Cidade da Filadélfia, na Pensilvânia, Estados Unidos
(foto:Pixabay/tpsdave)

A American Hotel & Lodging Association acaba de divulgar um novo relatório de compartilhamento ilegal de propriedades, particularmente no que diz respeito ao Airbnb, tendo como principal foco a cidade da Filadélfia, estado da Pensilvânia, nos Estados Unidos. O estudo foi realizado pela Universidade Estadual da Pensilvânia e começou em janeiro, analisando cidades como Phoenix, Nova York e Miami, com atenção dobrada para o número de operadores comerciais em cada destino que está alugando mais de um quarto de cada vez, muitas vezes por períodos prolongados.

De acordo com John Longstreet, presidente e CEO da Pensilvânia Restaurant & Lodging Association, 57% da receita da Filadélfia vem de operadores de compartilhamento de casas, que alugam quartos para 180 dias ou mais, gerando mais de US$ 8 milhões para Airbnb anualmente. Cerca de 27% dos anfitriões da cidade estão alugando propriedades em tempo integral, o que corresponde a US$ 4 milhões de receita da Airbnb na cidade. Além disso, os anfitriões que oferecem várias unidades, que representam mais de um terço (36%) da receita da Airbnb na área da Filadélfia – mais de US$ 5 milhões.

Assim como nos relatórios anteriores, o AH&LA ressalta que o alvo desses estudos não é o Airbnb, mas sim os proprietários comerciais que operam sob o guarda-chuva da empresa sem aderir ao mesmo nível de supervisão e regulação. Dee Fegan, dono de 30 unidades da marca Timber Road Bed & Breakfast em Mechanicsburg, por exemplo, alega que oferece o mesmo serviço prestado pelo Airbnb e acha no mínimo injusto ter de competir com anfitriões que não têm a obrigação de cumprir os códigos de incêndio, de saúde, de saneamento,de emissão de ruídos, entre outros.

"Se os hosts de aluguel de curto prazo são autorizados a contornar a lei, as empresas legítimas como a minha não serão mais capazes de competir. O que precisamos é de uma igual regulamentação, justa para todos nós, donos de pequenos negócios, justa para as comunidades onde estas empresas operam e justa para os hóspedes que estão chegando para ficar", declarou Fegan.

Recentemente, a Airbnb tem trabalhado no desenvolvimento de um "programa de proprietários" em parceria com o setor imobiliário, que abrange a construção Airbnb Friendly, certificando as acomodações e regulando-as para o aluguel conforme as normas da empresa. 

No entanto, as cidades afetadas com a problemática dos operadores ilegais têm criado suas próprias táticas de defesa. Nova York já possui programas que visam a identificação dos operadores ilegais e São Francisco, por sua vez, está se preparando para aumentar a taxa de inscrição para hosts de aluguel de curto prazo para US$ 250, cinco vezes maior do que o valor atual cobrado a cada dois anos. O aumento dos preços seria um meio para cobrir o orçamento anual de US$ 850 mil para o novo órgão de aluguel de curto prazo, cuja principal missão seria fazer cumprir as leis vigentes da modalidade.

A Airbnb discorda da cobrança e já tomou as medidas cabíveis contra a cidade de São Francisco.

Serviço
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