O Airbnb, em sua busca por atrair mais viajantes que normalmente optam por hotéis, está planejando a introdução de novas comodidades de luxo em sua plataforma no próximo ano. A empresa visa expandir seus negócios além das acomodações e experiências já oferecidas para incluir serviços adicionais que melhorem a estada dos hóspedes.

Entre as novidades em consideração estão a contratação de chefs particulares, serviços de limpeza no meio da semana, maior facilidade de transporte e check-in, além de abastecimento de geladeiras e serviços de spa. Essas iniciativas foram detalhadas por Dave Stephenson, diretor de Negócios do Airbnb, em entrevista durante a Olimpíada de Paris para a Bloomberg Linea.

Stephenson destacou que a empresa está explorando novas ofertas com base em algumas questões fundamentais: por que um viajante optaria por um hotel em vez de um Airbnb? O que facilita a hospedagem em um hotel? Como a empresa pode tornar o mercado mais simples para anfitriões e hóspedes? Ele sugeriu que um anúncio formal e detalhado sobre essas novas iniciativas poderá ser feito no início do próximo ano.

Novas áreas de crescimento

Os executivos do Airbnb têm dado mais pistas sobre áreas potenciais de crescimento. O CEO, Brian Chesky, afirmou que a empresa está pronta para expandir além da oferta principal de aluguel, após um ano de 2023 dedicado a refinar o aplicativo, melhorando a confiabilidade, a transparência de preços e removendo anúncios de baixa qualidade.

A empresa também planeja aumentar sua oferta de quartos de hotéis boutique. Stephenson mencionou que o Airbnb continuará a utilizar a plataforma HotelTonight, adquirida em 2019, como uma forma de trazer essa categoria para a plataforma.

“A hospedagem em hotéis boutique é uma ótima maneira de incentivar viagens, especialmente para quem viaja a negócios”, disse Stephenson. “Uma ou duas noites nem sempre são as melhores para estadas no Airbnb, que tendem a ter uma duração mais longa.”

A investida do Airbnb em quartos de hotel boutique ocorreu em parte como resposta a uma série de regulamentações locais destinadas a reprimir serviços de compartilhamento de residências. Chesky, em novembro passado, afirmou que a categoria poderia complementar a oferta da empresa em Nova York, diante das restrições para hospedagem de curto prazo na cidade.

(*) Crédito da foto: Divulgação/Airbnb