Localizada na região da Chapada dos Veadeiros, entorno do Distrito Federal, a cidade de Alto Paraíso de Goiás participou do Censo Hoteleiro 2024, da Secretaria Municipal de Turismo e Desenvolvimento Econômico. Segundo o levantamento, o município que serve como base para os viajantes que buscam as belezas naturais do Parque Nacional da Chapada dos Veadeiros e arredores, encorpou sua oferta de hospeagem nos últimos anos.

O estudo, que abordou o período entre 2019 e 2024, identificou que o a cidade possui 339 meios de hospedagem, enquanto em 2019 havia 112, resultado que aponta crescimento de 202,68% na oferta hoteleira, evidenciando o incremento da hotelaria de todo o estado nos últimos anos, revela o Jornal Opção.

A pesquisa também apontou que os turistas estão demonstrando interesse em explorar destinos e vivenciar novas experiências. “O crescimento do turismo em Alto Paraíso de Goiás nos últimos anos tem sido notável, e a tendência é de continuar nessa trajetória ascendente. Projeções indicam que a atividade turística se intensificará ainda mais, trazendo não só aumento na quantidade de visitantes, mas também na qualidade dos serviços oferecidos”, diz Jaqueline Avelino, secretária Municipal de Turismo e Desenvolvimento Econômico.

“Acreditamos que, com investimentos contínuos em infraestrutura e capacitação profissional, conseguiremos atender à demanda crescente de maneira sustentável, preservando o meio ambiente e as características únicas da nossa região”, completa a gestora, que enfatiza, ainda, o aumento de 106,48% no número de leitos, passando de 2,8 mil para 5,9 mil unidades.

“A formalização e registro de meios de hospedagem, inclusive de Airbnbs, contribuem para um ambiente mais organizado e seguro para os turistas. Além disso, o cadastramento dos guias turísticos tem sido essencial para ofertar experiências seguras e informativas para os visitantes”, reforça.

Aumento da demanda

O estudo revelou, também, aumento na diária média dos hotéis de Alto Paraíso de Goiás. Em 2019, figurava em torno de R$ 200, e agora chega a R$ 300. Vários fatores foram elencados para justificar esse incremento de demanda no destino goiano. O primeiro foi o crescimento das atividades turísticas.

“Eu esperava até que houvesse um aumento maior, diante da grande especulação imobiliária na região, tanto na área urbana quanto rural, nos últimos cinco anos. Diante da perspectiva da atualização do Plano Diretor do Município de Alto Paraíso de Goiás, houve uma acelerada busca por terrenos com a perspectiva de expansão urbana. Acredito que grande parte dos novos empreendimentos que irão surgir será com fins de exploração turística”, diz Mércia Beatriz Miranda, proprietária da Pousada Caminho das Cachoeiras.

Além disso, a pesquisa também apontou o perfil dos viajantes que têm visitado a Chapada nos últimos anos como fator impulsionador do turismo. Atualmente, as pessoas buscam experiências mais exclusivas e personalizadas, permitindo que os hotéis elevem o valor dos serviços oferecidos.

“No meu estabelecimento houve um crescimento de hóspedes devido à tendência de busca do turismo de natureza, provocado pela pandemia. E, também, pela reforma estrutural feita para atender uma maior quantidade de novos turistas, com mais conforto. Por enquanto, o ramo hoteleiro está sendo promissor. Desde que haja um controle na ampliação da quantidade e qualidade dos novos estabelecimentos, com o devido cuidado”, finaliza Mércia.

Incremento no número de UHs

A pesquisa mostrou que houve forte salto no número de UHs, saindo de 1,1 mil em 2019 para 2,2 mil, acréscimo de 107,96%. “Houve, nos últimos anos, um aumento significativo no número de visitantes no município, diante dos diversos atrativos naturais à disposição das pessoas, além dos meios de hospedagem, que atendem aos variados tipos de turistas, de diferentes classes sociais. Muitos deles estão em busca de hospedagem nas UHs, fazendo com que seu número aumentasse de forma exponencial, sendo este um motivo para comemorarmos”, comenta Jaqueline.

O levantamento do Censo Hoteleiro 2024 cobriu, em Alto Paraíso de Goiás, 170 estabelecimentos em funcionamento, 24 fechados e dois em reforma, entre hotéis, pousadas, hostels, flats e dormitórios. O estudo identificou a capacidade de atendimento, serviços adicionais oferecidos, formas de pagamento e tarifas, ocupação, quantitativo de funcionários, necessidades de gestão das empresas, sustentabilidade, biossegurança e economia compartilhada, além do perfil dos turistas.

(*) Crédito da foto: Reprodução/Hotéis de Luxo Brasil