Sofisticação e atendimento são as marcas do Grand Hyatt São Paulo

por Claudio Schapochnik (texto e fotos)*


Fachada do hotel, que consumiu investimentos
superiores a US$ 100 milhões

Primeiro empreendimento da Hyatt International Corporation no Brasil, o Grand Hyatt São Paulo foi inaugurado em setembro de 2002 e recebeu investimentos totais superiores a US$ 100 milhões. Localizado no pólo hoteleiro da avenida Berrini (zona sul), o hotel tem 470 apartamentos e suítes distribuídos em 22 andares e mira o foco no turismo de negócios. Entre os principais executivos, estão Myles McGourty, diretor geral e vice-presidente regional, Carl Emberson, gerente residente, e Alvaro Valeriani, diretor de Vendas e Marketing.
A sofisticação e o atendimento, entre outros pontos, fazem do Grand Hyatt São Paulo um dos melhores hotéis da cidade. A reportagem do Hôtelier News visitou e testou o empreendimento. Confira abaixo!

Check-in
Assim que o carro parou, um dos bell boys se aproximou e já pegou as malas. Atendimento rápido e atencioso. No moderno lobby, clean, com muito vidro e pé-direito bastante alto, a recepção incorporou a tendência de não manter o hóspede de um lado e os recepcionistas de outro. Ainda que o balcão esteja presente, ele é ?vazado?, ou seja, permite que o recepcionista possa se dirigir ao cliente com total liberdade. Era um sábado à tarde.


Entrada do hotel

E foi assim que aconteceu comigo. Após conferir e assinar a ficha de hospedagem ? onde o meu sobrenome estava escrito corretamente ?, o gerente residente Carl Emberson me deu as boas-vindas. Não é porque o hotel sabia da minha visita que o gerente residente me cumprimentou. Em outras oportunidades, vi não só Emberson como outros executivos do hotel recepcionarem e darem as boas-vindas aos hóspedes.
Após o cumprimento uma simpática recepcionista me conduziu até o apartamento e, ela mesma, explicou como funcionam as facilidades do quarto.
Ainda sobre o lobby, do lado direito de quem entra, há algumas poltronas para se sentar e ler jornais. Os móveis são confortáveis e bonitos, mas poderiam ser em maior número.
A recepção fica no térreo da torre hoteleira do empreendimento, que tem 22 andares. Além desse edifício, o hotel tem ainda dois outros ?corpos? distintos: o Espaço Grand Hyatt, de eventos, banquetes e convenções, e o Hyatt 17, o sofisticado espaço gastronômico. Todos possuem entradas independentes que, portanto, facilitam a entrada e a saída de diferentes públicos que freqüentam o hotel. Internamente, todos esses ?corpos? são unidos pelo lobby.

Apartamento do Grand Club
O apartamento ? e que apartamento! ? que me hospedei foi no 1.631. Na verdade, trata-se de uma suíte executiva que dá acesso às vantagens do Grand Club. Do 1o ao 18o andares, há uma dessas suítes por andar e em todos os apartamentos e suítes localizados do 19o ao 22o andares também têm acesso aos serviços exclusivos do Grand Club.

  
       Vista a partir da suíte do 16° andar           Sala da suíte: estação de trabalho e sofás

Fiquei sabendo dos diferenciais desse espaço do hotel pela recepcionista que me conduziu ao quarto e por uma carta deixada, com o meu nome, em cima da mesa de trabalho do quarto. A carta estava assinada por Sabrina Kato, assistente da gerência do Grand Club. O texto estava escrito somente em inglês ? deveria ser bilíngüe inglês-português.
Na missiva, havia a descrição dos serviços que estavam à minha disposição: café da manhã continental servido no Grand Club Lounge (6h30 às 10h de segunda a sexta, e das 6h30 às 11h, aos sábados e domingos), coquetel com open bar (das 18h30 às 20h30, servido no mesmo espaço), serviço de café, chá e refrigerantes disponível o dia todo, workstation com acesso à internet de banda larga grátis por 30 minutos e cardápio de DVD e CD.


