Experiência no Old Absynthe House: interior do bar; o drinque Sazerac; o portão pra Bourbon Street e a placa da história
(fotos: Peter Kutuchian | Foto na capa: fachada do La Belle/divulgação)

Ah… A História, o que seria de nós sem ela? Imagine você entrar num bar para provar uma bebida com o nome Sazerac, inventada na cidade onde você tem a percepção de que já viveu em outra vida. Aí sem saber, senta na única mesa vaga, numa área a céu aberto e com uma grade separando a rua. Sem querer, você olha pro lado e vê uma placa de mármore com frases contando a história de um encontro entre o governador Claiborne, o general Jackson [futuro presidente norte-americano] e o pirata Jean Lafitte para decidir os rumos da cidade e para tramar a batalha contra os ingleses afim de ter a independência. O general e o governador precisavam do apoio do fora da lei, cujo navio estava ancorado no porto da cidade. E onde foi esse encontro? Exatamente aqui, no Old Absinthe House, aberto desde 1808, no French Quarter, em Nova Orleans.

Esta e outras dezenas de histórias fazem do Quadrilátero Francês a principal atração da capital da Louisianna. Ocupando uma área de 800 mil metros quadrados ou 80 hectares, em frente ao Rio Mississipi, o French Quarter concentra um número significativo de restaurantes e bares mais antigos dos Estados Unidos, incluindo o Antoine´s (1840); Lafitte Vlacksmith Shop Bar (1722); Tujague´s (1856) e Café du Monde (1862), assim como lojas e outros pontos de vendas – a Royal Street é uma das vias com as melhores pontos comerciais, que vão desde joalherias até antiquários. Há também a feirinha com itens locais, incluindo a parte de alimentação.

Famosa também por ser o berço do Jazz, New Orleans atrai viajantes do mundo todo. A Bourbon Street deixou de ser o palco principal das casas que oferecem apresentações de bandas, surgindo em seu lugar um novo reduto, a Frenchmen Street, com algumas casas especializadas em música. A rotatividade em alguns palcos é grande, durante toda a noite as bandas trocam espaço entre si para apresentar a diversidade de sons. É sentar, pôr uma garrafa de bourbon na mesa e deixar o espírito encarnado alçar voo.

Tem muita coisa pra ver no French Quarter. Cada dia descobre-se algo novo. Uma loja de pães especiais, um fábrica de charutos, um restaurante com gastronomia contemporânea (NOLA), entre outras atrações. Hospedar-se portanto em um hotel próximo ao quadrilátero é primordial para poder ver a pé os destaques locais. Qualquer outra atração que fica mais longe dessa área pode ser vista em passeios isolados de meio dia.

Aproveitando a viagem, fizemos contato com a Wyndham para nos prover de algum empreendimento e a resposta veio positiva do La Belle Maison, um hotel destinado apenas para associados do sistema Vacation Club e localizado a duas quadras do Franch Quarter. Ser apenas para usuários do clube de férias não inviabiliza você conseguir fazer uma reserva pelos canais comuns como booking, Expedia ou hotels.com. O meio de hospedagem figura dentre as opções de todos, mas segundo o gerente de Hospedagem, Edwin Pierre-Louis, a disponibilidade é ofertada pelos proprietários associados. "São eles que nos avisam para liberar a disponibilidade para reservas externas como se fosse um time sharing", disse o executivo a nossa reportagem.


O gerente de Hospedagem, Edwin Pierre-Louis

A vantagem em poder se hospedar num hotel desse segmento é o tamanho dos quartos. O menor deles, o de categoria Studio, conta com 43 metros quadrados de espaço, incluindo uma cozinha, sofá e mesa de refeições. Daí é para mais, até chegar num apartamento de dois quartos com sala e cozinha (90 m²). "Conforto e localização. Esse é o nosso diferencial. Estamos a duas quadras do French Quarter e muito perto de todas as atrações da cidade", discursa Edwin.

O La Belle Maison – em francês significa a Bela Casa – tem duas entradas, uma pela Magazine Street, onde pode-se entrar com o veículo para ser estacionado depois e onde tem um lounge, e a outra pela Gravier Street, ideal pra quem chega de taxi e dá de cara com a recepção. No térreo há uma pequena piscina, uma banheira de hidromassagem e área para descanso. Na torre principal, que tem um atrium, há um outro espaço para relaxar e tomar um chá ou café. 

O La Belle Maison conta com 134 habitações, divididas basicamente em três tipos de UH: Studio, com um ambiente integrando sala, cozinha e cama; e com um quarto e dois quartos. Que por sua vez estão subdividos nas categorias Standard e Luxo. A diferença entre as duas é a mobília, enxoval, amenities e piso, que na mais simples é acarpetado e na outra, de madeira.

Nossa reportagem ficou num Studio Standard e a sensação de acolhimento e amplidão foram notórias desde que pisamos na habitação pela primeira vez. Cama de casal, sofá, mesa para refeições, cozinha semi completa – faltava apenas o fogão – com máquina de lavar pratos, geladeira duplex e microondas e muitos armários com todos os utensílios necessários para cozinhar. Além do banheiro completo.

Visitamos outros apartamentos, com um e dois quartos, e gostamos muito da sensação que o La Belle Maison nos passou. Um empreendimento que tem recepção de hotel mas que se parece verdadeiramente como um segunda casa, aliás, nesse ponto, tivemos que fazer nossa própria arrumação, já que as camareiras só fazem o seu trabalho entre uma saída ou outra. Mas, isso faz parte também quando a nossa secretária executiva do lar está de férias, ou não?

Se voltarei para New Orleans? Com certeza.

* A reportagem do Hôtelier News se hospedou no La Belle Masion a convite da Wyndham.