Seguindo o ritmo do balanço de 2023, o segmento de resorts manteve sua curva ascendente de desempenho nos principais indicadores no segundo trimestre de 2024. Apesar do resultado positivo, nota-se certa desaceleração em relação ao mesmo período do ano passado. É o que mostra a 12º edição do Radar Resorts Brasil, produzido pela Resorts Brasil em parceria com a JLL e outras entidades.

A amostra total analisada abrange 25 resorts (de praia e interior), totalizando 17,2 mil quartos. Além dos dados sobre a performance dos empreendimentos, o Radar Resorts Brasil também apresenta informações sobre reputação online, macroeconomia e aviação.

A partir de dados da Anac (Agência Nacional de Aviação Civil), o relatório mostra que o total de passageiros domésticos no segundo trimestre foi de 21,8 milhões, superando os 21,4 milhões de 2023. Já na demanda internacional, o total de pessoas transportadas foi de 5,5 milhões, também acima dos 4,7 milhões registrados no mesmo período do ano passado.

Em parceria com a myHotel, o Radar Resorts Brasil também traz os indicadores de reputação dos 70 resorts associados. Foram selecionados os reviews de Tripadvisor, Booking.com, Expedia e Decolar para apresentar as informações. Em relação ao perfil dos hóspedes, houve pouca mudança de um ano para o outro, com as famílias respondendo por 48% do público no segundo trimestre.

O NPS (Net Promoter Score) do segundo trimestre alcançou 70 pontos, uma pequena evolução em relação ao mesmo período de 2023. “A região Sul se destacou de forma relevante com seus oito resorts, alcançando o maior NPS do período analisado, com 76 pontos, enquanto as demais regiões estiveram na casa dos 69. Existe relativo grau de alinhamento nas percepções entre hotéis de praia e de interior, a exceção das avaliações na categoria limpeza, com notas bem mais negativas nos resorts de interior”, diz Mark Campbell, VP de Produtos e Serviços Técnicos da Atlantica Hospitality International e membro do Comitê de Qualidade da Resorts Brasil.

Desempenho

No segundo trimestre, os resorts mantiveram as taxas de ocupação superiores a 50%, com o mês de abril registrando a maior ocupação do período, de 58%. No recorte anual, o percentual do segundo trimestre (55%) ficou estável em relação ao mesmo período do ano passado, mas teve incremento de 2% frente a 2022.

Resorts Brasil - Ocupação

O TrevPor, por sua vez, cresceu 2% frente a 2023, enquanto o TrevPar registrou alta de 4%. “O processo de recuperação dos resorts no período pós-pandemia começou a sofrer uma desaceleração. Os resultados apresentam uma variação diferente em cada mês do trimestre. De forma acentuada, temos uma queda em abril, tanto nos resorts de praia, quanto nos de interior, devido à ausência de feriadões”, pontua Igor Castelo, diretor de Vendas da Amarante e membro do Comitê de Inteligência de Mercado da Resorts Brasil.

“Para os próximos meses, o desafio da malha aérea continua, principalmente para os empreendimentos de praia. Importante também monitorar a concorrência dos short-term rentals e a busca por pacotes de viagens internacionais que podem impactar na demanda interna”, complementa o executivo.

Nos resorts de praia, houve um breve incremento na ocupação, saltando de 58% em 2023 para 59% em 2024. Já nos de interior, o indicador se manteve em 52%. Por fim, o relatório da Resorts Brasil aponta que foram identificados 12 projetos futuros (2,9 mil quartos), sendo oito resorts em praias do Nordeste, quatro no interior no Sudeste, e um no Sul. O levantamento pode ser consultado na íntegra no link.

(*) Crédito da capa: Hotelier News

(**) Crédito do infográfico: Divulgação/Resorts Brasil