Accor - coletiva2020_equipe executivaAlto escalão reunido: tradicional coletiva da rede repercute os resultados

A Accor promoveu hoje (4), no Pullman Ibirapuera, coletiva para fazer um balanço de 2019 das operações América do Sul. No geral, a rede francesa considerou o desempenho da região no ano passado bastante positivo, quando o volume de negócios superou pela primeira vez a barreira de € 1 bilhão. Sobre 2020, a companhia vê com otimismo o cenário à frente, tanto nos indicadores financeiros, quanto na estratégia de expansão, mesmo sem ter dimensão exata do eventual impacto do coronavírus por aqui.

A tradicional coletiva anual da Accor, de certa forma, dá uma olhar regional à divulgação dos resultados financeiros de 2019, ocorrido semana passada. Como mostra o documento, a América do Sul teve a alta de RevPar (+12,3%) mais expressiva entre todas as regiões que a rede francesa atua. Já a marca de € 1 bilhão em volume de negócios representa alta de 22% frente ao ano anterior, destacou Patrick Mendes, CEO da companhia para a América do Sul.

“Foi um resultado acima do que esperávamos”, admitiu Mendes, que ressaltou algumas ações que foram decisivas para a boa performance. “Foi fundamental para os bons resultados do ano as conversões dos hotéis Atton Hoteles e BHG em marcas Accor como Mercure, MGallery e Pullman. Isso nos permitiu subir o nível da hotelaria e do designs dos produtos nessas praças.  O melhor é que o inicio de 2020 está com a mesma lógica, o que nos permite ter objetivos ambiciosos para este ano”, completa.

Mauro Rial, CFO (Chief Financial Officer) para América do Sul, afirmou que a estratégia de desinvestimento e aquisições implementada pela Accor há alguns anos continua dando frutos. “Essa abordagem asset light tem nos permitido focar no que a gente saber fazer: marca, operação, canal de vendas efetivo e nosso programa de fidelidade”, destaca executivo, acrescentando que o RevPar no Brasil subiu em dois dígitos em praças como São Paulo, Rio de Janeiro e Belo Horizonte. “Para 2020, nossa expectativa é repetir a expansão de dois dígitos em RevPar na América do Sul. No Brasil, acreditamos que será próximo disso”, completa.

Accor - coletiva2020_patrick mendes e mauro rialMendes e Rial: resultados financeiros superaram expectativas da empresa 

Accor: desenvolvimento

Ao analisar a expansão da rede em 2019, Abel Castro, vice-presidente de Novos Negócios América do Sul, revelou que foram abertos 26 hotéis (3,4 mil UHs) na região. Além disso, outros 18 contratos (2,6 mil apartamentos) foram assinados para inaugurações previstas para os próximos anos. O executivo adiantou alguns desses projetos, como o ibis Styles Moinhos (Porto Alegre) e ibis Styles Pinheiros (São Paulo), que devem entrar em operação neste ano e 2022, respectivamente.

“Temos, no mínimo, 23 hotéis para abrir em 2020, caso do SLS Buenos Aires”, revela Castro, ressaltando outra novidade. “Estamos crescendo bastante no segmento de branded residences e já existem 70 projetos no pipeline global, sendo um deles o próprio SLS Buenos Aires. É um modelo que queremos trazer para o Brasil, onde vemos potencial. Além disso, 2020 já começou com novas assinaturas, caso do Novotel Lençóis Paulista (SP) e do MGallery Praia da Pipa, que abre ainda este ano”, revela.

Castro destacou também o foco o potencial do segmento lifestyle, categoria que a Accor adquiriu muitas marcas nos últimos anos, caso das bandeiras da sbe Entertainment. Outra aposta é a Tribe, lançada no ano passado. “Atualmente, há apenas um hotel em operação na Austrália, mas há 15 projetos assinados globalmente e outros 150 em negociação, sendo alguns aqui na região. Então, é uma marca que se encaixa bem com o Brasil e que certamente vamos trazer para cá”, comentou.

Já Mendes enfatizou as diferentes abordagens de desenvolvimento que a empresa seguirá na América do Sul. “A retomada econômica nos permite entrar com força nos segmentos de luxo e lifestyle, onde há escassez de produtos na região. Já temos vários parceiros interessados em investir nas nossas marcas. A segunda abordagem é continuar o desenvolvimento de nossas marcas históricas, que continuam atraindo investidores. A terceira é buscar projetos de nossas bandeiras econômicas em cidades secundárias e terciárias, onde vemos um potencial que não existia nos anos mais difíceis da crise”, comentou.

“Por fim, outro objetivo é acelerar nosso projeto de franquias. Nosso objetivo é chegar à marca de 42 mil quartos em hotéis franqueados até 2024 na América do Sul”, revela o executivo, acrescentando que atualmente são aproximadamente 18 mil apartamentos em operação neste modelo.

(*) Crédito das fotos: Vinicius Medeiros/Hotelier News