 

37 anos depois, entendo que o mercado mudou. Tendo a Fenit, em 1957, como primeira grande feira realizada de caráter comercial e profissional, o mercado hoje está repleto dos mais variados tipos de eventos e, consequentemente, profissionais. De uma grande feira, passamos a ter inúmeros eventos realizados diariamente em todo o Brasil e nos mais variados locais.

São festas populares, feiras comerciais, congressos, shows, seminários, cursos e outros tantos que tornaram o trade de eventos um dos mais fortes da economia brasileira.

O profissional dessa área precisou especializar-se. O setor inteiro capacitou-se. 

De metros quadrados, passamos a oferecer um espectro bastante abrangente. Palavras como: experiência, engajamento, resultados, emoções, excelência, conectividade e hospitalidade entraram não só no discurso; passaram a fazer parte do nosso dia a dia. 

De profissionais apenas espontâneos e acolhedores a profissionais especializados e focados.

O cliente, antes mero expectador, virou parte do processo.

O fato é que uma palavra em especial de destacou: especialidade!

Análises de mercado, demonstram que a especialização da empresa de eventos tem peso maior na hora da decisão do que o preço praticado, ou seja, o mercado concorda em pagar mais, se a empresa for realmente especializada. 

A professora Flavia Mastrobuono, da Universidade Anhembi Morumbi completa: "Eventos não são para amadores!" O mercado cada vez mais exige profissionalismo e necessidade de especialização em comunicação estratégica, pois eventos são ferramentas de comunicação dirigidas.

Entramos no universo dos especialistas. O evento já não se faz mais apenas com um grande profissional. Ele é realizado com o trabalho de uma equipe coesa e antenada. A soma de especialistas que entendem que o sucesso de seus clientes representa seu próprio sucesso. Comprometimento, energia de realização e criatividade. 

Ingredientes necessários para o sucesso em Eventos.

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Paulo Passos é diretor do IBEV (Instituto Brasileiro de Eventos), tendo, em 35 anos de experiência, atuado em mais de 200 eventos nacionais e internacionais, além de ter trabalhado em quatro centros de feiras e convenções no Brasil. Ex-diretor da ABEOC-SP e da ABBTUR-SP, é consultor, palestrante e atua na direção técnica de feiras e exposições.

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