A estratégia da Wyndham para expandir a marca ECHO Suites
10 de julho de 2024Mais de dois anos após o anúncio da marca ECHO Suites by Wyndham, a gigante hoteleira realizou sua abertura inicial na semana passada e celebrará sua inauguração oficial nos próximos dias, com mais anúncios de propriedades a serem abertas, aponta o Hotel Management. Geoff Ballotti, presidente e CEO da rede, anunciou a nova bandeira em 2021 e, em setembro seguinte, 100 contratos foram assinados, ainda sob o nome de Project ECHO (Economy Hotel Opportunity), e o número dobrou em seis meses.
Hoje, o executivo afirma que a ECHO Suites é a marca de crescimento mais rápido na história da Wyndham e estima que seja, também, a que que mais avança na indústria. A empresa possui quase 270 contratos da bandeira assinados, mais de 33 mil quartos em desenvolvimento e mais de uma dúzia de hotéis em construção. Entre os desenvolvedores, estão Ian McClure, CEO da Gulf Coast Hotel Management, e Carter Rise, presidente e CEO da Sandpiper Lodging Trust. Cada um abrirá 25 ECHO Suites nos próximos anos.
Krishna Paliwal, chefe de Arquitetura, Design e Construção da Wyndham, diz que a empresa realizou muita pesquisa no segmento de long stay ao desenvolver a marca. A rede já possuía a bandeira Hawthorn, mas identificou um espaço em branco no mercado. Durante a conferência AAHOA em 2021, Ballotti e vários desenvolvedores discutiram a oportunidade de uma nova marca para preencher essa lacuna.
Consistência, eficiência e nova construção
Para manter a consistência, todos os ECHO Suites são greenfield, visto que hotéis existentes não possuem a infraestrutura para cozinhas completas, necessárias para estadas prolongadas. Assim, novas construções permitem consistência nos custos de desenvolvimento. Por exemplo, os corredores são projetados para corresponder à largura de um rolo de carpete tradicional, eliminando a necessidade de corte personalizado, e os tetos têm a altura exata de uma peça de gesso padrão, reduzindo o trabalho necessário.
As unidades ECHO Suites evitam gastos extras que aumentam os custos, como serviço de limpeza diário e cafés da manhã gratuitos. Em vez disso, oferecem máquinas de venda automática e manutenção de quarto a cada 14 dias, mantendo as despesas baixas para operadores e hóspedes.
O primeiro hotel
A propriedade de Spartanburg, nos EUA, é a primeira da marca a abrir as portas. Paliwal espera ocupação entre 80% e 85% e RevPar em torno de US$ 60, com estadas entre 17 e 20 dias. Com o aumento dos preços das moradias e o trabalho remoto se tornando mais comum, espera-se que a demanda por hotéis de estadas prolongadas continue crescendo.
A Wyndham identificou mais de 3,6 mil projetos de infraestrutura como potenciais locais para desenvolvimento de hotéis. A confiança da empresa está na expectativa de que a demanda seguirá o ritmo da construção.
Ballotti acredita que os parceiros de desenvolvimento da Wyndham estão confiantes de que este é um bom momento para construir, prevendo uma longa procura por hotéis de estadas prolongadas econômicas.
(*) Crédito da foto: Divulgação/Wyndham Hotels & Resorts