Roberto Miranda
(foto: arquivo pessoal)

Ontem no aeroporto de Congonhas, em São Paulo, um dos mais importantes do País, o aviso sonoro soou: “Chamamos para embarque os passageiro com assento marcado entre…” Ops! Senhores Passageiro?

No vôo, a aeromoça disse com seu inglês: “Uma empresa membro da One Wordi”. Em outras palavras, a sirene tocou. E o aviso sonoro disse: Está na hora de tomarmos nas mãos as rédeas da educação do País.

Na última década, o nível da educação piorou demais, na busca por estatísticas tentaram formar profissionais a qualquer custo, sem controle ou rigidez de avaliação. 

O resultado todos conhecemos: mão de obra que tem dificuldade em amarrar os cadarços dos próprios sapatos e com diploma nas mãos.

Não quero fazer um discurso político, mas sim empresarial, seguido de uma proposta objetiva de solução para este problema que é a reclamação número um dos hoteleiros com quem conversei nos últimos 15 anos.

A proposta é que haja a implantação (mesmo que tardia) de programas de treinamento intensivos e de longo termo focados em turismo e hotelaria que envolvam a reeducação básica que o poder Público falhou em oferecer.

E o investimento não virá do governo, pois não tem competência, nunca teve e já teve cem anos para tentar resolver a questão, agora já era, perdeu e está eliminado. Não sabe como fazer e nunca quis fazê-lo, todos nós sabemos, para manter a massa incauta controlável. 

O resultado é que em pouco tempo ocorrerá o que aconteceu na França, escolas que não se submetem a nenhuma norma do Ministério da Educação são as mais renomadas do país. 

O assunto, portanto, não é ensinar estratégias avançadas de gestão e sim ensinar português, matemática, inglês e conceitos básicos de civilidade e bom senso, incluindo uma percepção adequada sobre qualidade em serviços, tema o qual jamais tiveram acesso.

Novamente, o custeio recai sobre a iniciativa privada e não cabe mais o discurso do alto turn-over na hotelaria como justiticativa para não investir em educação.

O Brasil entrará no mapa do turismo internacional independentemente de quantos erros a inciativa pública possa cometer, isso é inexorável.

E aí, quanto tempo iremos esperar para tomar nas mãos as rédeas da educação?

Contato
[email protected]

*Roberto de Ávila Miranda é Reitor da Instituição que leva seu nome em São Paulo, formou mais de 7 mil alunos nos últimos 13 anos, mantém cursos regulares de MBA & Pós-Graduação no Hotel Fasano e Tivoli Mofarrej em São Paulo, com extensões no Ritz e George V em Paris, Los Angeles e Armani em Milão.