Phelipe Farah (foto: arquivo HN)
Phelipe Farah
(foto: arquivo HN)

Relembrando, BI pode ser definido de várias maneiras, mas em sua essência, é um conjunto de processos, técnicas, metodologias e tecnologias que transformam dados em informação e informação em ação, visando aumentar o valor agregado de qualquer negócio.

Neste artigo abordaremos a segunda parte do “Processo de BI”. No primeiro artigo começamos a buscar ferramentas para desenhar o processo. Neste falaremos sobre a escolha do(s) canais de coleta de informações e de seus propósitos para que seja possível desenhar o processo desejado.

Canais de coleta de informação são toda e qualquer fonte que possa trazer dados processados ou crus, de maneira – idealmente – frequente e que tenha consistência de dados.

Os canais mais tradicionais e difundidos são os sistemas de: gestão da propriedade (PMS), gestão da equipe de Vendas e Grupos (caso a propriedade tenha um), de finanças (SAP, Sun etc), Sistemas de centralização de canais de distribuição, sistemas centralizados de reservas (CRS), Sistemas de Revenue Management (RMS). Esses são todos canais de informação de dentro de sua organização que demonstraram dados do passado, e alguns até do futuro, dentro de suas limitações.

Outros canais que podem ser contratados consistem em relatórios de: concorrência de mercado (STR, IHI), comparação de precificação (Rate View e Rubicon Market Vision) e demanda (Demand 360°); relatórios e sistemas de trafego de reservas por GDS (Hotelligence 360°) entre outros. Os relatórios acima citados são os mais comuns.

É possível obter alguns dos dados acima sem os relatórios, nestes casos é necessário que o processo seja regular e constante, sempre na mesma frequência.

Há ainda a possibilidade de contratar empresas de TI com foco em BI que possam consolidar diversas bases de dados internas e externas para facilitar a geração de relatórios e visualização dos dados. Falaremos de algumas possibilidades em um futuro próximo para não tirar nosso foco do processo hoje.

Lembre-se que, independente da ferramenta que for utilizada, a partir do momento em que este canal for aberto, as pessoas a quem as informações forem solicitadas e apresentadas irão requerer (mesmo que inconscientemente) retorno sobre as mesmas, sob o risco de interromper o processo caso não se sintam relevantes.

Alguns questionamentos que podem levar ao sucesso se considerados no planejamento do processo e da escolha do(s) canal(is) de obtenção de dados, são:

– Que canais serão utilizados para receber as informações?
– Para quem essas informações deverão ser direcionadas/entregues? O que essa(s) pessoa(s) fará(ão) com as informações?
– Como elas serão categorizadas e organizadas? Que tipo de informação é relevante? Quando e como elas serão apresentadas?
– A quem serão apresentadas? E no momento da apresentação, como a pessoa que está sentanda à mesa de reunião fará o tratamento dessa informação para que ela gere resultados superiores?
– Quais são as possibilidades de ações que podemos ter ao receber as informações? E, uma vez tomado um rumo ou decisão de ação, supondo que os concorrentes reajam, qual será o segundo passo que será tomado, ou, em outras palavras, até onde está disposto a ir com essa decisão?

Considere que diversas fontes de informação não serão exatas, mas oferecem parâmetros que permitem inferir sobre as ações da concorrência. A partir das inferências, crie as ações que acredita serem necessárias para obter os resultados financeiros desejados, bem como para manter/aumentar a competitividade do negócio.

 

*Atuando no mercado de hotelaria há mais de dez anos, Phelipe Farah, graduado pelo Senac e pós-graduado em Administração pelo Insper, já atuou em todos os setores comerciais. Algumas de suas passagens foram na área de marketing na Meliá, Vendas e Revenue Management na Hilton e na Direção Comercial do Hotel Unique São Paulo. Atualmente Phelipe lidera os esforços da BF&A Consultoria em projetos ligados a área de vendas para o setor de serviços

 

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