A expectativa de alta ocupação marca a preparação da hotelaria do Rio de Janeiro para o Rock in Rio 2024. De acordo dados do HotéisRIO (Sindicato dos Meios de Hospedagem do Município do Rio de Janeiro), a cidade espera alcançar até 95% de quartos ocupados durante os finais de semana do festival, que ocorrerá entre os dias 13 e 22 de setembro.

Na primeira semana, a ocupação média já está em 74%, com destaque para as regiões de Barra/Recreio, com 85%, e a Zona Sul, abrangendo bairros como Copacabana e Leblon, que registram 78%.

Na segunda semana de shows, a expectativa também é elevada, com a Barra/Recreio projetando 75% de ocupação e a Zona Sul com 68%. A média geral da cidade para o período é de 67%. Para Alfredo Lopes, presidente do HotéisRIO, a previsão é que a capital fluminense se beneficie significativamente com o festival. “O Rio de Janeiro se preparou para comemorar esses 40 anos do Rock in Rio. Vai ser uma festa, com casa cheia e muita animação, com hotéis, bares e restaurantes lotados. É o astral do festival tomando conta da nossa cidade”.

Impacto econômico

O impacto econômico do Rock in Rio 2024 para o Rio de Janeiro vai além da ocupação hoteleira. De acordo com um estudo da FGV (Fundação Getulio Vargas), o festival deve injetar R$ 2,9 bilhões na economia da cidade, um aumento em relação aos R$ 2,4 bilhões registrados em 2017. O público estimado para o evento é de cerca de 760 mil pessoas, atraindo fãs de música e turistas de várias partes do mundo.

Esse impacto econômico reflete-se em diversos setores, incluindo o turismo, transporte, alimentação e hospedagem. O estudo da FGV revela que o evento é comparável em magnitude ao Carnaval e ao Réveillon, destacando a importância do Rock in Rio para a economia local.

Planejamento hoteleiro

A hotelaria, em particular, está se organizando para atender à alta demanda gerada pelo festival. Dados do HotéisRIO mostram que a ocupação no primeiro final de semana do festival em 2022 foi de 81,84%, subindo para 94,51% no segundo. O desempenho levou o Rio de Janeiro ao top 5 global em termos de RevPar, segundo a STR.

Visando resultados semelhantes ou superiores em 2024, os hotéis próximos à Cidade do Rock, como o Courtyard by Marriott e o Residence Inn by Marriott Barra da Tijuca, já iniciaram os preparativos para receber os turistas. Um estudo da Lighthouse aponta que a demanda por hospedagem no período do festival deve ser três vezes maior do que em uma data comum, reforçando a importância do evento para o setor.

Turismo e cultura

Além de impulsionar a hotelaria, o Rock in Rio promove o turismo e a cultura no Rio de Janeiro. Em 2024, os ingressos do festival oferecem descontos em pontos turísticos, como o Cristo Redentor e o Bondinho do Pão de Açúcar, durante todo o mês de setembro. Roberto Medina, idealizador do evento, destaca que a cultura é essencial para o desenvolvimento do turismo na cidade.

O festival também gera 32,6 mil postos de trabalho, abrangendo 14 setores, como turismo, transporte, alimentação e indústria audiovisual. De acordo com Luiz Gustavo Barbosa, da FGV, a economia criativa desempenha um papel crucial, beneficiando desde pequenas empresas até profissionais do setor artístico. Com ingressos esgotados para quatro dos sete dias, o Rock in Rio atrai um público diverso, com 54% dos compradores do Rio de Janeiro, 20% de São Paulo e fãs de 31 países.

(*) Crédito da foto: Reprodução/Diário do Rio