Poltrona e TV com DVD no ambiente do quarto da suíte

Dentro da suíte que me hospedei há muito luxo e sofisticação, sem ser um ambiente carregado, tudo muito clean, de bom gosto. Ao abrir a porta, um pequeno corredor dá acesso à sala do quarto. O ambiente é espaçoso, com sofás confortáveis, TV de 25 polegadas de tela plana, estação de trabalho com acesso à internet de banda larga, telefone, minibar, máquina para fazer chá e café e uma garrafa de água Eau ? nome do restaurante francês do Hyatt. Uma porta de correr separa esse ambiente do quarto.
Também muito espaçoso, o quarto tem uma cama king size, TV de tela plana de 25 polegadas, DVD, CD, uma confortável poltrona com apoio para os pés, revistas e, assim como da sala, uma ampla vista da zona sul de São Paulo.
A área do banheiro é separada do corredor de acesso ao apartamento e do quarto também por duas portas de correr. Lá dentro ainda estão os armários, com dois roupões e cofre eletrônico. O banheiro tem os três ambientes distintos, ou seja, à direita o vaso sanitário, no centro a ducha e à esquerda a banheira.
O destaque desse espaço reside nos amenities. Todos são da marca Granado, um tradicional laboratório carioca fundado em 1870. Não conhecia essa marca que, de fato, é de altíssima qualidade. Seguramente é uma das melhores marcas, se não a melhor, de amenities brasileiros. O Hyatt dispõe ao hóspede os produtos da linha Amazon, e na ocasião, por exemplo, havia sabonetes de coco, açaí e cupuaçu. Os sabonetes não são de tamanho pequeno, como vejo na maioria dos hotéis, mas sim da mesma dimensão dos convencionais. Fiquei sabendo que esses produtos fazem muito sucesso junto aos hóspedes ? nacionais e estrangeiros.
Na abertura de cama, conferi uma deliciosa surpresa de origem francesa. Acondicionado numa caixa redonda de madeira, forrada de chocolate picado, havia macaron de vários sabores. Macaron é um tradicional doce feito com uma massa de amêndoas, açúcar e claras de ovos. Estavam deliciosos.


Caixa de macarons: mimo na abertura de cama


Massagem no spa e piscina ao lado da Marginal Pinheiros
O Grand Hyatt São Paulo tem um spa aberto aos hóspedes e ao público em geral. Trata-se do Amanary que, em tupi-guarani, significa ‘rio formado pelas gotas da chuva’. No local há diversos tipos de tratamentos e massagens, como aromaterapia, pedras quentes, reflexologia, tratamentos específicos para estresse e jet-lag, cuidados faciais ? todos utilizando produtos naturais e diferenciados, nacionais ou importados.
Escolhi a massagem com a técnica da aromaterapia. O horário já havia previamente marcado e estava confirmado. O atendimento foi muito bom, e a massagem ocorreu em uma das sete suítes disponíveis. Todas têm ducha de hidromassagem e área privativa para troca de roupa. Valeu a pena! Todo o estresse da semana que tinha passado foi embora.
Depois dessa seção fui conhecer as demais dependências do spa, que tem ainda um moderno fitness center com sauna úmida, piscina coberta e aquecida e sala com equipamentos de ginástica. Do spa também é possível ter acesso direto à piscina externa e ao deque por meio de um elevador. A piscina coberta é agradável, mas o destaque fica para a externa.
Apesar de estar ao lado da Marginal Pinheiros, uma das avenidas mais movimentadas da cidade, e se não olhasse para cima, já que dá para ver as torres do hotel e do vizinho BankBoston, a sensação é que estava num clube ? e não em um hotel, e não nesse lugar. O barulho dos carros e caminhões não é muito perceptível. A piscina tem cascatas, serviço de toalhas e do bar nu (isso mesmo, com letras minúsculas), espreguiçadeiras, cadeiras e mesas. No dia da visita fazia um sol bonito, ainda que não estava tão quente. Mesmo assim, muitos hóspedes aproveitavam para pegar o sol e dar uns mergulhos. Também mergulhei, e a água estava bem fria. Mesmo assim, valeu!

