De acordo com levantamento divulgado hoje (7) pela ABIH-BA (Associação Brasileira da Indústria de Hotéis na Bahia), a hotelaria de Salvador registrou, em outubro, uma taxa de ocupação média de 69,09%, superior à do mesmo período do ano passado (65,77%) e à de setembro (67,52%). Além do impulso dos feriados, feiras e congressos também atraíram viajantes para a capital baiana, contribuindo para este resultado.

Durante a semana, a ocupação alcançou 69,93% e, nos fins de semana, chegou a 67,53%. A diária média também teve crescimento expressivo, atingindo R$ 606,53, acima de outubro do ano passado (R$ 522,29). Excluindo os hotéis de luxo, o valor médio ficou em R$ 455,29.

O RevPar de outubro foi de R$ 419,05, superando o desempenho de anos anteriores. Por outro lado, apesar dos resultados positivos e da inauguração de novas rotas aéreas internacionais, a concorrência por voos domésticos entre estados e o cancelamento de voos regionais têm limitado o crescimento do número de visitantes em Salvador, ainda muito dependente da malha aérea.

Outros Dados

Segundo a Anac (Agência Nacional de Aviação Civil), entre janeiro e setembro, o volume de passageiros no aeroporto de Salvador (5,5 milhões) foi apenas 2,4% superior ao registrado em 2019 (5,4 milhões), período pré-pandemia. “Muitos dos voos domésticos que interligavam nossa capital a importantes mercados estão sendo redirecionados para outras capitais turísticas, dificultando o acesso de visitantes. O mesmo ocorre com a malha regional, cada vez mais limitada e com preços elevados”, aponta Wilson Spagnol, presidente da ABIH-BA.

A ampliação da malha aérea internacional aumentou o número de passageiros estrangeiros (145 mil entre janeiro e setembro de 2024), mas eles ainda representam apenas 5,3% do total. Mais de 94% dos visitantes chegam a Salvador por rotas domésticas. Nesse quesito, Recife tem atraído uma maior malha aérea doméstica, com 7,2 milhões de passageiros nos primeiros 10 meses de 2024, 30,7% acima do registrado pelo aeroporto de Salvador no mesmo período.

“Os indicadores de desempenho da hotelaria continuam positivos, mas precisamos estar atentos aos sérios desafios do setor, como a concorrência pela malha aérea e o aumento de prédios com apartamentos pequenos destinados ao aluguel de diárias por plataformas digitais, como o Airbnb, que praticam concorrência desleal com a hotelaria, fortemente regulamentada e com carga tributária de cerca de 33%”, analisa Spagnol.

(*) Crédito da foto: Pixabay