CNC - resultados Peic novembro_capaCom nova política de juros, CNC vê endividamentoem condições saudáveis 

O percentual de famílias endividas subiu em novembro, alcançando 65,1% do total, ante 64,7% registrado em outubro. Também houve alta em relação a igual mês de 2018, quando o indicador estava em 60,3%. Os dados fazem parte Peic (Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor), promovida pela CNC (Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo).

O percentual de famílias com contas ou dívidas em atraso recuou para 24,7%, informa a entidade. Já a quantidade de pessoas que confirmou não ter condições de pagar suas contas em atraso subiu para 10,2%. A CNC entende como débitos dívidas de cartão de crédito, cheque especial ou prestação de carro, entre outros.

“O endividamento não é necessariamente negativo, se não for acompanhado de um aumento expressivo da inadimplência. A dívida com responsabilidade e compatível com a renda possibilita a aquisição de bens importantes para as famílias, sejam eles bens duráveis ou até mesmo imóveis”, observa José Roberto Tadros, que completou um ano à frente da CNC.

CNC: mais números

O número de famílias endividadas apresentou tendências semelhantes nas faixas de renda pesquisadas. Entre as com até 10 salários mínimos, o indicador alcançou 65,9% em novembro, ante 65,6% de outubro e 61,5% de igual mês de 2018. Para quem ganha acima disso, o índice aumentou de 61,1% para 61,6% na comparação mensal. Já na avaliação anual, a alta é mais expressiva: de 55,4% para 61,6%. 

“A redução das taxas de juros do crédito, associada à melhora no emprego formal, proporciona condições para a continuidade da tendência de aumento do crédito e do endividamento das famílias”, avalia Marianne Hanson, economista da CNC. “Já o aumento dos indicadores de inadimplência na comparação com o ano anterior reflete o maior comprometimento de renda das famílias com as dívidas e a piora da percepção em relação ao endividamento”, completa.

(*) Crédito da foto: shameersrk/Pixabay