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Encontra-se de tudo na Times Square, a praça mais visitada dos Estados Unidos 
(fotos: Chris Kokubo)

Alguns poucos minutos bastam para sentir a diversidade de turistas que a praça atrai. Na esquina, enquanto o semáforo para pedestres permanece vermelho, os idiomas são tantos que talvez nem os ouvidos mais atentos consigam identificá-los todos. Entre táxis amarelos, marca já registrada da cidade, surge de repente o riquixá sendo pedalado pelo dono de um rosto não necessariamente indiano.

De diferentes partes do planeta, todas aquelas pessoas resolveram passear naquele mesmo lugar. Ávidas máquinas fotográficas estão a postos para registrar o que de mais diferente, seja qual for a definição que essa palavra possa ter, surgir na mais que iluminada Times Square.

Se a intenção é estar próximo a paetês e neons e tentar aproveitar ao máximo as atrações que o chamado Midtown nova-iorquino tem a oferecer, repleto de teatros e entretenimento em geral, um hotel nas redondezas ajuda a economizar não somente nos bilhetes de metrô – melhor opção para circular pela cidade –, mas também na sola do sapato.

O Hôtelier News conheceu as instalações do histórico The Milford NYC, a uma quadra da Times Square, com impressionantes 1331 apartamentos.

*Por Christiane Kokubo

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Entrada do The Milford NYC, número 700 da 8a Avenida

O Milford surge na história de Nova York com outro nome. Inaugurado em fevereiro de 1928, o Hotel Lincoln homenageava o antigo presidente Abraham e, para a ocasião de sua abertura, teve um pomposo letreiro de neon aceso pelo então governador Al Smith, que, ao apertar um botão em Albany, capital do Estado, distante 250 Km, como mágico fez brilhar as letras no topo do edifício.

Nesses 85 anos de existência, diferentes proprietários foram e vieram e o hotel passou por alguns momentos não tão agradáveis, como quando teve que fechar as portas, no final da década de 1970. Mas o brilho não se apagou. Em 1980 foi reaberto com o nome atual, Milford, e foi nessa época também que a proximidade à Broadway, rua com os palcos dos musicais mais famosos no mundo, virou até motivo de um animado comercial na televisão.

Atualmente, The Milford NYC é administrado pelo Highgate Hotels, que opera cerca de 12% das UHs da cidade, o que totaliza aproximadamente 8 mil apartamentos. Em 2013, o Milford concluiu uma reforma de US$ 140 milhões em todos os apartamentos e áreas comuns. Do projeto original, restou a fachada. E novidades grandiosas na propriedade devem dar as caras até o final deste ano, como um bar no topo do hotel e uma ampla área de convivência em seu interior.

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Grandiosidade da fachada vem da década de 1920

O motivo principal de tamanho investimento tem nome e sobrenome: business clients. “Hoje, os clientes a lazer são os que mais nos visitam, mas queremos atrair cada vez mais hóspedes a negócios”, explica Manish Balisa, diretor de Revenue e Distribuição da Highgate. Países da América Latina são o maior mercado consumidor do hotel, seguidos por Reino Unido, Alemanha, França e Itália. A diária média anual está na casa dos US$ 200 (para o mais recente réveillon, noite célebre pela aglomeração de turistas na Times Square para testemunhar a queda de uma tal bola prateada dos céus, a diária mais onerosa saía por US$ 889). Os brasileiros são uma fatia tão importante da clientela do Milford que o hotel conta com Julia Moris, brasileira e gerente de Guest Relations. O site do empreendimento está disponível em oito idiomas, incluindo português.

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O indiano Manish Balisa e a brasileira Julia Moris foram
nossos anfitriões durante o tour que fizemos no hotel

Os esforços para mostrar ao cliente as mudanças pelas quais o Milford passou no último ano são diversas. O site deve ganhar em breve nova apresentação. Disponível na internet, um vídeo de pouco mais de um minuto apresenta imagens da reforma com trilha sonora de balada.

As novidades são visíveis logo que se entra no imponente edifício de 28 pavimentos localizado à 8ª avenida, entre as ruas 44 e 45. Dois elevadores à esquerda, ou uma escada à frente, levam ao lobby. Segundo Balisa, a ideia era ter elevadores similares aos da loja da Apple próxima dali (onde não raro se vê filas para entrar).

Ainda no mesmo nível da rua, há o balcão do capitão-porteiro, que guarda as malas de quem precisa fazer check-out e quer bater perna antes de ir para o aeroporto. Chegamos ao lobby. À direita, o modernoso espaço do District M faz as vezes de café europeu pela manhã e lounge bar à noite, com destaque para as saborosas pizzas de massa fina. Na parede, o projetor apresenta em tamanho gigante fotos de celebridades em meados dos anos 1970 clicadas pelo paparazzo Ron Galella. Ainda no lobby, ao final da área com seis elevadores inteligentes, a parede de vidro vermelho esconde a pequena Iconic M, revistaria e loja do hotel. À esquerda, uma ampla recepção para atender os clientes – que, durante o final de semana em que estivemos por lá, não paravam de chegar –, e a mais recente área inaugurada: uma ampla mesa com seis computadores, internet e impressora gratuita para os hóspedes.

 

A nova cara dos corredores e apartamentos leva assinatura da empresa de design de anteriores Gensler. Nas UHs, a repaginada inclui aparelho para ipod, cofre, controle individual de temperatura, ferro e tábua de passar e secador de cabelo.

Cores vibrantes e ambientação divertida, com palavras nas paredes, variam a cada categoria de apartamento. A escolha cromática remete às linhas do extenso sistema de metrô da cidade (são 468 estações) e as palavras fazem alusão à Times Square.

A cada andar, uma fotografia ampliada traz para os corredores o dia a dia dos bairros nova-iorquinos Soho, East Village, Lower East Side, Meat Packing District e Greenwich Village.

O hotel oferece também fitness center 24 horas, convênio com estacionamento (de US$ 45 a US$ 55 a diária) e apartamentos para pessoas com deficiência. Internet wifi nos apartamentos não está incluída na diária.

Arredores 
Alguns passos separam o Milford de 24 teatros e uma ampla gama de opções de alimentação, sejam restaurantes refinados, lanchonetes descoladas ou carrinhos de cachorro-quente e falafels.

O coração da Times Square está na rua 42 com a 7ª avenida (o hotel fica entre a 44 e a 45, na 8ª avenida). Caminhando alguns blocos, é possível chegar à Biblioteca Pública de NY ou ao Grand Central Terminal, grandiosa estação de trem com as constelações de cada signo do zodíaco no amplo teto. De metrô ou bicicleta, rapidamente se está no Central Park ou na Highline, parque suspenso que já foi o Minhocão da Big Apple e virou coqueluche entre os turistas há alguns anos. 

Se os dias em Nova York não são muitos e a vontade é aproveitar essa parte mais turística da cidade, o ideal mesmo é ficar próximo a tudo. Eis, então, The Milford NYC, que deixou de lado a pompa e as luzes brilhantes para se transformar num local de aconchegante de encontro. A área em frente ao bar, inspirada na escadaria da Times Square, mas construída em madeira e cheia de almofadas, reflete bem os novos ares que pairam sobre o hotel.

 

Serviço
The Milford NYC
700 8th Avenue Nova York, NY 10036 Estados Unidos
Tel.: +1 212 869-3600
Reservas: 888 352-3650 (a partir dos EUA)
[email protected]
www.themilford.com

* A repórter do Hôtelier News hospedou-se no The Milford NYC a convite do hotel.