 
      Piscina com a marginal ao fundo              Piscina coberta faz parte do Amanary Spa

Grand Club Lounge: vista panorâmica
O ambiente é acolhedor, e a vista panorâmica da zona sul paulistana ? principalmente à noite, com as luzes da cidade ? ajuda a relaxar. No Grand Club Lounge, instalado no 20o andar, experimentei o happy hour e o café da manhã continental.
O espaço acomoda até 68 pessoas sentadas, tem mesas para duas e quatro pessoas, sofás, vários jornais e várias revistas do Brasil e Exterior, TV com DVD, business benter e uma sala de reuniões privativa.
No happy hour, o sistema é de open bar. Bebidas e petiscos podem ser degustados a vontade. A música toca baixinho, fazendo o ambiente bem tranqüilo, já que as pessoas não precisam falar mais alto que o volume da música e assim tornar o lugar barulhento e chato. As opções de bebidas e comidinhas são bem ecléticas e agradam a todos os gostos. Garçons e garçonetes educados fazem o atendimento.
O café da manhã prima pela qualidade, visto que o forte não é a quantidade de opções. É do tipo continental, bem à medida do cliente que viaja a trabalho.

  
        Balcão com opções do happy hour                       Lounge: conforto e privacidade

Hyatt 17 tem variedade de cozinhas e ambientes
Na hora do jantar escolhi o restaurante francês Eau (pronuncia-se ?ô? e quer dizer água, em francês). O Eau é uma das casas que funcionam no espaço Hyatt 17. Como escrevi acima, trata-se de um dos três ?corpos? do hotel. É um edifício com entrada independente e onde se localizam também o restaurante japonês Kinu e os bares Wine Library e Upstairs Bar Lounge. As quatro casas tem recebido um grande número de clientes não hóspedes do hotel. Aos finais de semana, o movimento cresce bastante e é melhor fazer reservas.


Placa anuncia entrada do Hyatt 17

Em um pouco mais de um ano, o Eau tem se destacado no cenário gastronômico paulistano. Recebeu citações honrosas na revista Veja em São Paulo e no Guia da Folha. É comandado pelo chef francês Pascal Valero.


Chef Valero observa cozinheiro do Eau

Além da comida saborosa e bem apresentada, um item do serviço dos garçons me surpreendeu. Todos os que me atenderam, foram três, souberam explicar na hora e sem se ausentar da mesa o que era tal prato e como era preparado. Percebe-se que a preocupação com o treinamento é grande no hotel.
O couvert é bom, e o destaque fica com o pão produzido no próprio Eau. No jantar pedi uma entrada de palmito pupunha com ervas e redução de vinho do Porto. Estava boa. Como prato principal, deliciei-me com um carré de carneiro com polenta e pimentão vermelho grelhado. Além da combinação bonita de cores do prato (vermelho, amarelo e marrom escuro), a carne estava muito saborosa, macia e úmida. Na sobremesa, encarei um beignet de chocolate com marmelada de laranja e sorvete de cardamono. Delicioso.

 
   Pão produzido no próprio Eau: destaque           Couvert do bufê aos domingos da casa

No dia seguinte, um domingo, desci tarde para almoçar, às 14h30. Tentei o Grand Caffè, comandado pelo chef brasileiro Felipe Villela. Trata-se do restaurante italiano do hotel e fica no mesmo ?corpo? da torre hoteleira. Ao solicitar uma mesa, a garçonete me disse: ?o senhor tem de aguardar um pouco, pois o restaurante está lotado?. Não pensei duas vezes, agradeci e retornei ao Eau. Havia ainda a opção do Kinu, mas deixei para uma outra oportunidade, que acabou acontecendo semanas depois.
Aos domingos, o Eau serve o bufê La Table D?Eau. Custa R$ 59 por pessoa e crianças de 5 a 12 anos têm 50% de desconto (exceto bebidas). É uma boa opção para conhecer a deliciosa culinária francesa, com classe e fartura ? já que o consumo é à vontade. O
chef Valero criou um cardápio com dez entradas (tartines variados, brandade de bacalhau, sticks de queijo, fromage blanc, salmão marinado etc) e 12 pratos principais (steak tartare, boeuf bourguignon e pato confit com batatinha, alho e salsinha, entre outros). Há ainda uma mesa de sobremesas que já se saboreia com os olhos e cujo sabor das opções… é irresistível. Também está incluso no preço.


