Sanson: é uma grande oportunidade de visibilidade da cidade

Após a conquista do título de Cidade Criativa da Gastronomia, a ABIH-MG (Associação Brasileira da Indústria de Hotéis de Minas Gerais) quer integrar os setores de gastronomia, hotelaria e turismo de Belo Horizonte. Guilherme Sanson, presidente da entidade, defende a articulação entre os segmentos e a implementação de uma economia criativa na capital mineira.

Segundo estudos da Belotur, Belo Horizonte tem grande potencial para atrair turistas de outros estados e do exterior. A pesquisa mostra que 41,2% dos visitantes da cidade em 2018 são de Minas Gerais, e no Carnaval apenas 0,4% dos foliões eram estrangeiros. Agora com o status de Cidade Criativa da Gastronomia, concedido pela Unesco, a capital eleva sua projeção nacional e internacional, fortalecendo mercados ligados ao turismo e hotelaria.

Sanson propõe a união e colaboração entre os setores neste momento de destaque para a retomada e crescimento da economia. “Turismo, hotelaria e gastronomia são segmentos interligados e que se beneficiam dos mesmos aspectos como movimentação turística, pontos turísticos e eventos. A valorização da culinária mineira, transformando-a em referência nacional e internacional é uma grande oportunidade de visibilidade da cidade e conquista para esses segmentos”, afirma.

De acordo com a Belotur, do total de turistas entrevistados, 57,3% voltariam à cidade e ressaltaram positivamente a hospitalidade e a culinária local. “Diante desses dados, percebemos que o potencial turístico de BH já existe e nos quesitos hospitalidade e gastronomia, a cidade recebeu pontuação de 9,3 e 9,2, respectivamente”, informa o presidente. “Sabemos também que Belo Horizonte é segundo município mais bem avaliado no tópico paladar pelos estrangeiros que visitaram a capital entre 2016 e 2017, ou seja, a gastronomia mineira é relevante e o título veio para somar e incentivar ainda mais o turismo na cidade”.

ABIH-MG: cidades criativas

BH agora passa a fazer parte do grupo de 245 municípios (180 eleitos nos anos anteriores e 65 este ano) que compõem o núcleo de cidades criativas ao redor do mundo. Entre os destinos contemplados, apenas 21 possuem destaque na categoria gastronomia. “Diversos segmentos vão se beneficiar com a introdução de uma economia criativa e estratégica, pois será possível desenvolver novas soluções de maneira colaborativa, o que irá gerar empregos e dinamizar a economia local”, defende o presidente.

Apenas dez cidades brasileiras integram a rede: Belém (PA), Paraty (RJ) e Belo Horizonte (MG), no quesito gastronomia; Curitiba (PR), Brasília (DF), Fortaleza (CE), também eleita neste ano pelo design; João Pessoa (PB), na área e artesanato e artes folclóricas; Salvador (BA), pela música e Santos (SP), pelo cinema. A capital mineira concorreu este ano com Cataguases (MG), na área do cinema; Aracaju (SE), na música e Fortaleza (CE). As indicações foram feitas pelo Itamaraty, responsável pela pré-seleção das cidades brasileiras.

(*) Crédito da foto: Divulgação/ABIH-MG