No início do ano passado, a Atlantica promoveu uma mudança num de seus principais hotéis da capital paulista. Primeiro empreendimento da marca no Brasil, o Radisson Faria Lima ganhou a cor azul e teve um upgrade na escala de bandeiras da companhia passando a atender como Radisson Blu. Desde então a direção da unidade trabalha oferecendo o luxo intrínseco à marca em atendimento personalizado, num empreendimento de estrutura com ares renovados.

"Sem dúvida, Radisson Blu é a marca mais apropriada ao perfil de hóspede deste que é um verdadeiro hotel de classe internacional como poucos iguais no Brasil", já dizia Paul J. Sistare, fundador e CEO da Atlantica Hotels, quando da conversão. Fazendo valer uma reforma geral recém-concluída, a gerência da unidade começou a trabalhar no tipo de experiência que pretendia proporcionar ao hóspede e, aos poucos, foi moldando encontrando o caminho.

Quase dois anos depois da mudança, o posicionamento chega num momento crucial alcançando a consolidação do meio de hospedagem junto ao público corporativo e também com boa demanda de lazer. Segundo dados do departamento de Vendas da unidade, 42% do total de hóspedes presentes no ano vem de fora do País. O porcentual restante é brasileiro mas dividido entre empresários e clientes que buscam alguma opção de lazer na cidade.

"Temos a marca internacional e a localização como elementos facilitadores da ocupação que temos. Mas não é só isso", vaticina Danieli Pompeu, gerente de Vendas da unidade. De acordo com ela, a estratégia para angariar hóspedes tem muitos desdobramentos e passa também pela bagagem que a equipe adquire a cada novo atendimento. Existe uma tática definida para alcançar diferentes públicos.

Danieli Pompeu e Karen Stank, gerente de Vendas e gerente geral da unidade

Para receber o turista corporativo internacional a equipe trabalha junto a Carlson – detentora internacional da marca – para entrar em listas de opções de multinacionais que tem o Brasil em seu mapa de viagens ao longo do ano. Nesse processo, atender requisitos, mostrar as características de segurança e padrão internacional são os detalhes mais importantes. Para se mostrar como alternativa para outros públicos o hotel amarra acordos com empresas que tenham serviços exclusivos agregando opções especiais à hospedagem. Mas em ambos os casos, o atendimento que considera as predileções do cliente é o que faz a diferença.

Como exemplo de como a equipe trabalha em busca de experiências únicas, vale citar o chamado Blu Experience, que consiste em oferecer um conjunto de ações que permitam individualizar o período de acordo com as vontades de cada cliente. Parece vago, mas para isso o hotel criou algumas parcerias com lojas e prestadores de serviço. Um deles é o espaço Curumin do Shopping Iguatemi, que atende crianças e funciona como opção para famílias. A parceria concede às famílias que estão no hotel um voucher de período no espaço infantil. Há também o Full MakeUp da Sephora, que também concede um voucher aos hóspedes com direito a serviços na loja de maquiagens. Ainda há o exemplo da consultora de imagem Renata Melo que presta seus serviços de personal shopper.

"Levantamos possibilidades que podem ser utilizadas de acordo com as percepções e os gostos de cada cliente", resume Karen Stank, recém-chegada gerente geral do Radisson Blu.

2017
Sobre o ano, a gerência da unidade classifica 2017 como uma temporada desafiadora mas superada com êxito. Segundo comenta a gerente, o primeiro semestre ficou abaixo do esperado mas a compensação veio na segunda parte do ano e, sobretudo, com o empolgante mês de novembro, quando ocupação e procura cresceram consideravelmente.

* Crédito da foto: Filip Calixto