A taxa de desemprego do Brasil recuou a 6,6% no trimestre encerrado em agosto, segundo dados divulgados pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). O resultado é o menor patamar para este período na série histórica da Pnad Contínua (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua), revela a Folha de São Paulo.

Em relação ao trimestre imediatamente anterior, encerrado em maio, houve queda de 0,5 ponto percentual na taxa de desocupação, que era de 7,1%. No mesmo trimestre de 2023, a taxa era de 7,8%, destaca o G1. A taxa de 6,6% veio ligeiramente abaixo da mediana das projeções do mercado financeiro. Analistas consultados pela agência Bloomberg esperavam 6,7% para o período. De acordo com o Instituto, o número de desempregados foi de 7,3 milhões, queda de 6,5% frente ao trimestre anterior. Na comparação anual, o recuo é de 13,4%. O contingente era de 7,8 milhões até maio.

A população desempregada reúne pessoas de 14 anos ou mais que estão sem trabalho e seguem à procura de oportunidades. Quem não está buscando vagas, mesmo sem ter emprego, não faz parte das estatísticas oficiais.

Outros dados

A taxa de desemprego já havia marcado 6,8% até julho. O IBGE, contudo, evita a comparação direta entre trimestres com meses repetidos, como é o caso dos intervalos finalizados em julho e agosto.

Após a pandemia, o mercado de trabalho mostrou retomada. A redução do desemprego e os ganhos de renda tendem a favorecer o PIB (Produto Interno Bruto). De acordo com analistas, o desempenho deve beneficiar o consumo das famílias, considerado motor da atividade econômica no país.

No trimestre finalizado em agosto, também foi registrada alta de 1,2% na população ocupada, estimada em 102,5 milhões de pessoas — novo recorde da série histórica iniciada em 2012. No ano, o aumento foi de 2,9%, com mais 2,9 milhões de pessoas ocupadas.

(*) Crédito da foto: Agência Brasília