Mesa com opções de doces tentadores

Os garçons vão passando e oferecendo as opções com sensibilidade, ou seja, se estava degustando ou com o prato já servido não ofereciam. Caso tivesse o meu prato vazio ou se eu solicitasse aí sim eles serviam. Creio que é a forma correta pois, pelo contrário, vira bagunça, estresse. O sabor e a apresentação dos pratos são muito bons. Detalhe: a cozinha é toda envidraçada, portanto, dá para ver o chef e sua equipe cozinhando.
Numa outra oportunidade visitei o Kinu, o restaurante japonês comandado pelo
chef Yasuo Asai, natural de Nagoya (Japão). Depois de atuar em vários restaurantes no Japão e nos Estados Unidos, entrou na rede Hyatt em 2000 no Hyatt Regency Santiago, no Chile.


Chef Asai prepara sushis no Kinu

Não me decepcionei: a casa é bonita, tem serviço atencioso, os pratos são saborosos e a variedade é grande. Fui almoçar num domingo, onde o Kinu promove um bufê com pratos quentes e frios, além dos tradicionais sushis e sashimis. Custa R$ 50 por pessoa, exceto bebidas. A cozinha, assim como no Eau, também é envidraçada.
Deliciei-me com os sushis e sashimis, o yakissôba, os grelhados de frango e carne e o tempurá ? é preparado na hora, para chegar quentinho à mesa, como de fato chegou, mas demora. O que me chamou a atenção foi a carta de saquês, com várias opções. E para minha surpresa, depois de escolhida a marca, a garçonete trouxe um, digamos, cardápio de copos acondicionados numa caixa. O cliente escolhe qual quer beber. É uma iniciativa que merece parabéns.


Maracujás doces in natura integram
sobremesas do Kinu

Todos os restaurantes do hotel têm a supervisão do chef executivo Achim Lenders, que já atuou na rede na Ásia e Austrália, e o chef pâtissier (confeiteiro), responsável pelas iguarias servidas nas sobremesas, é o francês Nicola Galland.

Jardins do vizinho BankBoston
Vizinho ao Hyatt está o BankBoston e não há uma fronteira física que delimita os dois terrenos. E justamente ao lado do hotel, o banco construiu um jardim como poucos em São Paulo, com diversas espécies de árvores e plantas (devidamente identificadas), incluindo o pau-brasil. Um riozinho cheio de carpas coloridas permeia todo o jardim, que tem ainda diversos bancos para sentar. Todo esse oásis de verde e segurança em plena região das avenidas Berrini e Chucri Zaidan convida ao passeio. E todos os hóspedes e clientes do Hyatt também podem visitar e caminhar no jardim do BankBoston.

 
        Vista parcial do jardim BankBoston                    Carpas colorem águas do jardim

Por todas essas qualidades, o Gran Hyatt São Paulo, sem dúvida, é um dos melhores cinco estrelas da cidade. É ainda uma excelente vitrine do padrão de serviços da Hyatt International Corporation no Brasil, já que a empresa pretende operar outros empreendimentos por aqui.
É um hotel sofisticado e luxuoso, sem aquele ambiente carregado, tem design moderno e, o mais importante, possui um time de colaboradores bem treinados e atenciosos. Não adianta a tecnologia ser a melhor do mundo se o atendimento humano deixa a desejar.

Confira os site do hotel:
Amanary Spa
www.amanary.com.br
Hyatt 17 www.hyatt17.com.br
Eau www.eau.com.br
Kinu www.kinu.com.br
Upstairs Bar Lounge www.upstairsbarlounge.com.br
Wine Library www.winelibrary.com.br
Fonte: Grand Hyatt São Paulo.

Serviço
Grand Hyatt São Paulo
Avenida das Nações Unidas, 13.301, Brooklin Novo, São Paulo/SP
Tel. (11) 6838-1234 ? fax (11) 6838-1235
Toll free: 0800-880-1234
[email protected]
www.saopaulo.hyatt.com

*A reportagem do Hôtelier News hospedou-se no Grand Hyatt São Paulo a convite do hotel, com o apoio da Gipsy Tours.