Carioca de coração e paulista por opção (mas com gosto), Vinicius Medeiros é uma pessoa família. Pai das gêmeas Gabriela e Maria, de 7 anos, gosta de usar seu tempo livre da rotina de trabalho e viagens para curtir as filhas. “A vida anda corrida, mas estar com elas é o prêmio que compensa esse dia a dia cheio”, conta o editor-chefe do Hotelier News.

Torcedor fanático do Fluminense, não perde uma partida do seu tricolor. “Sinto falta do estádio, de ir ao Maracanã. Este ano, não consegui ir a muitos jogos, mas não perco uma partida pela televisão. É mais forte do eu”, conta Medeiros, que é também um ávido consumidor de biografias para suas leituras. “Eu amo história e as biografias me permitem entender ainda mais sobre o contexto do passado, com maior profundidade.”

“Acho que isso faz sentido com a profissão que escolhi. Afinal, no fim da linha, sou também um contador de histórias”, acrescenta o editor-chefe do Hotelier News, que vê a hotelaria em um bom momento. “É importante citar que a performance dos hotéis brasileiros segue crescendo em cima de bases elevadas de comparação. Algumas praças mais, outras menos.”

Segundo Medeiros, essa mensagem é relevante porque indica que a demanda por viagens segue alta, e muito provavelmente continuará ano que vem. “Ao mesmo tempo, o hoteleiro precisa estar preparado para surfar esse bom momento. No ano de 2025 será muito importante ser eficiente para garantir melhores margens para o negócio”, comenta. “Então, não percam o Hotel Trends Orçamentos. Analisaremos tudo isso com profundidade.”

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Três perguntas para: Vinicius Medeiros

Hotelier News: Quais são as perspectivas para o mercado hoteleiro em 2025? Qual seu nível de otimismo?

Vinicius Medeiros: Acho que antes de responder isso, é importante ressaltar o que disse há pouco. A demanda segue alta, as pessoas estão viajando. O setor consegue avançar em cima de base elevadas de comparação, o que é muito positivo. Praças como Brasília e Curitiba, por exemplo, estão performando muito bem. Então, posso dizer que estou otimista com 2025, acho que o setor conseguirá manter essa performance. Fazendo uma analogia com o Hotel Trends Orçamentos, os budgets são também, de alguma maneira, um exercício de fé, como gosta de falar o Pedro Cypriano. E temos que estar empolgados, afinal, se os indicadores macroeconômicos não estão maravilhosos, não estão o oposto disso. Não acredito em retração nos negócios, por exemplo, a não ser que um desastre não esperado ocorra.

HN: Neste sentido, quais os principais desafios para a hotelaria nacional em 2025?

VM: Tenho uma hipótese sobre 2024 e, obviamente, isso se reflete no desempenho esperado para o ano que vem. No geral, olhando os números do InFOHB, a ocupação do setor cresce um dígito. Acredito que esse ganho de volume tenha relação com a retomada definitiva da hotelaria de negócios, como mostram dados da Abracorp, pois acho que a demanda do lazer esteja se aproximando do limite. Dessa forma, mais do que todos os anos anteriores, acho que nossa indústria dependerá do desempenho da economia em 2025 para repetir esse ritmo de crescimento. E, obviamente, sabemos que o PIB (Produto Interno Bruto) não subirá muito acima de 2%, se avançar isso tudo. Então, o que fazer?

Primeiro, os hotéis precisarão ser mais eficientes em sua gestão. Há ganhos de margens visíveis no horizonte. Para ficar em um exemplo simples, apostar nas receitas auxiliares. Isso porque a demanda estará em bom nível, o consumidor vai viajar. Dessa forma, o hoteleiro tem a missão de fazer com que o hóspede gaste mais em seu empreendimento. A estratégia de distribuição é outra janela de oportunidade, pois é um custo relevante para o setor. Cada ponto percentual de margem ganho contará no ano que vem.

Outro desafio evidente tem relação com o Perse. Ao que tudo indica, o programa chegará ao fim em 2025 e a hotelaria precisará encontrar maneiras de recuperar essa margem. É fazer conta e ser eficiente, basicamente, olhando com a mesma atenção para o topline e para o bottom line. Ah, sim, um recado importante para todos os hoteleiros: tecnologia é investimento. Não é custo! Ela pode te ajudar a ter melhores resultados e se paga rapidamente.

HN: Pensando na área de Desenvolvimento, quais as perspectivas?

VM: Por mais incrível que possa parecer, acho que será um ano bastante movimentado na área. Sim, os projetos greenfield continuarão muito pontuais e longe do que um mercado tão grande como o Brasil necessita em função da taxa de juros, mas acredito que as conversões agitarão bastante o setor. Prejevo uma dança das cadeiras entre as operadoras e, novamente, ganhará essa “guerra” quem demonstrar aos investidores ser mais eficiente na gestão. Uma exceção é a multipropriedade, que tem um pipeline robusto pela frente.

(*) Crédito da foto: Arquivo pessoal