A hotelaria brasileira vive um momento de recuperação significativa, o que pode ser refletido no alto investimento que o setor recebeu em 2023. Uma pesquisa recente da HotelInvest, em parceria com o FOHB (Fórum de Operadores Hoteleiros do Brasil), trouxe à tona dados reveladores sobre o desempenho em diversas capitais importantes do país, além de informações sobre os aportes robustos injetados no segmento.

O estudo abrange cidades como São Paulo, Rio de Janeiro, Brasília, Curitiba, Belo Horizonte, Salvador, Porto Alegre, Recife, Fortaleza e Manaus, e apontou forte investimento para os próximos anos.

Em 2023, houve crescimento expressivo no desempenho dos hotéis brasileiros em comparação ao ano anterior. Esse avanço foi impulsionado pelo aumento de 20% no RevPar. Diferentemente de 2022, quando poucas capitais superaram os níveis de receita de 2019, ano pré-pandêmico, no ano passado nove das 10 capitais analisadas alcançaram essa marca.

No entanto, destinos turísticos como Manaus e Fortaleza enfrentaram desafios devido ao aumento no preço das passagens aéreas, o que impactou negativamente a ocupação hoteleira nessas cidades em 2023. “Apesar do crescimento registrado em 2023, observamos uma desaceleração ao longo dos trimestres. Para 2024, esperamos incremento mais modesto tanto na ocupação quanto na diária, devido a essa tendência. A continuidade da queda dos juros, o aumento dos investimentos e o crescimento da renda são essenciais para sustentar essa recuperação”, comenta Cristiano Vasques, sócio-diretor da HotelInvest.

Hotelaria: investimentos e perspectivas futuras

O estudo também aponta para um cenário promissor de investimentos no setor hoteleiro brasileiro. Estima-se que até 2028 serão investidos R$ 8,4 bilhões , aumento de 26,9% em relação ao ano anterior. Esse montante está ligado à assinatura de contratos para 137 novos hotéis nos próximos quatro anos, totalizando aproximadamente 21,8 mil quartos em diversos segmentos.

“O crescimento no número de contratos até 2028 reflete a confiança contínua dos investidores no potencial do mercado hoteleiro brasileiro, apesar dos desafios enfrentados nos últimos anos. Contudo, é importante lembrar que, embora muitas capitais tenham superado os níveis de receita pré-pandêmicos, o aumento dos custos de construção representa um obstáculo significativo para o desenvolvimento de novos projetos. É crucial recuperar as perdas, saldar dívidas e estabilizar o fluxo de caixa dos empreendimentos afetados pela pandemia”, diz Orlando Souza, presidente executivo do FOHB.

O estudo pode ser consultado na íntegra no link.

(*) Crédito da foto: Divulgação/Accor