Olivier Coustet, diretor geral da B&B Hotels no Brasil, e Michael Schnurle, diretor de Desenvolvimento da companhia

Empresa de origem francesa e responsável pela administração de 400 imóveis em sete países pelo Velho Continente, a B&B Hotels chega ao mercado brasileiro em dezembro. Para o último mês do ano, está agendada a inauguração do B&B São José dos Campos, no interior de São Paulo, e depois disso outros seis empreendimentos já estão no pipeline da empresa. Procurando seu espaço, a organização está determinada a apresentar sua maneira de fazer hotelaria ao Brasil e tem planos consistentes aqui com a intenção de ter 25 unidades geridas até 2025.

"Acreditamos que é possível  introduzir novos conceitos de produtos e serviços na hotelaria econômica, inovando na entrega oferecida ao hóspede. Ao mesmo tempo, apresentamos modelos de negócio diferenciados ao novo investidor", pontua Olivier Coustet, diretor geral da corporação no Brasil e anfitrião de um almoço que apresentou os planos da organização hoje (10), em São Paulo. O executivo estava acompanhado de Michael Schnurle, diretor de Desenvolvimento da companhia, e explicou suas intenções no mercado nacional.

De acordo com Coustet, o planejamento prevê ter de três a quatro aberturas por ano e investimentos que chegam a R$ 15 milhões por unidade. Dessa maneira, ao final do primeiro ciclo de inaugurações chegará a R$ 375 milhões em novos empreendimentos pelo Brasil – considerando prédios novos e estabelecimentos convertidos à bandeira.

"Queremos crescer por essas duas vias: tanto em hotéis convertidos, como em projetos de novas unidades", garante o diretor geral afirmando que a empresa não descarta nenhum tipo de negócio desde que haja viabilidade econômica e a propriedade esteja num destino interessante aos planos da organização.

Até o momento, o principal projeto da rede, em termos de tamanho, está em São Paulo, num prédio ainda em costrução na região da Luz. Serão quase 300 apartamentos originados de uma negociação, que tem como alvo, um município estratégico para as pretenções da B&B. "São Paulo é um caso à parte. Não costumamos ter hotéis com tantos quartos, mas toda regra tem sua exceção e estamos falando de um projeto diferente", reflete Coustet.

O projeto da capital paulista deve estar de portas abertas em meados de 2019. Mas até lá, outras propriedades da empresa certamente estarão funcionando. Ainda não se sabe quais, mas dá para saber em que localidades. Colocando em prática um planejamento de economia em escala, a empresa mira somenta alguns lugares da região Sudeste para fincar sua baneira. Pelo menos por enquanto. "Penso que devemos ter coerência geográfica e respeitar o plano em crescermos passo a passo", pondera Michael Schnurle.

De acordo com ele, por ora, só os mercados de São Paulo, Rio de Janeiro, Paraná e Minas Gerais interessam para manter um ritmo de "coerência geográfica". "Na Alemanha, por exemplo, temos muitos hotéis e o programa de expansão lá se deu colocando hotéis que não podiam estar a mais de 50 quilômetros distante de nossa última presença. Aqui queremos repetir isso, claro, respeitando as maiores dimensões do Brasil".

A quantidade de negociações que a companhia espera realizar contempla aportes financeiros próprios e de investidores habituados ao mercado de hotéis. Nesse ritmo já existe uma outra transação concluída, para Barretos, interior paulista. 

Caracterísitcas da rede
O público corporativo é o principal foco da rede, que tem alguns padrões definidos em seus hotéis. Todos eles são de categoria econômica e carregam consigo elementos de design, além dos chamados "serviços selecionados", que são os triviais para a hotelaria de padrão internacional – como é o caso.

As unidades são de modelo enxuto e nenhuma delas deve contar com área para lazer ou eventos. Contudo, o atendimento personalizado, equipamentos modernos, conexão wi-fi gratuita e o conceito pet friendly são possibilidades em todas as unidades.

* Foto de capa: Arquivo HN