A confiança do consumidor brasileiro subiu, em agosto, pela terceira vez consecutiva, em meio a ligeiras melhoras nas expectativas para os próximos meses e na percepção sobre a situação atual, mostram dados da FGV (Fundação Getulio Vargas) divulgados hoje (26) na Folha de São Paulo. O ICC (Índice de Confiança do Consumidor) teve alta de 0,3 ponto no período, chegando a 93,2, após avanço de 1,8 ponto em julho, período no qual os avanços foram creditados principalmente às faixas de renda mais baixas.

A alta do indicador se deu principalmente pelo avanço do componente sobre a perspectiva para a situação futura da economia, que subiu 2,0 pontos, chegando a 114,4, maior nível desde abril deste ano.

O IE (Índice de Expectativas) também está em alta pela terceira vez seguida e avançou 0,3 ponto, para 101,4. O ISA (Índice de Situação Atual) subiu ligeiramente (0,3 ponto) no mês, atingindo 81,9, mantando-se no maior patamar desde novembro de 2023. Nestes indicadores, a alta também foi consideravelmente inferior à observada no mês anterior.

Outros dados

O componente sobre a perspectiva para as finanças futuras das famílias, por outro lado, sofreu queda de 2,3 pontos, chegando a 104,8. “A resiliência da atividade doméstica, com mercado de trabalho aquecido e inflação controlada tem contribuído para sustentar a confiança dos consumidores, mas o menor ritmo indica cautela para o futuro”, afirma Anna Carolina Gouveia, economista do FGV Ibre (Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas).

“A resiliência da atividade doméstica, com mercado de trabalho aquecido e inflação controlada tem contribuído para sustentar a confiança dos consumidores, mas o menor ritmo indica cautela para o futuro”, complementa a economista no relatório divulgado pela entidade.

(*) Crédito da foto: Pixabay