Precificação - HSMAI_Insights

Iniciando oficialmente os conteúdos da HSMAI Insights — nova editoria do Hotelier News em parceria com a HSMAI Brasil — o hub de conhecimento entre a entidade e o portal de notícias traz seu primeiro Papo com especialista. Para abrir os trabalhos com o pé direito, Igor Castelo, diretor de Vendas da Amarante Hospitalidade aborda dois temas categóricos para o setor hoteleiro: precificação e distribuição.

As constantes transformações do mercado oriundas da crise ligaram um sinal de alerta para os assuntos, visto que ambos sofreram mudanças significativas. Seja pela inflação ou por alterações de comportamento de compra do consumidor, não é mais possível precificar e distribuir de acordo com velhas normas e fórmulas.

Antes de 2022, a expectativa era de que este seria efetivamente o ano de retomada do turismo nacional, especialmente para o lazer. E, apesar de um janeiro conturbado, os indícios são positivos.

“Estamos vendo o fluxo de voos voltar aos patamares pré-pandemia e pesquisas com o consumidor indicam que a vontade de viajar continua alta”, avalia o diretor. E para que o hoteleiro esteja ainda melhor preparado para os próximos meses, Castelo listou cinco dicas de precificação e distribuição:

precificação - igor castelo - hsmai

Vontade de viajar segue alta, diz Castelo

1. Continue apostando na liderança de preço

Chegará um dia em que teremos uma retração da demanda desenfreada por viagens de lazer nesse quase pós-pandemia, mas esse dia não é hoje. Olhar os concorrentes é importante, mas não perca a oportunidade de aumentar diária média e RevPar enquanto as viagens internacionais estão mais fracas devido ao dólar alto e às restrições ainda impostas para os viajantes.

“Vale lembrar que itens como alimentos e bebidas e materiais de construção – dois grupos extremamente relevantes para o dia a dia de um hotel – foram os que mais sofreram impacto da inflação em 2021”, acrescenta Castelo.

2. Tome as rédeas da sua paridade

Se isso não foi feito em 2021, o momento é agora! Especialmente para hotelaria de lazer, essa é a melhor hora para deixar o preço da OTA, ou daquela operadora de viagens, 2% ou 3% mais caros que o seu site.

3. Aposte na descentralização

Com a pandemia, vimos o enfraquecimento de grandes players do mercado. Esse fenômeno fez com que a hotelaria se mexesse para aumentar a capilaridade da sua distribuição, seja incrementando a venda direta ou estreitando laços com agências de viagens.

4. Invista em público regional

Apesar de a demanda continuar alta, o público regional traz mais segurança contra os cancelamentos. Não existe a dependência do aéreo, seja no preço ou no risco de alterações em voos.

5. Abrace o Meta Search de vez

O meta search existe há 20 anos, mas apenas agora, com a entrada do Google, ele se tornou relevante. De uma forma ou de outra, a hotelaria vai ser obrigada a adotar o meta como um canal de distribuição relevante, com curadoria e investimento. “Não será surpresa se, em pouco tempo, o Google Hotel Ads se torne mais relevante que as OTAs no share dos hotéis”, finaliza o executivo.

(*) Crédito da capa: Pexels/Pixabay

(**) Crédito da foto: Divulgação/Amarante Hospitalidade