Mudança de regras no Santos Dumont impulsiona voos internacionais no Galeão
22 de outubro de 2024A mudança nas regras do Aeroporto Santos Dumont, que teve transformações na escala de voos domésticos, deve impulsionar um aumento de 26,7% nos rotas internacionais no Aeroporto Internacional do Galeão até o final de março de 2025. O levantamento é da Fecomércio RJ, com base em dados da Anac (Agência Nacional de Aviação Civil). A entidade projeta ainda 1,5 mil desembarques a mais em relação a igual período da temporada 2023-2024.
Antes dessa mudança, o Galeão vinha sofrendo um esvaziamento devido à preferência de passageiros e companhias aéreas pelo Santos Dumont, localizado no Centro do Rio, o que levou à subutilização do terminal internacional, localizado no bairro da Ilha do Governador.
A baixa movimentação de passageiros gerou debates intensos no setor turístico carioca, com a prefeitura do Rio e autoridades estaduais buscando soluções para reverter a situação e fortalecer o Galeão como principal porta de entrada de voos internacionais na cidade.
Em 2023, o governo federal decidiu limitar o número de passageiros no Santos Dumont a 6,5 milhões por ano, como forma de redistribuir o fluxo aéreo e equilibrar a operação entre os dois aeroportos cariocas. Com essa medida, o Galeão voltou a ser uma opção para rotas internacionais e ampliou também as operações domésticas, tornando-se mais competitivo e atrativo para o turismo.
Mais números
Ainda segundo o levantamento da Fecomércio RJ, o crescimento esperado nos voos domésticos no Galeão até o final de 2024 é de 13,3%, comparado ao mesmo período de 2023. No período do Réveillon, entre 25 e 30 de dezembro, a previsão é de uma alta de 30,45% nos voos internacionais que chegam ao Rio.
Presidente da Fecomércio RJ, Antonio Florencio de Queiroz Junior acredita que a alteração é relevante para o turismo do estado e defende a medida. “Esse é o tipo de iniciativa que todos devemos incentivar: foi uma solução criativa, com custo zero. Não foi necessário uma grande obra ou gastos de dinheiro público”, declara.
“Foi uma solução prática baseada no diálogo e no consenso entre setor privado e autoridades, focada em trazer resultados concretos para a população. O Galeão voltou a ser um aeroporto competitivo e viável em muito pouco tempo. Há mais voos, mais oportunidades de conexão e isso cria condições para que mais gente visite o Rio”, finaliza.
(*) Crédito da foto: Eduardo Anizelli/Folhapress