Detalhe de uma unidade Selina na NIcarágua

A rede de hospitalidade Selina acaba de anunciar seu primeiro empreendimento no Brasil. O destino escolhido é Copacabana, no Rio de Janeiro e outros dois locais estão na mira da companhia –  São Paulo e Florianópolis. Anunciado pelo Hotelier News no ano passado, o grupo tem como alvo até 40 locais nos próximos cinco anos com um investimento de US$ 60 milhões.

Desde 2014, a Selina lançou 25 propriedades na América Latina e no Caribe, em locais que vão desde praias de surfe e retiros na selva até centros urbanos e cidades históricas. No Brasil, além do lançamento do hotel no Rio de Janeiro, a empresa busca parcerias com grupos de investimento para comprar imóveis que envolvem investimentos de terceiros, tornando esse número ainda maior.

Com a primeira unidade no Rio de Janeiro, a Selina inicia o projeto brasileiro que contempla 40 localidades em todo o país em cinco anos, o que significa a disponibilidade de dez a 15 mil leitos no total. "Pretendemos crescer em todo o Brasil, de grandes cidades urbanas a pequenas cidades de praia, selvas, montanhas e florestas. O Brasil é um dos países mais diversos do mundo, por isso estamos entusiasmados com os tipos de experiências que podemos oferecer", diz Steven O'hayon, vice-presidente de Desenvolvimento de Negócios da Selina.

"Em 2018, estamos firmando contratos com propriedades em Florianópolis, no Rio de Janeiro e também em São Paulo", afirma.

História da Selina

Em 2007, Rafael Museri e Daniel Rudasevski viviam em Pedasí, uma pequena vila de pescadores no Panamá. Eles administraram projetos imobiliários e, ao mesmo tempo em que desenvolveram a cidade, começaram a construir um círculo social com moradores e viajantes.

Os dois amigos tinham um projeto em mente. Depois de viajar o mundo e ficar em muitos lugares, eles acreditavam que poderiam começar a mudar o mundo da hospitalidade e compartilhar essa comunidade com outros viajantes. Foi assim que nasceu, em 2014, a primeira Selina em Venao, uma cidade de surf perto de Pedasí.

Uma vez que o modelo provou ser um sucesso no destinio, a expansão começou. A Selina está crescendo rapidamente na América Central e começando a se mudar para a América do Sul, América do Norte e em breve Europa e Ásia.

Cada local da Selina é modelado em torno de três pilares principais: Nômade, que inclui acomodações exclusivas, coworking e espaços comuns, como centros de bem-estar e cinemas; Explore, um concierge de viagens e operador turístico que conecta os hóspedes com as melhores experiências em cada local; e Playground, com programação exclusiva que muda em cada unidade, trabalhando diferentes conceitos de alimentos e bebidas, shows e exposições de arte, incluindo workshops e conferências.

Cada propriedade requer uma equipe que varia entre 20 e 40 pessoas. O grupo ainda está recrutando profissionais brasileiros e deve empregar entre 300 e 400 pessoas até 2020. A abordagem da Selina envolve design, tecnologia e espírito de comunidade, dando uma nova cara aos hotéis e ao coworking, permitindo uma nova maneira de viver e trabalhar e proporcionando a sensação de estar em casa em qualquer lugar do mundo.

A estratégia de crescimento rápido da Selina é um produto de seu inovador modelo imobiliário: a Companhia busca a infraestrutura hoteleira existente e aluga os sites a longo prazo para a sua operação. Assim, num curto período de tempo e com um investimento relativamente baixo, os locais da Selina podem estar abertos e funcionando. "Acreditamos fortemente na parceria com grupos de investimento locais para alcançar nossos objetivos. Nosso modelo cria muitas oportunidades para nossos parceiros investirem ao nosso lado no crescimento de nossa marca e para adquirir imóveis, o que acabará resultando em um maior investimento sendo feito no País ", explica Steven O'hayon.

"O coração da Selina é a comunidade local, queremos que nossos visitantes mergulhem na cultura brasileira, por isso buscamos parcerias com fornecedores e produtos locais. Estamos procurando marcas nacionais, artistas e a comunidade local para nos ajudar a construir o projeto da melhor forma possível e com identidade nacional ", conclui.

(*) Crédito da foto: divulgação/Sherlock Communications