Banco Central sobe previsão do PIB com impacto moderado do RS
28 de junho de 2024O Banco Central do Brasil revisou suas projeções econômicas no relatório de inflação do segundo trimestre, divulgado recentemente. A instituição elevou a estimativa de crescimento do PIB (Produto Interno Bruto) de 1,9% para 2,3% para o ano corrente, refletindo um cenário de surpresas positivas no primeiro trimestre, especialmente em impostos, consumo das famílias e investimentos.
“A revisão foi bastante afetada por surpresas positivas no primeiro trimestre, notadamente em impostos, nos componentes mais cíclicos da oferta, no consumo das famílias e na Formação Bruta de Capital Fixo (taxa de investimentos)'”, informou o Banco Central.
Impacto das enchentes no Rio Grande do Sul
O relatório também aborda o impacto das enchentes no Rio Grande do Sul, que afetaram a economia regional de maneira significativa. O Banco Central avaliou que o efeito da tragédia climática será modesto no crescimento do PIB nacional. Setores como agropecuária e serviços foram os mais impactados negativamente, enquanto a reconstrução e a reposição de bens duráveis devem impulsionar a economia no segundo semestre.
Projeções de inflação ajustadas
Além do crescimento econômico, o Banco Central também ajustou sua projeção para a inflação medida pelo IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo). A estimativa para 2024 foi elevada de 3,5% para 4%, refletindo uma revisão cautelosa diante das pressões inflacionárias persistentes.
A meta estabelecida para este ano é de 3%, com uma margem de tolerância que permite oscilações entre 1,5% e 4,5%. A probabilidade de a inflação ultrapassar o limite superior subiu de 19% para 28%, indicando um cenário de vigilância econômica intensificada pelo Banco Central.
Olhando para frente, as projeções para os anos seguintes também foram ajustadas. Para 2025, a estimativa de inflação subiu para 3,4%, enquanto para 2026 permaneceu estável em 3,2%. Essas revisões refletem a estratégia do Banco Central de garantir a estabilidade de preços a longo prazo, ajustando as políticas monetárias conforme necessário.
(*) Crédito da foto: Reprodução/Folhapress