Proibição de imigrantes nos EUA por Donald Trump causa repúdio por parte de companhias globais
30 de janeiro de 2017O Departamento de Segurança Interna dos Estados Unidos emitiu na última sexta-feira (27) um documento ordenando ao Customs and Border Protection, órgão que controla a entrada de imigrantes no país, a imposição da ordem executiva do presidente Donald Trump, que proíbe, por 90 dias, pessoas do Irã, Iraque, Síria, Sudão, Líbia, Iêmen e Somália de entrar nos Estados Unidos.
A ordem também suspende o programa de admissão de refugiados dos Estados Unidos por 120 dias até que o presidente determine que suas regras foram suficientemente alteradas. Desde que entrou em vigor na sexta-feira, a ordem jogou em uma espécie de limbo todos aqueles que já estavam a caminho dos Estados Unidos, incluindo portadores do green card, documento que permite a residência de estrangeiros no país.
O Conselho Nacional Iraniano-Americano recomendou aos portadores de green card que "não deixem o país até que o assunto seja definitivamente esclarecido". Enquanto isso, de acordo com o jornal The Guardian, diversos passageiros iraquianos e um iemenita, que tinham vistos válidos para os Estados Unidos, foram impedidos de embarcar em um voo que partiria do Aeroporto do Cairo, no Egito, com destino a Nova York no sábado (28).
O Google rapidamente convocou de volta aos Estados Unidos todos os funcionários que poderiam ser afetados pela ordem. Sundar Picai, CEO de tecnologia da companhia, manifestou sua preocupação com a nova ordem, ressaltando que "mesmo com vistos válidos, eles seriam impedidos de voltar para o território americano". Segundo Pichai, em entrevista ao canal Bloomberg, pelo menos 100 colaboradores do Google foram afetados pela ordem.
Mark Zuckerberg, fundador da rede social Facebook, também condenou a medida do presidente. "Os Estados Unidos compõem uma nação de imigrantes e devemos sentir orgulho disso", declarou.
No entanto, nos próximos 60 dias, o presidente Donald Trump deve engrossar ainda mais a lista de países cujos nativos estarão proibidos de entrar nos Estados Unidos.
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* Crédito da foto: Pixabay/MIH83