A cada dois anos, o Rock in Rio constrói uma verdadeira cidade dentro do Rio de Janeiro. E, desde suas primeiras edições, um dos maiores festivais de música do país é cartada certa para uma intensa movimentação turística na capital fluminense. Com uma localização privilegiada, vizinha à Cidade do Rock, os hotéis Courtyard by Marriott e Residence Inn by Marriott Barra da Tijuca iniciam uma intensa preparação para receber os turistas que chegam ao destino para aproveitar os dias de shows.

Em 2022, o Rock in Rio elevou a ocupação hoteleira do Rio a 81,84% entre os dias 2 e 4 de setembro, chegando a 94,51% no período entre 8 e 11 do mesmo mês, segundo dados do HotéisRIO. Os bairros da Barra da Tijuca e São Conrado registraram os maiores percentuais do indicador, com quase a lotação máxima de sua oferta hoteleira.

Um estudo promovido pela Lighthouse aponta que a edição de 2024 não deixará a desejar. Os dados de previsão de demanda mostram que, entre os dias 13 e 22 de setembro, a procura por hospedagem configura o triplo comparado a uma data normal.

À frente das operações do Courtyard e Residence Inn desde outubro do ano passado, Nilton Cambé conta como os empreendimentos se preparam para atender a alta demanda, mas sem prejudicar a experiência dos hóspedes corporativos que circulam pela Barra da Tijuca nos dias de semana.

As mudanças incluem adaptações na operação de A&B (Alimentos & Bebidas), ativações de marcas de patrocinadores, hospedagens de grupos e contratação de colaboradores temporários para o período do festival.

Nilton Cambé - Foto_capa

Cambé está à frente dos hotéis desde outubro

Operação Rock in Rio

Por sua localização estratégica, ambos os hotéis estão acostumados com o agito gerado por edições passadas. “Somos os principais empreendimentos do evento, pois estamos lado a lado com a Cidade do Rock. Basta sair do complexo e andar alguns metros para ingressar na área do Rock in Rio”, salienta Cambé.

Sabendo que, mesmo com o festival, o fluxo de clientes corporativos não para, as propriedades buscam criar um mix que atenda a ambos os interesses. “Uma parcela de apartamentos fica destinada a grupos e patrocinadores do evento, além de manter um inventário para quem compra direto em nossa central de reservas. Não priorizamos um segmento específico, mas atendemos a todos”, pontua o gerente.

Cambé revela que as vendas para grupos começam com maior antecedência, com abertura de reservas em junho. “Para clientes finais, ainda temos disponibilidade, mas para grupos estamos no limite. Já passamos de 70% de ocupação, mas nossa expectativa é de hotéis lotados”. Para as datas do Rock in Rio, o Residence Inn apresenta incremento de 20% em diária média, enquanto o Courtyard mantém seu tarifário estável.

Os empreendimentos ainda serão palco de ativações de patrocinadores e sofrerão mudanças operacionais. Dentre as principais, Cambé destaca os horários das refeições. “São muitos shows com horários diferentes e muitos retornam ao hotel em períodos distintos. Montamos uma operação de A&B 24 horas, com opções de jantar com menu focado em refeições leves. Já o café da manhã começa mais cedo para aqueles que chegam da noitada e querem descansar em seguida”. Para as datas, os hotéis trabalham apenas com tarifas com café da manhã incluso.

E todo o processo passa por um intenso regime de treinamento das equipes, que já estão promovendo reuniões periódicas para alinhar as estratégias para o festival. “Nosso turnover é pequeno, então a maioria dos nossos colaboradores passou por edições anteriores e conhece bem o dinamismo da rotina”, pontua o gerente.

Os próximos passos são otimizar as comunicações internas com temas relacionados ao evento, detalhes operacionais, necessidades específicas de grupos, ativações com convidados e espaços customizados. “Teremos contratações temporárias para setembro, um adicional de 30% do nosso corpo efetivo”, diz Cambé.

Durante o Rock in Rio, a demanda de hóspedes é majoritariamente oriunda de São Paulo, seguida por Brasília. “Contamos com muitas áreas negociadas para grupos, que atuam com recepções, o que acaba nos limitando em estrutura”, pondera o executivo.

Em novembro, o Rio de Janeiro também será palco do G20, que promete movimentar a hotelaria da cidade como um todo. Para o evento, Cambé adianta que os hotéis estão em fase de negociações com algumas delegações. “Pelo volume de pessoas, o encontro acaba gerando uma mudança de rotina no Rio, com foco na Zona Sul, mas temos países interessados em se hospedar conosco”.

1º semestre

Enquanto setembro não chega, os hotéis celebram um bom primeiro semestre. O crescimento em receita, quando comparamos os anos de 2023 e 2024, é de 40% e 25% para o Courtyard e Residence Inn, respectivamente.

Já a ocupação do Courtyard subiu 34%, e do Residence Inn, 4%. O segundo, por seu perfil long stay, sofre pouca variação, uma vez que os clientes ficam semanas ou meses hospedados.

“Evoluímos muito no primeiro semestre em qualidade de serviços, pois um dos valores da Marriott é a busca por excelência. Usamos como métrica a pesquisa de intenção de recomendação da rede, que mostrou a classificação dos hotéis na categoria Select Brand com o Courtyard em primeiro lugar na região da América Latina e Caribe”, comemora Cambé.

(*) Crédito das fotos: divulgação/Marriott International